*Chegamos no sudeste para descobrirmos a Califórnia*
*hallai*hallai*...A Lenda !
Os guris , Jorge Hill e Mr. Robson saíram para dar uma volta ; Paulinho Velho Tchêrife ficou curtindo seu indefectível charuto cubano Lavoisier, o único que
passava de mão em mão..., nem na ilha de Cuba o charuto tinha esta celebra-
ção toda .
Falei:- Sabe que dei uma volta por aí , e dei um mergulho no passado, lá nos verdes anos, e me lembrei daquela fase do Glênio Reis , lembra?
Sei...sei...,foi com o Som Mágico eu, tu e o Sidão , demais...véio !
Mas depois , o grande barato, foi quando encontramos o Glênio no 2º Concerto
do Vivendo a Vida de Lee no Araújo Vianna.
Me lembro, disse Paulinho, quando a gente estava na Coxia para entrar , somente esperando a voz do Julio anunciar , encontramos o Glênio já de
cabelo branco, ele olhou pra nós com aquele mesmo semblante dos anos 60,
a gente se aproximou e dissemos pro Glênio, lembra de nós? O Glênio, olhou...,
olhou..., vocês não me são estranhos? Da onde ? Glênio, lembra do “Som Mágico”
GR SHOW, teu escritório no centro, tu e o Salin...um abraço emocionante saltou de todos nós e foi aquilo..., entramos no grande palco do Araújo com a emoção a flor da pele.... e o Júlio... “ é aki xará o Som de Lee” , com as violas de ouro do Hallai Hallai, foi aquilo !
Cara, foi demais..., nós três ali com a mesma emoção de sempre , o Glênio o
pioneiro da construção musical, do som local de Porto Alegre, e o Júlio o novo
arauto do som local !
Jorge Hill e Mr. Robson, chegaram contando tudo, mulherio a mil, Sampa é demais, é aki que vamos ficar pra sempre. Nada igual a esta terra, me sinto bem, disse Mr. Robson, Jorge Hill estava com um sorriso largo e disse : América para os americanos , São Paulo para os gaúchos !
Disse para a gurizada:- Vou levar vocês para o “Basfon”, vamos descontrair um pouco, afinal segunda temos o primeiro contato e temos que relaxar !
Mosqueteiros sigam-me ...!
Lá foi o Hallai Hallai para a rua Aurora , Teatro Rívoli como ponto final !
Era 4 horas da tarde, em cartaz a grande peça teatral ‘Viúva Jovem e Fresca !
Pagamos com moedas do cruzado novo, e entramos naquela baixa Hungria !
Meu Deus ! O público parecia que estava sem comer ninguém a vários anos!
Todos sedentos , tava todo mundo ali ,a fauna a flora ..., era uma arena de Roma onde os católicos eram comidos pelos leões.
As mulheres da peça estavam com medo de entrar em cena, tal a balburdia
de assobios e a algazarra total ..tá na hora...tá na hora ...ta na hora...!
Caras, a zôrra ficou num clima..., que os artistas entraram na marra em cena .
A gente nunca se divertiu tanto, Calígula era história pra carochinha perto daquilo.
Saímos do Teatro morrendo de tanto rir e o Jorge Hill imitava os artistas da peça com sei jeito engraçado, com caras e bocas !
Foi demais...!
Perdemos a inocência nas terras incríveis da ruidosa capital de São Paulo .
Segunda feira estava por vir, todos nós estávamos preparados para a grande batalha de “Little Big Horn”, com as gravadoras !.