quarta-feira, 2 de junho de 2021

IN MEDIA TRAINING*

HALLAI*HALLAI CULT*
- QUARTIER LITERATURA -




THE CÃO FAREJADOR
 ...farejando histórias...The Georgia Whiting
 Steely Dan and The Simply Red


   
 







 


CINEMA SHOW

(RASGHOS)

                                                    by*necCast

 


Sempre me pareceu

um rio gigantesco com correntes marítimas...

as vezes com 500 metros de negativos

em rolos babilônicos que deixou produtores e diretores, com dívidas até a morte, tudo pela arte...

 

O cinema sempre foi a mãe da lei própria/

Uma organização secreta aberta nas salas de projeção, colocando o espectador numa posição de voyeur...

“...de uma chuva fina num dia escuro de domingo... ou numa intriga internacional

em Paris, Londres, em plena Rússia, terminando com tiros de bazuca em baixo das estátuas de Lincoln e Roosevelt...”

 

O cinema também comeu a mulher do próximo...

Um robe de chambre, atirado em cima  de um tapete persa, dentro de um realismo poético...sem dar impressões de tocar no assunto, de como tudo aquilo aconteceu.

 

A “Nouvelle Vague”, mostrou o outro lado da coisa, desde seu surgimento...

“O pai com dois filhos, dentro de um caminhão de mudanças, e a mãe embebida de América, seguindo para sua vida trágica ou feliz ?!?!

 

Agora o grande  processo que durante a sessão o espectador sofre, é o “barato” da transformação que causa em nossa mente que muda nossa aldeia, nossa cabeça, e nossos sonhos...

 

De um lado super produções... de outro...o cinema dos autores com reações contrárias, cinema pelo qual me fez descobrir a arte.

Viva Godart,Tarantino, Scorsese, Frits Lang, John Ford, Fellini, Almodovar, Spielberg, kurosava, Tim Burton, Walt Disney, Charles Chaplin,  Woody Allen, Luis Buñuel, Bertolucci, e todo os diretores e atores da França da Nouvelle Vague...etc...

 

Cinema como transformação do mundo/

A arte com a inquietação/

Com movimento contestatório/

Visão trágica do ser humano/

Exposição do lado pessimista/

Deformação da realidade do mundo/

Expressão da liberdade individual...

 

The End !

 

 

 CINEMA SHOW

(Rasghos)

WALT DISNEY * MICKEY & CIA.

 

Comecei a pensar como vou começar Cinema Show seguinte ..., o socialismo, a barbarismo, exagerísmo, sexcísmo, extraterrarísmo , politiquismo, brasilísmo, musicologísmo, maoísmo, stalinismo, trotskismo ,individualismo, frivolidaísmo, gluteonísmo, culturísmo, localismo.

 

...mas pera aí...tudo começou com Histórias em Quadrinhos, Beatles, Freud, Fidel Castro, Brigitte Bardot, The House of the Rizing Sun... e WALT DISNEY !

        

 

 

“...UM DIA APRENDI QUE SONHOS EXISTEM PARA TORNAR-SE REALIDADE...E, DESDE AQUELE DIA, JÁ NÃO DURMO PRA DESCANSAR...SIMPLESMENTE DURMO PRA SONHAR...!

(Walt Disney)


Sedução imediata no reclame feérico - da embriagues que toda mudança faz... Histórias em Quadrinhos aqui esta a fonte pela possibilidade individual destes personagens que fez minha cabeça.

                                                                                                                     


            MICKEY bebia e fumava, mas a popularidade que ganhou em pouco tempo foi tão grande que Walt Disney resolveu torná-lo politicamente correto já em 1930.

 

                                     PATETA - o que todos pensam que ele é, na verdade nunca ninguém tem realmente certeza, mas a verdade é que ele é um Cão !

 

 

  TIO PATINHAS - ao mesmo tempo é moralmente justo e explora as pessoas (tais como seu sobrinho Donald, a 30 centavos por hora) para acumular sua fortuna. Patinhas McPatinhas é um capitalista nobre .


 MARGARIDA - Margarida tem o temperamento de Donald, mas tende a ser mais sofisticada.. Ela foi criada como a contraparte feminina para ser a namorada de Pato Donald.

 

 PATO DONALD – Sempre com a cabeça a mil, raios e temporais passam por sua mente mesmo em dia de primavera.


 VOVÓ DONALDA  - Esta simpática e bondosa senhora é avó do Pato Donald , e vive em um sítio nos arredores de Patópolis com seu sobrinho-neto Gansolino.É trabalhadora e uma ótima cozinheira.

 

PLUTO –  tem uma superconsciência que o manda sempre fazer o bem.


 

  Huguinho, Zezinho e Luizinho -  são trigêmeos  são os sobrinhos do Pato Donald, filhos de sua irmã gêmea Dumbela Pato, que os colocou sob os cuidados do tio e nunca mais os buscou. São também netos do Tio Patinhas que os adotou. Super vivos, e trapalhões. 



  CLARABELA - Podemos dizer que a Clarabela é Uma vaca (literalmente), pois ela tem todas as características desse animal. A única coisa que diferencia a Clarabela das vacas é que as vacas não são tão chiques -  a Clarabela usa roupas, e tem um grande interesse em dinheiro Ou seja, ela é uma legítima patricinha.

 

  MINIE - a eterna namorada do Mickey , elegante, fina flor do mundo dos camundongos , desejada por todos os inimigos do detetive Mickey.


  GASTÃO – o primo sortudo do Donald, sobrinho do Tio Patinhas. É apresentado como o pato mais sortudo do mundo. Sempre paquerando a Margarida e fazendo ciúmes a Donald.

 

 PENINHA - Peninha já foi de tudo um pouco, vendedor, bombeiro, salva vidas , mas na maioria das vezes é retratado como jornalista, do jornal A Patada, de propriedade do  Tio Patinhas. Trabalha no jornal junto com seu primo  Donald.  Inspirado na cultura BEAT, com o cabelo grande e desalinhado escondido por uma touca.



  MAGA PATALÓGICA – a feiticeira inimiga do Tio Patinhas, é capaz de tudo para infernizar a vida do velho. Magias e poções não faltam no caldeirão da Maga.

 


  PROFESSOR PARDAL – é o mais famoso inventor de Patópolis, suas invenções as vezes não funcionam , um galo-homem com ideias mirabolantes que às vezes causam problemas para a patolagem em geral.



   IRMÃOS METRALHA – eles diziam que a maior estratégia deles era negar que eles faziam parte da tal de formação de quadrilha. Sempre de olho na fortuna do caixa forte do Tio Patinhas. 

     

 

 JOÃO BAFO DE ONÇA - João Bafo de Onça, o sempre presente arquiinimigo de Mickey, é figura presente nos estúdios Disney, já tendo tido diversos nomes, e sendo o vilão dominante em diversas séries de desenhos animados, mesmo antes do ratinho surgir.

  


 PROFESSOR LUDOVICO - A principal característica do Prof. Ludovico é que ele sabe tudo! Ou, pelo menos, sabe de tudo um pouco. Ele é arqueólogo, inventor, escritor, apresentador de televisão e sabe-se lá quantas coisa


 

 GANSOLINO – dorminhoco, primo guloso do Donald; ele não falava nada mas deixava todo mundo irritado.


  ZÉ CARIOCA – papagaio caloteiro, sempre conta vantagem em tudo, malandro e simpático.

 

... HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

COMEÇO DE TUDO...


 

 

 



CINEMA SHOW

Luz! Câmera! Ação!

                             by*necCast

Paris,

28 de dezembro de 1895,

dia da primeira sessão de cinema paga.

...o cinema começou com os padrões sociais do dia a dia das cidades...

mas dentro de mim - correu um rio, anos depois, de bastidores da 2º cena...

San Fran,

da década de 60, foi usada como cenário de várias produções cinematográficas...

...você quer comprar uma boneca de Marilyn Monroe, um dodge Coronet, ou uma camiseta de Luluzinha, veja nas telas do cinema...

Cenas no museu de San Fran...

Benjamin Franklin, Joe Di Maggio,

Clint Eastwood, Andy Warhol, vá pra San Fran… e veja ao vivo onde tudo foi filmado...

A Casa do Mistérios, escadas que não vão a lugar nenhum, mansões com 60 quartos, a Casa Amaldiçoada, a mini Calçada da Fama com as mãos de Joan Colins, Cher, Kirk Douglas, Roger Moore, Polanski, Kathleen Turner... vá tomar um café em San Fran...

 

Luminárias retrô, pássaros de borracha, fotos da corrida do ouro, braceletes, moedas raras, fósseis, ratos empalhados e tesouros da ciência...

Tudo em San Fran, até bandeira de pirata e tapa olho autênticos...

 

...outra cidade que foi muito visitada pelos cineastas foi Amsterdan... mulheres da Holanda, Alemanha, Bélgica e da França, viviam curtindo Amsterdan...

Cervejas com sabor de framboesa, avelã,  pêssego, mel...nas cenas bêbadas, faziam parte da 2ª cena...

O cachorro engarrafado foi expressão criada nas ruas da Luz, em Amsterdan...diretores, câmeras, artistas, maquiadores e diretores junto com seu staf...todos na rua...o cinema não tinha todos estes recursos de hoje  nem a tela verde, onde  cenas do mundo habita...

Tudo era descoberto na hora do gravando...gravando !!!

Se algum dia algum diretor de cinema, pensar sobre isso...o mundo fashion vai tremer na base, o mundo da architectuur vai mudar e parar de construir estas caixas de cimento que nos cercam...

obs: 1910 a 1969 - Trampolin para adiante*!

 

THE END !



 


CINEMA SHOW (5)

Avant Premier

(RASGHOS)

                                                 by*necCast                                                          

 

O cinema sempre desmascarou

As contradições da sociedade

Desenvolveu as ideias essenciais

De que todos os bens e riquezas da vida,

Saem das mãos dos trabalhadores

E só a eles pertencem...

 

Imagens expressivas

Quase expressionistas,

Marcaram varias vezes

O renascimento do cinema

A figura da mulher na tela

Ajudou a mudar estruturas ultrapassadas...

 

As ruas cheias de contrastes

A massa histórica que transforma

Sentimentos de uma comunidade

Fundada por um pobre...

 

A realidade sórdida quando expõe

estereótipos...

 ou uma chinesa demitida que vai buscar sua dignidade...


Um filme pode começar com uma simples frase...”Voce é Feliz”!

As vezes esta pergunta vem de  uma boca autoritária , um bêbado

Inveterado e pitoresco...

 

A solidão, o egoísmo,

Como quebra cabeça...

A intriga policial, muitas vezes banal

Mergulhada em luxuoso tédio

Encontra a morte na avenida principal...

 

O Passado e o futuro passam na janela

encenando o “Feliz Natal” !

 

Mas sempre aparece a Cinderela vestindo Chanel, cada vez mais sofisticada até a meia noite...

Ou então na primeira noite de paz de um herói cansado de heroísmo...

Também, 

o soldado no dilema, obedecer ou pensar , sobre o balcão bebendo delirantemente...

 

Tudo em “Avant Premier” num cinema perto de sua casa ...

 

 The End!

 

 

 


 

CINEMA SHOW*

Sessão de Domingo

(RASGHOS)

                                                   by*necCast

A alma furtiva de Rembrandt

A alma Güernica de Goya

Que inspirou Picasso...

 

André Masson,

Que leu Niezsche, Loutremont, Sade e Rimbaud

Que levou Salvador Dali,

 as cores desta visão...

 

Afinal, todos sensíveis a crueldade despida

 do erotismo sem obscenidade...

 

O documento bruto

Sempre despertou a fascinação dos cineastas

 participantes do “Oscar”

Ou seja,

Filmar na França com atmosfera da Rússia

Uma das chaves do cinema...

 

A magia do mundo invisível

Provocando a fuga

 e o cinema também, explorando estas fases

Martinica, Basfond, Ralé, Potemkim...

 

Foi servido a 7ª Arte >  a mesa da sobra

E deu certo...

 

Palacetes e casebres

Na Ponte Oriental de Manhattan

Levou... - não ao “Vento Levou”

Mas,

 A Bela e a Fera

Numa sensacional maquiagem

Na tela do nosso “ Dia de Domingo”...

 

 O cinema nos colocou

Dentro das modernas concepções

Dos garotos da Slade School de Londres

Transformando a todos em “vorticistas”...

 

 A presença “Totêmica”,

Nos foi despejada

&

Ela possuía alma e vida independentes uma da outra.

 

O Cinema tem a Força,

Dinâmica,  Agressiva e  explosiva

Igual a um título “Zé do Caixão”

De um filme nacional...

 

Sessão de Domingo,

Direito autoral de muita grana -

  Ao  > Norte , Leste , Sul, Oeste

Nos Embalos do “Jet Leg” Americano...

  

CINEMA SHOW*

IIª SESSÃO

(rasghos)

                                             by*necCast

 


Quando a miséria

Aparece como pano de fundo

Brigas num Cabaré,

Em Negócios de Família,

Em Pecados de Guerra,

Em Outubros Vermelhos,

Em Brincadeiras a Sério

De AmarCord...

 

A Tela sempre mostrou

A Mulher Inesquecível,

A Gata Borralheira,

A Fannya Fenellow,

Mulher Judia, presa num campo de concentração

&,

Os Beijos de Almodovar,

Na Menina do Outro Lado da Rua...

 

Em tecnicolor,

 O Amigo Americano,

 com assassinos “A La Carte”

Armadilhas, suspenses,

Tudo político, mesmos os filmes que não pretendiam ser...

Há...

Amor Sublime Amor,

Vista aérea de New York,

Combates em garagem,

Com áreas sentimentais xaroposas,

 com muito sangue,

Tudo muito afetado...

Anjo Azul,

Anjo Exterminador,

Anjos do Inferno,

Anjos de Cara,

E, o olhar covarde de um herói...

 

Sempre surge um Apocalipse,

Controversos, metafísicos,

Autodestrutivos & Alucinógenos

Ao lado disso tudo,

Um cinema de bolso,

Um Arco- Íris da Ucrânia,

Para sobrepor os grandes ocupantes

Da 7ª Arte...

 

Arros Amargo,

É servido na curva da trilha

O cinema também faz isso

No trem que descarrila, nas ruas que os grevistas são derrotados,

E,

 quando a inquietação burguesa termina...

 

Então o herói se ergue dizendo:

“Eu serei um mecânico  

com a "Volta do Capitão Gancho...”

 

 


CINEMA SHOW*

1º sessão

(Rasghos)

                                  by*necCast


Contrastes humano

Dispersão de vários pontos de vista

Subúrbios de um país qualquer

Misteriosos bandidos & mocinhos

De máscaras pretas...

 

Fanny Faces, devorante

Flashs –backs pro Gato Félix

Que não era amante do mar

 

Há...

Cinemas do passado

Em Paris, na Espanha

Amsterdan , Munique

Na América , Itália e no Brasil...

 

Rebeldes sem causa

Blue Jeans de couro

Motociclos em preto e branco

Fraquesa,

A guerra,

 A  Câmara de Gáz

A melancolia,

Leningrado, tiranizado & castigado...

 

Laços Eternos

Lacomb Lucien,

Fuzilado na libertação

Da adolescência para a idade adulta...

 

Um Lírio Partido,

Entre o velho e o novo

Ligações Amorosas, de um “Longs Adieux...”

 

Há...

Cinemas de calçada

Luzes da Cidade,

Luzes da Ribalta,

Ma Vie,

MacBeth,

Dr. Mabuse, Um Mundo Fora da Lei...

 

Made In USA...

Claramente sequestros & assassinos

Políticos e policiais,

Com um beijo na Madre Superiora...

 

Mãe,

No tribunal,

Pede a fuga do filho na primavera,

Súplicas com condenações

Sem paixão, mas com precisão...

 

Há...

Cinemas dos bairros,

Broadway na minha rua

Lugar onde pulsa o mundo,

Montanhas, campinas,

Onde cowboys habitam no celeiro

Como um belo vagabundo...!

  

 




- “ON THE ROAD” DE RIOBALDO  -

Personagem do livro

- GRANDE SERTÃO ; VEREDAS -

(RASGHOS)

                                         by*necCast

 

Uma demão de ir-se embora

Um largar de tronco

Sempre fértil em pensamentos -

Riobaldo,

Léguas de Sesmaria...

 

Arroios, Regatos, Rios...

Lírios de coisas sertanejas

Para a jagunçada lamber o sal

Para sentir a terra...

 

Riobaldo,

Jagunço manhoso, ardiloso, valente jocoso

Corruptela de louvado seja nosso senhor

Jesus Cristo...

 

Zé Bebelo Marimbondo

Conselheiro de orelha

Quando fez meia lua,

Riobaldo foi embora

Ligeiro nas patas ,

Com o coração madeira de lei

Mamado, deixou a batalha

E foi banhar-se no Rio das Velhas

Onde encontrou os olhos

mano a mano de Diadorin...

 

Diadorin, era um mate-doce

E,

Riobabaldo, meteu o pé na laçada

Entrou no bando

Lá pros lados de Guaravaçã

E não quis nem saber

Não olhou os pelos

Nem pras marcas de Diadorin

E,

No bico da chocolateira

Mandou ver pelos caminhos de

São Romão, Rio Pardo, Monte Azul,

Grão Mogol e Januária...

 

Além de Diadorin, seu olhar encontrava

Uma esperança olhando aqueles rios por onde passava...

Rio das Velhas o primeiro,

O Paracatu, O São Francisco,

Urucuia, rio que prendeu seu coração...

Pirapora a Fora,

Soninho de Vaca,

Cafarnaum,

Preto, Pardo...Abaéte ¨¨¨¨

 

Riobaldo,

Descobre que ama “aquele moço”

Num desses lugares , talvez Guaravacã

Ele tenta fugir

Diadorin pega ele de “pau no arrasto”

De “pelar coruja” e ele “vorta boi vorta”...

 

E lá vão eles pelo

Curral das Vacas,

Carinhava,

Serra da Saudade,

Córrego das Entrelinhas,

Lagoa dos Marruás,

Santa Polônia,

Ponço D’anjo,

Sassapo, Mocó...

 

Junto a Diadorim ,

Riobaldo “pobre de manso”

Por aqueles lugarejos escondidos,

Trilhas , Banhados, Canfundós,  Fundão das Brenhas, com toda “cousa” sensual

Pegando fogo...

 

Riobaldo , pisou na brasa

Quando conheceu Otacília,

Num lugar chamado Bom Buriti

Diadorin corcoviou

Quando chegaram na Fazenda Santa Catarina

Diadorin, num puaço disse - quando subiam

a Serra das Araras

O Demônio já sabe...

 

E seguiam...seguiam...pelo

Rio Aracari,

Monte Azul,

Serra Branca,

Rio Verde Grande,

Serra da Jaíba,

Rio Verde Pequeno,

Cidade de Manga,

Porteirinha e,

Chegando no Córrego de Cassação...

 

E,

Lá se iam os jagunços sem empacar,

Entre batalhas , tiros, e desejos secretos  Riobaldo, mesmo rebenqueado pela sorte

Seguia seu destino estabelecido por aqueles itinerários...

Cachoeira do Salto,

Jacaré Grande,

Jatobá Torto,

Furado do Meio,

Serra de Deus Me Livre,

Passagem da Limeira,

Chapada do Covão,

Chapada do Sumidoro,

Córrego do Poldro,

Gerais de Pedra,

E,

Serra Escura...

 

 

Estes foram lugares

 remotos

onde Riobaldo & Diadorin

 passaram , nesta saga brilhante do “Grande Sertão ; Veredas de João Gimarães Rosa (1956) ” -

Ficou de fora um número bem maior de trilhas das que foram citados neste texto –

E,

 com o auxilio  da obra de  Alan Viggiano sobre os ‘Itinerários de Riobaldo” ,

puxei um banco e fui sentando

e o tempo me levou a vida de Riobaldo & Diadorin...

 

Para não deixar ninguém sem o final maravilhoso de Riobaldo & Diadorin vamos a uma pequena síntese .

 

A Revelação,

A Batalha Final,

Considero este canhão de informação deste personagem Riobaldo/

Característica de uma ideia barroca/

Ideias contrastantes/

Tensionamentos/

Linguagem figurada/

Padrões estéticos portugueses/

Sentido satírico/

Muito além do sentido nativista...

Um aglomerado de acontecimentos no final/

O moço Diadorin se revela para Riobaldo/

Os suspiros são profundos/

A Batalha Final contra o jagunço Hermogenes/

Riobaldo olhando cada pedaço de Diadorin

Que não era sol ...

Era lua...

O amar sem o gozo do amor !

 

Riobaldo perde Diadorin após

Haver descoberto sua real,

Magnificente natureza...


THE END*

 


  POESIA & PROSA > IN MEDIA TRAINING  


 


BOOK SECRET

-O Homem é um Sábio num Reino de Estúpidos

(rasghos)

                                                          by*necCast

 

O homem é um sábio

Num Reino de Estúpidos

Quando ergueu a cabeça

Inventou instrumentos de pedra

 

Por acaso habilitou-se

A produzir armas mortíferas

Deixando-se cegar

Por preconceitos morais

De parábola em parábola...

 

Com a invenção de uma coisa material

para representar outra coisa imaterial/

surgiram as alegorias...

Do Templo de Salomão /vários Mitos Solares

Que surgiram como símbolos

Do ciclo da Iniciação/

A Grande Pirâmide/ Tabernáculo de Moisés/

Ocultismo Oriental, dogmas que até hoje

Não possuem

“ A Verdadeira Luz”.

 

Os Elos da Corrente Humana

Sempre foram vagarosos

&

Muitas vezes desviados

Pela Ignorância da espécie…

 

Muitos deuses nos meandros

Da Pangaréidade conheceram

Mas ocultaram a “TRÍADE”

Espírito* Alma* & Inteligência

Que é relacionada com o

Pentágono MicroCósmico ,

Estela de cinco pontas que representa o Homem...

 

A História da Raça Humana

Foi velhacamente preparada pelo lado oposto

A Constituição do homem, talvez se consiga

Identificar pela lei suprema

Quando só restar o ‘’Último Corpo...”

 

Alguns vestígios,

Através da Pintura, música e de textos que despertam vibrações

É uma das “Chaves do Mistério”

&

 se encontram entranhadas nas obras dos artistas, mas não se revelam de imediato...

A Substância Primordial/

& o

Pensamento Divino/

Que são assuntos secretos...

Amém !

 

 



BRIGITTE BARDOT

(RASGHOS)

                                              by*NecCast


Adolescente eterna

Mítico conto de fadas

Cabelos loiros adiante da vida

Pra milhares de flashes...

 

Estrela mundial

Picante, dócil e suntuosa

Para sempre em  minha mente

Teu rosto cativante...

 

Bola de fogo francesa

Tua imagem sobre Saint-Tropez

Modela toda beleza

Sem qualquer limite

Dos escandalosos desejos

Do estar desnudo

E de “Deus que criou a mulher”...


Brigitte Bardot (1960)

Estrela de cinema/loira/ativista/fonte de inspiração/modelo/mulher do mundo/

percursora da  nudez no cinema.



  

PLATÃO 

(rasghos)

427 a.C

Discípulo de SócratesFilósofo/Pensador

“É preferível não haver religião nenhuma... a haver uma religião incompatível com a razão humana.”

                                                            by*necCast


Ombros largos de um amante rude

Antes de tudo,

 Pode acumular

O grande espírito da música

 

Com gracejos sublimes

Desvendava mistérios de verdades divinas

Suficientes para qualquer pessoa

 

Fora do horizonte

Colocava os “Anjos de Barro”

No cálice dos amigos

E de curiosidades enchia a todos

Quando o “Mosca Errante” ia junto

 

Em seguida

De todo mito selvagem

Dos prazeres e dos Deuses

Revelou a época

Que sabia , que não sabia nada...






SÓCRATES

(399-470 aC.)

“ -Conhece-te a ti mesmo- ”

(rasghos)

                                        by*necCast

 

            Nas andanças antigas

Atenas foi “martelo”

Para os defensores da época

 

Sócrates,

Foi acusado de corromper

A juventude

Com seus pensamentos de virtudes

morais, justiça, coragem & piedade...

 

Os histriônicos do Estado,

Nos processos contra ele

Afirmaram que Sócrates,

Era negligente

Aos veteranos da política...

 

Sócrates,

Tinha uma essência diferenciada,

chegar ao entendimento

com sua própria “Dialética Socrática” –

Virtude Moral Particular

única e absoluta,

que na sua visão era o conhecimento...

 

Sócrates,

Foi um grande pensador

Alma Pura ...

Sabia que  o conhecimento tinha de ser desperto dentro de sua própria fonte...

 

Sócrates,

Jogava palavras antiembaciantes

Aos seus seguidores

“A existência é um tipo de lembranças ou recordação com  base  de ter existido em uma vida anterior, com efeito eterno...”

 

Os proprietários daqueles tempos já estavam inventando um “Deus”, vivente um responsável – tipo “Bode expiatório” para explorar as crueldades, os erros e as injustiças...

 

Além disso,

Circulava um relativismo ensinado pelos sofistas...

“Se você acredita nisso ...

Então isso é verdade para você...

 

Sócrates,

Tomou pra si o controverso deste

 pensamento que chegou as ruas,

com uma argumentação vigorosa –

“Uma verdade absoluta distinguível da verdade relativa, tem que ser categoricamente reconhecida por todos.”

“ A verdade absoluta, é verdade para todos...a verdade relativa é relativa a uma posição particular.”

“A verdade relativa depende da verdade absoluta que é o

SUMMUM BONNUM DA VIDA...

Sócrates,

Atingiu esta transcendência -  no momento de sua morte...êle calmamente bebeu  veneno de cicuta -  em vez de abandonar seus princípios*





NEIL YOUNG

“A única força propulsora (hoje) da música FOLKROCK.”

(rasghos)

                         by*necCast

 

Veio do Canadá

Onde não se tem uma infância feliz

3 - acordes foi o seu ganho

Bluebarry Hills, primeiro pão...

 

A coesão veio junto com as 3 notas

Magnetismo – Eletricidade – Som

Luz & a Criatividade

Além de tudo construtor de futuro...

 

A princípio uma celebridade

GoGoBar...

Young , nascido no ovo do caos

Em Winnipeg, não se fez de rogado

Mandou “It Wont be Long”

&* “Money dos “Fab Four”

 

Neste ponto ele muda de marcha

E desenha no papel duas cabeças

Uma Folk outra Rock, primeiro que ninguém...

A Greteh primeira -  deixou no

Louie & Louie

E naquele momento Neil - tirou de suas botas a neve de Ontário

E falou

“Não quero mais tocar com bandas

Idiotas”...

 

Neil decidiu ser Bob Dylan

Influenciado por uma cantora folk

Vicky Taylor...

 começou a tocar folk

Mas,

Naquele tempo todos queriam ser Beatle...l

 

Dentro de sua cabeça rolava

Uma luta insana

Entre a sabedoria do folk

E as “Trevas do Rock”

Nestas decolagens o Canadá

Se tornou deprimente

 

A Roda começou a andar

Neil – Stills – Furay & Richie

Los Angeles, serviu de palco

E o carro funerário de Neil

Reuniu

A Banda “Buffalo SpringField”

 

Quando começaram no “Wisky a GoGo”

Surgiu uma espécie de Panteismo Puro...

Depois no momento que suprimiram

A Cruz -

 Transformaram-se

                   em Símbolos fálicos

Tinham mais garotas do que camas...

 

Neste “Intermezzo” a sonoridade da banda ao vivo - nunca foi captada no vinil...

Neil pensou

Me parece que as luzes se acenderam e depois o pano caiu

Eu acho que tudo isso foi um sonho...

 

1968 chega...

Neil começa a fazer digressões

No oeste de Hollywood

Somente com seu violão...

Na maior parte dos concertos

É ignorado...

 

Neil, ficou inseguro

Como no tempos

Do “Buffalo”...

E, resolveu ir para a região montanhosa de Topanga...

 

Começou então a compor suas canções, e casou com a dona

Do  “Canyon Kitchens” onde se hospedava...

Construiu neste lugar

Uma casa de madeira pau-brasil de

 4 andares...

Ali Vênus surgiu por entre

As montanhas de Topanga...

Aquelas “trevas do início”

Desapareceram...

e o primeiro álbum “NEIL YOUNG”

Começou, e foi concluído...

 

Broken Arrow, The Loner, The Emperor of Wyoming etc... /

Todas as canções amorosas do disco tinha um egoismo de  criança…

 

Estes primeiros passos de Neil

Pareciam que estavam na mão

Mas escapavam rapidamente

Antes que ele conseguisse pegar...

 

Toda trajetória musical e artística

De Young -  

sempre me pareceu que ele nunca dormiu

e que ficou no tempo infinito da duração desta longa noite...

 

O Mito de Woodstock

 transformaram as raízes místicas de Neil...

Invisível ou não formou-se

Uma quatrindade...

C.S.N. & Young

Se consumou a parte acústica e a eletrificada...

Foi o primeiro céu que se abriu pra ele / mas, cada qual no seu lote...

 

Tudo que Young passou no festival

“por que eu estou aqui”

Foi respondido em março do ano seguinte !970!

C.S.N. & Young,

Lançaram o Vinil “DÉJÀ VU”

Foi dos lp’s que alcançaram maiores vendas nesse ano

com um número

Superior aos

dois milhões de dólares

que representou o esforço real

& consistente de quatro músicos

Funcionando em grupo...

 

A história de Neil Young,

Vai muito além do quintal deste texto...

A ideia de representar a arte de Young –

“Pela circunferência de um círculo

E o poder criador pelo verbo”

pode nos levar a compreender o  caráter absoluto  de  Neil –

na história do FOLKROCKMUNDIAL*

“Neil Young o Lagarto da música”

The End*


Em tempo: dedico este texto a memória de Nina* minha mana, que me ensinou tudo sobre Neil Young !

Nina, no Rock In Rio (2014) quando Neil Young

se  apresentou*







LENNON JOHN LENNON

(RASGHOS)

                           by*necCast

 

Júlia ajudou John* a ser rebelde

Ela o encorajava...

Mimi, era rígida

Os primeiros colegas ”C” de escola eram “tapados”...

A turma “B” já era diferente -  os bolhas ficaram na turma “A”...

 

A infância de John - em Liverpool

... brigas, futebol e comerciantes

Uma cidade desconhecida por todos...

 

O que permitia sonhar

Era “Alice no País das Maravilhas”

John,

desenhou todos os personagens...

E, tudo começa a ser expressivo e verdadeiro se derivando da raiz de...

John Lennon...

Yeah!Yeah! Yeah!

 

John, conhece Paul...

E ambos

 Começam recombinar energias super sensíveis

  Feitas em uma teia de aranha

O mundo se transforma numa tela

Eles começam a se dilatar dentro de si

E , abrangem o infinito da arte...

 

Aço e Vidro - foi John...

“A descoberta da música levou

Ele...

 Pelo qual se  mediu -  a dor do mundo

“GOD*

I don’t believe in magic

I don’t believe in I-Ching

I don’t believe in Bible

I don’t believe in Tarot

I don’t believe in Hitler

I don’t believe in Jesus

Idon’t believe in Kennedy

I don’t believe in Buddha

I don’t believe in Mantra

I don’t believe in Gida

I don’t believe in Ioka

I don’t believe in Kings

I don’t believe in Elvis

I don’t believe in Zimmerman

I don’t believe in Beatles

I don’t believe in me”

  

Os ossos arrepiaram / os sons do espírito se soltaram...

E a voz falou – “Rabinos e Popeyes

Tchau...Tchau...”

 

Centelhas inumeráveis

De...

“ todos nós brilharemos

estando em todas os lugares...

venham e peguem também sua parte...”

 

A força propulsora da voz de John

Foi um raio sem limitação

Uma “Double Fantasy”

E uma longa história se eternizou...

Desde o princípio procedeu-se

O Círculo Beatles na vida de John

O duplo triângulo...

 

“Será que na escola, ninguém percebeu que eu era o mais inteligente”

                                          (John Lennon)

 

 



BOB DYLAN

(RASGHOS)

                                          by*necCast

 

Quando Dylan encontrou a fonte vital

Nas paginas do book “On the Road”/

Modelou sua visão de vida sobre a estrada/

  E, criou sua poesia, sua música, sua própria ficção e

 suas histórias...

 

Misterioso e familiar ao mesmo tempo/, Desconcertante

 difícil de analisar/

 Um talento em auto - crítica permanente...

 

Foram muitos anos de vagabundagem/

Escutando Woody Guthrie/

“Here’s to  Cisco an’ Sonny an’ Leadebelly too…”

Dylan Thomas , deu o norte e nasceu Bob Dylan…

Há muitos milhas de casa /

Começou como poeira e partiu com o vento/

Muitas chuvas/ muitos becos/muitos oradores com as

 línguas afiadas/

 Lhe entregaram um aviso...

As estradas serpenteantes/ as florestas tristes/vão

 oferecer a canção...

 

Comece a cantar na esquina/

E todos vão levantar a cabeça/

E o sol vai brilhar nos olhos...

 

Poderás estar encharcado até os ossos/

Mas nunca bloqueie a estrada/

Combata as paredes/

“Porque os tempos estão a mudar”...

 

Deixe que os escritores e críticos façam profecias/

Não atravanca a porta/

Trilhe teu caminho que amanhã será passado/

A linha esta traçada/

E Deus esta ao teu lado...

 

Dylan,

 sempre partiu...

Suas canções nunca deixaram ele,  mortalmente cansado/

Suas palavras enchiam ruas, bairros , cidades

&

Corações abertos...

 

Quando Bob, cantou a primeira canção/

O sol começou a nascer...

Olhem para o além/ mudem as velas

Chega desse lengalenga/

Respirem fundo/

Não me perguntem como/

Eu já estou voando...

 

Dylan sempre foi um poeta faminto/

Um herói secreto/

Que sempre arrumava os incidentes de sua vida/

Ele sempre teve todas as palavras a sua disposição/

Aproximando todas elas a seu estilo/

E não se comprometeu com nenhuma de suas amantes...

 

Dylan sempre foi por ali adiante/

Alguns amigos em má situação/

Muitas vezes uma timidez sexual/

Tipo uma bola de bowling - que vem pela rua abaixo...

 

Coisas menos importantes nunca interessaram Dylan/

Mas quando uma carroça estacionava, ele olhava e

 lembrava de Duluth - no Minnesota, sua cidade natal...

 

Muitas vezes Dylan atirava uma moeda ao ar...

E perguntava: Ao navio ou a cadeia...

Todos paranoicos respondiam

A cadeia !!!

Ele então respondia.., - Vou ficar preso a uma baleia, estou muito cansado...kkkkkkkkkkl!!!

 

Dylan,

Teve épocas que desapareceu pelos círculos do fumo -

 para sentir os diamantes de sua mente/

Ele viajava entre contradições de sua vida e a maneira

 que estava vivendo/

e tudo isso o tornava mais confuso...

 

Bob Dylan,

Sempre riscou outro fósforo e começou tudo de novo “Baby Blue”!!!

Ever...Ever...Mister Bob Dylan!!!!

 

MICK & KEITH



       

( rasghos)

                                      by*necCast

 

Nunca foram grandes amigos/

Mick,

Em companhias  inteligentes/

Keith,

Amigos “poor boy”/

 

Com o tempo/

 O liberalismo entre eles/

Cresceu/ e tudo virou estritamente propriedade deles...

 

Zombarias/o Clero/ofensas contra o país/

Qualquer insinuação de perversão sexual/era tudo com eles...

 

1963/ STONES

Rolou na boate Crawdaddy em Londres

Primeira manifestação da banda/

Já estavam juntos/

Mick*Keith*Brian & Charles Watts*…

 

Com a chegada da banda no front/

Subitamente ficaram ousados demais/

Reconhecíveis demais/ parecidos demais...

 

Os antigos amigos/

Começaram a chamar eles de

                          “fresquinhos da esquina”...

Foi impossível apaziguar tudo aquilo/

Satisfaction/Sticky fingers/Brown sugar/

Começou arrebatar/e provocar

A mais picante de toda a história do Rock/

Que transformou toda uma geração em escravo da cultura em roll...

 

Mick & Keith,

Nasceram no mesmo ano 1943/

Gêmeos & Sagitário...

Destino, sorte ou pura coincidência...






 


 
 FIÓDOR DOSTOIÉWSKY

(Rasghos)

                                     by*necCast

 

Não teve outra escolha/

Senão aceitar Vênus/

E, como um “gavião” saiu/

Atrás de mulheres com adereços

venusianos...

 

Tentou pelo caminho/

Ser um “anestésico” para os brutais/

Assim os anarquistas bebiam vodga/

e não passavam frio...

 

Na sua cabeça/

A Rússia se aproveitava da ingenuidade

humana/

E Fiódor, não concordava/

Que a beleza continuasse dormindo...

 

Esse era o jogo/

O governo gostava do rio de palavras

 na maré baixa/

Dostoiéwsky, sonhava com um rio

soberano e animado de novas palavras...

 

Crime & Castigo, quando escrito/

Determinou que os senhores da Rússia teriam que beijar também a bruxa...

 

Tsares, odiavam quando os subsolo começavam a tramar/

E, quando de sua prisão/

Fiódor, descobre seus opostos

e começa a questionar/

seu próprio caráter...

 

O bem/ o mal/

O amor/o ódio/

 A sua queda na “roleta”/

As pedras que rolavam em sua

cabeça/

com a morte de seu filho...

 

Com tudo isso/

Irradia/ pra dentro de si/

a ambiguidade que sentia do fator tradicional de suspeitas /dos poderosos da Rússia...

 

E,

  com tudo isso/ inacreditavelmente

a seu favor/

leva para dentro de sua obra/

uma decolagem de sua linguagem/

que entrelaça a virtude de sua impaciência proposital/

Com o desentranhar dos verdadeiros conceitos dos invisíveis da Rússia...

 

 Pela luz dos seus olhos/

a eclipse solar da política Russa/

é revelada pelo seus livros...

 

Dostoiéwsky, colocou sua entidade literária/

 dentro da identidade Russa

pelo punho...

     



JAMES JOYCE

                                                by*necCast

                (RASGHOS)

“O artista, como um Deus da criação,

Permanece  dentro, junto, atrás ou acima de sua obra invisível, clarificado, fora da existência.”

                             (JJ)                                                                      

Joyce,

Irlandês, sobreviveu a desleal campanha do jornal londrino Times/

contra seu povo...

Sua época 1862/1941 –

Abriu os olhos/quando com dinheiro emprestada  publicou “Dublinenses”/ que foi adquirida e queimada por um desconhecido/

1912 -  deixa definitivamente a Irlanda...

Todos os problemas com o império britânico/não tinha subsistência em sua mente/

Anos duros – o sol tinha se escondido...

Chega em Zurique , publica “Dublinenses” e

termina “Retrato do Artista”/

Os problemas de desagregação sofridos na juventude –

As humilhações sofridas nos colégios da Irlanda/

Seus mestres e seu pai/ colocaram em sua cabeça/ brutais pensamentos de pecado /ampliados pelo inferno criado pelos seus professores...

No  decorrer de sua vida/sempre foi acusado de não participar das lutas sociais de seu país/

James Joyce – não se interessava por autonomia/

nunca foi parceiro da violência e da estupidez humana...

Campanhas abraçadas por Yeats , de reviver a linguagem gaélica como idioma nacional na Irlanda – achava inútil...

 James,

Naquela fase de tons emocionais a “flor da pele”/

Começa a estudar Giordano Bruno/ Flaubert - até que chega em Ibsen / que recupera seu sistema nervoso /

 Começando a afugentar de si os espectros/

 fé  em Deus / fé na humanidade/

amor/ódio e pátria...apenas palavras...

Fica com a alma dolorida/apenas consigo/

Numa infinita  solidão/mas inteiro...

Tranfere-se para Paris...

Na Europa /com aquele meio sorriso -  recebeu apoio de T.S. Eliot & Ezra Pound/ pela peça os “Exilados” estreada em Munique/ com sucesso absoluto...

A realidade consensual/do público e de grandes autores/

Se transforma aos poucos numa rota de colisão a seu favor – pelas injustiças sofridas/ em sua busca pela sua autonomia em Dublin...

Nos Estados Unidos/ consegue verba para publicar com grande tiragem “ Dublinenses”/ editado em Londres –

Abandona sua pátria / que chamava de “Error Land” para sempre ...

A vitória de Joyce é completa/

A chave de “Dublinenses” é dada na primeira página –

Todos querem sair do lugar onde se degradam, mas à medida que a hora avança sobre o antigo relógio do sol/ a paralisia faz mais vítimas, e as saídas se fecham...

O livro Retrato do Artista/ descreve a luta do autor menino e adolescente para libertar-se da severa educação dos jesuítas, dos problemas irlandeses – ferida aberta desde o primeiro entendimento político/ principal causa de sua rejeição a pátria...

A primeira Guerra Mundial chega junto com a nevasca gelada na França no frio de fevereiro/

Um livro de capa azul começa a nascer/

Ulisses!

Esta obra viria a revolucionar as formas literárias/

Volta para Zurique/e leciona aula de inglês para sobreviver/

Ezra Pound sabendo das dificuldades de Joyce/Junto com outros literatos/ consegue patrocínio da família Rockefeller/ e manda uma pensão todos os meses para que ele possa se dedicar a elaboração de “Ulisses” ...

Em 1922, Joyce morando em Paris/começa uma nova luta para conseguir uma editora que publicasse sua obra prima/

Nos contatos sempre a mesma lenga-lenga

Obra de vanguarda/ demais avançada...

Uma jovem americana Sylvia Beack/ proprietária da editora Shakespeare / nada temia e imprimiu o livro em 1922...

Os primeiros  2.000 exemplares as autoridades americanas queimam/ os ingleses incineram outros tantos/

Só em 1933 o livro é liberado na américa...

Ulisses,

  matriz de um romance?/ estrutura de uma obra em verso?/ é gênero teatral de fumar meio cigarro?/ do fingimento? / da narrativa de travessuras?/de material noticioso? / da pregação?/uma ópera digna de menção?/ tratado rigoroso sistemático/ do religioso ao erótico ?/ou o jogo do enredo ininterrupta da existência?/ – estas... algumas sequências de perguntas dos moralistas de todas as partes do mundo...

 

Joyce, levou a genialidade até as últimas consequências/

A ação de “Ulisses” transcorre em Dublin em um dia só/

16 de junho (dia que eu nasci)/ uma poderosa síntese do mundo atual dos tempos de Dublin – muito diferente de um super herói /

Ulisses um ser arrasado &  traído...

 Houve em Paris/ um protesto assinado por mais de cem

famosos célebres... Albert Einstein/Ernest Remingway/Thomas Mann/Pirandello/H.G.Wells entre outros...contra a obra de Joyce...

 

Ulisses sobreviveu e transformou-se em obra prima...

James Joyce, depois de algum tempo (1939)/

Inspira-se numa canção de bêbados/

A obra levou 17 anos para nascer/

“Finnegan’s Wake” -  em que usou uma linguagem que atingiu a novidade/ que serenou a inquietação de Ulisses.

 Aos 13 de janeiro de 1941/

Morreu em Paris sob a neve/

Flores /sinos/um discurso em alemão & outro em inglês...

Pobre homenagem para um grande talento...

Thre End*  


"...a emoção trágica é uma face para dois lados/para o terror e para a piedade/pois que ambos são faces dela..."

                                                                      (JamesJoyce)

 


ERNEST HEMINGWAY

(RASGHOS)

                                          by*necCast

 

Gestação complicada/

A gravata era uma afronta/

Recebeu o mundo como herança...

 

Ataque & fuga/

Diversificação de coisas complexas/

Cuba, Estados Unidos...

 

As vantagens dos braços e das pernas/

Um touro solitário/ que beijava a terra...

 

Paris,

Era uma festa/

Sem hora de recreio/

Um lance sensorial/ sem vento/sem mar...

 

Caminhadas, junto da aspereza/

Ardia mais que uma fogueira/

Alarme sem anestesia...

 

Ernest Hemingway,

Por Quem os Sinos Dobram !




 STEPHEN HAWKING
(RASGhOS)

                                                              by*necCast

O “Big Crunch” ?

A Sina do Universo

O “Ovo Cósmico” em um

Vazio Congelado...

 

Stephen,

A  Galáxia de Volta das viagens...

O grande esmigalhamento total

Onde tudo começa de novo

Com o futuro em Big Bang...

 

A escuridão poderá ficar mais clara

Aí,

Poderemos saber

O que tinha antes do começo?

 

Hawking,

Pertenceu a linhagem dos grandes

Físicos do Planeta/

Nasceu 300 anos depois de Galileu/

Um Einstein Vivo...

Sua capacidade cerebral

Foi afiada pelos problemas físicos...

“Lou Ghering,” colocou ele numa cadeira de rodas...

Só os olhos & 3 dedos

Depois perdeu a fala...

 

Sua grande tese/ os “Buracos Negros”/

Que estão relacionados com o “Big Bang” –

 Por que o Universo Existe ?

 

O grande problema/

Nem a luz escapa dos buracos negros

Tudo é consumido/ Ele não pode ser visto...tampouco capturado...

Nem com a 3ª Visão de Lobsang Rampa

 

A mente de Hawking,

Participou do “balé Cósmico”/

Num grande horizonte de encontros

A níveis cada vez mais profundos

Um “Pas-de Deux” entre Hawking

E a

Bailarina de sua mente

Em busca do passo final

O Nada/Um novo Big-Bang/

Ou Deus !

 

Stephen Hawking,

Deve star criando lugares/

Para a descida de entidades espirituais/ para a

Espiritualização do Mundo*

 

Observação “in media training” –

Na linguagem de Stephen Hawking, que veio junto com ele do infinito- ele usou um termo:

Pedacinhos Elusivos/

Conhecida na linguagem científica de “Quarks”- que são obscuramente

fascinantes...um Núcleo Atômico que continha os “sabores” com os nomes: “fantasiosos”- “para cima” – “para baixo”- “estranho”- “encantado”-“fundo” & “topo”, nas cores vermelho,verde, & azul.

 

P.s. A origem desse nome excêntrico tem uma origem...quando li o livro “Finneggan’s Wake” de James Joice, encontrei uma frase críptica – “Three Quarks for Muster Marck”

(três quartos para Muster Marck).

 

The End ou Dr.No !?!?!

 


JOSÉ SARAMAGO

(rasghos)

                                  by*necCast


A abundância da vida entre a realidade/

e o ritmo doido da ficção/

entre perseguições e uma

 censura/limitadora...


As moléculas de seus escritos/

Levantaram ele do chão/durante os anos

 do atazanado Salazar...

 

Ao aprender o jogo/

Entendeu o “teatro sem cura”/

E como viver com a história

De Portugal/ além Tejo...


O poder dos ancestrais/

As meias medidas/

Enfrentou tudo isso/

Com uma visão mais ampla...


  O cerco de Lisboa, velha cidade/

Catalisa sua subida/

Entre entulhos políticos/sob um céu engolido

 pelas sombras...


Saramago,

Sentiu as amarras de “Adão e Eva”/

Nos tiranos portugueses/

Vapores de uma paixão histérica

Salazarista/

 "Do nada deve se mover”...


Saramago/ perguntou para Saturno/

“Devo ficar ou ir embora”...


Escreva...disse Saturno...

O   Evangelho Segundo Jesus Cristo 

 em nome dos banidos da história...

 

 


 - HONORÉ DE BALZAC -

(RASGHOS)       

                                by*necCast 06/01/2021

 

 Infância entre arroubos/

De seminários, padres e desejos/

Um círculo de experiências pessoais/

provincianas, parisienses e de militares cheios de músculos, começam a abrir seus olhos/

... um cachorro perseguindo o

próprio rabo...

 

A partir destes fatos/

ele monta no “Cavalo Mágico” de sua mente/

e a “Comédia Humana” começa a nascer...

 

Esplendores e miséria/

Ilusões perdidas/

Fracasso nos negócios/

A pele das cortesãs, tudo isso emerge nele com um propósito/

E,

a “Águia do Mar” de sua mente/

começa seu voo eterno...

 

A Comédia fica visível/

entre,  fumos, chocolates, prostitutas de alto luxo e, flores no canteiro de urtigas...

 

Balzac, escreve em êxtase/pelas noites solitárias, sem parar /para seu perseguidor “espírito”/ com  a genes de “Bom Samaritano/ e também com seu egoísmo...

 

Todas as pedras preciosas, 

paus & lixos humanos

 ficam sobre seu

domínio...

 

Entre seus escritos/

Descobre o “Chacra da Coroa” vivida...

 

Balzac,

levanta o Raio/

E, lança a “Comédia Humana”/

a milhares de milhas...

 




 ALBERT EINSTEIN

                                              (RASGH0S) 23/01/2021

                                                                                        by* necCast

Einstein,

Furou a maça/não rastejou pela superfície/

Toda teoria einsteiniana/vai ainda nos

levar a cruzar a última fronteira humana...

 

O éter/ a maquina do tempo/com base na ruptura da casualidade/

Aquele "milk shake" no liquidificador desafiado...

 

E = mc2;  o subir da montanha/ para ver o Éter em repouso/

A Teoria da Relatividade /no pequeno quarto de uma pensão de Albert Einstein/planou um voo continuo em busca da surpresa...

 

A pequena bússola de Einstein/quando criança/ começou a desmentir um mundo de concepções já suficientemente arraigadas em nós...

 

Albert, encontrou a ordem e a beleza para identificar o Universo/talvez uma harmonia de opostos equilibrados -...mas tinha em sua visão os primordiais/ limite e ilimitado...

O que tinha forma e o que se imaginava como o caos...

 

“ A álgebra é uma ciência muito interessante; quando se vai a uma caça de um animal de que não se sabe o nome e que se designa por X – quando o caçador o agarra dá-lhe o nome verdadeiro”

                                               (Albert Einst)

 
Miguel de Cervantes

(Rasghos)

                             by*necCast (17/05/21)

 

Vagou

A procura de uma luz ...veemente

Valadoli/

Salamanca/

Sevilha...

Algumas cidades  que tudo aceitava

Outras que tudo negava...

 

Boemios & aventureiros em Madri

Despertaram todas suas distâncias

De seu Deus extra Cósmico...

 

Novos princípios estéticos

Produziram nele uma ruptura com os modelos

&

 as normas consagradas pelo próprio renascimento...

“El Manco de Lepanco”

Assim era conhecido

Quando perdeu a mão esquerda numa de suas batalhas...

Cervantes,

Declarou mais tarde que a mutilação

Embora feia/ lhe parecia formosa...

Andarilho cansou de lutar

Por terras estranhas

E o seu exército de vozes

Fez ele voltar as suas origens

Em véspera de tempestades

Ninguém conseguiu vergar Cervantes

Dizia: “Nenhum de vocês vai conseguir

na verdade curvar meus direitos ao desejo/

Sou eu que vou lhes dar/ o que vocês precisam...

 Sua volta a Madri

Deu-se depois de longas batalhas

                            O sol foi excluído/

De seu espaço/

E,

Para amenizar suas guerras

Descansou sua espada

E começou a escrever Galatéia!

 

Em 1593/

 na prisão começou sua obra

Que haveria de ser considerado

Um dos maiores eventos literários

De todos os tempos...

Dom Quixote

“O Homem de La Mancha”

 

Com a chave da literatura na mão

Cervantes,

 abriu o “Pote de Ouro”

Uma escrita que acendeu os sentidos

Físicos e mentais do ser humano...

 

O  Sonho e a Realidade

Montados num cavalo capenga

Um personagem/ alto & magro

De triste figura/ que julgava ser o Elmo

do invencível guerreiro com lança

em riste/ para atacar Moinhos de Vento

Levando em seu desvario a nobre Dama Dulcinéia...

Ao seu lado/ o Escudeiro

Gordo/Redondo...

Companheiro fiel que admirava seu Amo

Apesar de não o entender...

Ficou fascinado por suas loucuras...

Ambos puros e bons

Rodeados por um mundo que não admitia

Pureza & bondade...

 

Dom Quixote & Sancho Pança

Personagens surgidas da pura fantasia

de um artista...continua viva/ como se fossem heróis históricos/ entraram para a cultura e o folclore dos países do Mundo/ superando os limites geográficos...transcendendo o sonho e o desvario...

 

Miguel de Cervantes/

Conseguiu com Dom Quixote/

Fixar as sombras nas paredes...

  

   


THOMAS MANN

(Rasghos)

                                                            by*necCast 

 

Mãe,

Júlia da Silva/

Mulata brasileira de Angra dos Reis/

Com gestos delicados & o rosto bonito...

 

Thomas Mann,

De família nobre/ nasceu na Alemanha/ numa cidade gótica/

onde residia uma perpétua e fumacenta estação de trem municipal...

 

Em sua obra/ desde sempre/

O debate sobre o artista/

Um ser condenado a solidão/ um observador proibido de viver...

 

Em suas tempestades de primavera/

Em seus delírios de estudante/

aquele meio / “in extremis”/pela bitola cerebral/

de seus colegas/ não acompanhavam mais seu senso de identidade...

 

A partir desse ponto/ descobriu Nietzche/

As fases desta mudança começaram /

Com o lançamento do romance/

\os Buddenbrooks/ em 1901...

 

A moda literária de contar histórias de decadência/ era um estado mental específico/

e, uma realidade material/

Recebeu o Premio Nobel de Literatura...

 

Thomas Mann,

Vai fundo depois do Nobel...

A originalidade da narração contínua/mesmo em se tratando de 4 gerações...

Reconstituição dos personagens/

O surgimento de emoções desconhecidas/

A solidão entre os homens/

As tentativas fracassadas do amor/

A beleza apodrecida das cidades...

 

Surge no cenário/de sua cabeça...

A Morte em Veneza/

Doutor Fausto/

E, um problema a ser resolvido...

Primeira Guerra Mundial/

 

Surge Hitler,

A Nova visão que descrevia a Alemanha/

Como vitima indefesa/

Mann, deixa de escrever/

A Europa, um banho de sangue/

O escritor coloca um novo significado em sua existência/

O bem

O mal,

O falso, o verdadeiro...

 

Surge a “Montanha Mágica”/ Depois da travessia angustiante...

O livro rompe com todos os sentidos dos romances tradicionais/ não conta uma história, descreve a evolução mental dos personagens...

Na verdade era o inconsciente antes de Freud...





ALDOUS HUXLEY

(rasghos)

                                           by*necCast -

 

Huxlei/ sonhou antes da contracultura

dos anos 60 & 70 acontecer

Dormiu com uma encarnação e acordou em outra através dos alucinógenos...

 

Com o poder místico visionário/

Escreveu para reinventar o tempo/

No seu “Admirável Mundo Novo”...

 

 Nunca colocou sua essência para dormir

 ação & reação...

 Sempre abriu as feridas do tempo/ mesmo com todo maniqueísmo/  com a falsa impressão/de que todos eram do mesmo time...

 

Levava com seus olhos afiados/ um parentesco consciente de sua geração/

James Joice & Virgínia Woolf/

Que escreviam coisas abundantes da vida/ para uma geração seguinte...

 

Nunca professou circunstâncias limitadoras/ sempre assoprou o veneno antes de beber a “cicuta da destruição da individualidade”...

 

Aldous Huxley, terceiro estágio/

Nunca aceitou convite para viajar no avião do “Demo”...

 


 

 

J.D. SALINGER

                             by*necCast

(rasghos)

 

1951,

Tenho a impressão que o “Apanhador”/

foi escrito sem antídoto...

E,

chegou até Chapman/

nos anos 80/

pelas entrelinhas de sua

depressão/ até as páginas

que o levaram a Lennon...

Salinger/

Quando escreveu/ tinha em sua mente “fantasmas da geração Beat”/

E,

na luz deste foguete multimídia/

da juventude americana/

alinhou um “Feng Shui Mexicano”/

misturou tudo e jogou no tempo...

 

Neste vácuo criativo/

Tudo se tornou imprevisível/

E o trânsito/

Levou e estacionou nos anos 80...

 

E,

aí/

O Anjo Escuro/

na sua original cegueira pragmática/

enxergou somente sua inversão de valores/

 

E no “Campo de Centeio”/

atirou em John Lennon...





TOM WOLFE

New Jornalism - 60/70

(Rasghos)

 

                               by* necCast

 

Tom,

Radical chique/

Dândi/

Caçador do louco circo da cultura

& da contracultura...

 

Foi um profeta da modernidade/

Do rock’ da juventude da classe branca/

 das década de

 60 &70...

 

Das noites do Village/das socialites de Manhatan/

Das caras multifacetadas em corpos belos/

Das virilhas depiladas/ e dos stock’cars envenenados...

 

Um editor das latas  de cerveja empilhadas na cozinha/

 & de mamilos arrepiados pelo novo jornalismo...

 

A consciência deitada na cama/ a década do “EU”/

Like a Rolling Stones/ pedras que rolam não criam musgos...


 Tangerine, para os “Panteras” que viraram

Bibelos, nas festas dos magnatas de Nova York/

Surfistas executivos feitos de neon/

Anuciantes do MakMerda...

 

Wolfe , aceitou o “vietnãzinho” na tv /reluzindo a “Moët & Chandon”

 ao por do sol no dia de Ação de Graças

...

 

“Queima, nenê , queima”...

Cantava a “perifa idade”  dos 25/

E Tom clamava/ Precisamos de um novo jornalismo/

“Chega de escritores exprimidos dentro de uma cabine telefônica.”

 The End!




JOÃO GUIMARÃES ROSA

(RASGHOS)

                                              by*necCast  07/01/2021

 

A  boca melhor bonita/

Acertou as ideias de Guimarães Rosa/

As noites do sertão foi uma/

A claridade dos serrados outra/

Tudo desenterrado para o mundo...

 

Diadorin/ cada hora, cada dia...

Riobaldo/chegar, chegar e perto estar...

Viveram com formosura/

Aquela pura castidade...

 

Hermógenes/

Em lugares perigáveis/

Marcou com ferro quente/

O “vorta boi vorta”...

 

Entre mangueiras/

Jaboticabeiras & cangaceiros/

O espírito sempre pronto/

E a carne fraca com pensamento puro...

 

O jogo criativo e novo/

Do mel do maravilhoso/

No despejar do São Francisco/

 Um kilômetro de légua/

Muito mais radiante...

 

“Galhos da Vida”/

Nem sei de mim/mas sei de ti...

Porque posso imaginar/

A maginação do amor aflorado/

Do amor reprimido/

Espreitando todo dia/

O muito amor/ sem o gozo dos sentidos...

 

“Brejinho do Brejo”/

“Por riba da cintura”/

Cidades/Vilas/Povoados...

Na derradeira lua da tarde/

Urubúquáqua...

Saga de Maria Deodorina da Fé/

E o amor de Riobaldo...


 




VOLTAIRE

(Rasgos Alfarrábicos)

                                               by*necCast


Por várias luas/

Seus pecados se misturavam/

Com tragédias e comédias/

O riso prático para os vilões/

Atuava como uma sentença de morte/

Que a linguagem dos seus olhos legendava...

 

Esmagai os infames/

Coloquem todos eles/

Entre a faísca e o dinamite/

E, que seja dentro de uma igreja lotada...

 

Aí...

Apareciam os apuros/

Daquele moço feio/ de espírito louco/

Que tinha afeto pelos combalidos/

E um grande ódio pelos malditos...

Voltaire: (1730)


 
                
hallai-hallai.blogspot.com
 

           THE BEATLES****

 As 10 canções mais (injustamente) subestimadas... Peraí...

 Os Beatles… subestimados? Você quer dizer… a maior banda da história? Aquela com mais de 600 milhões de discos vendidos desde que surgiram no The Cavern no começo dos anos 60? Só pode ser brincadeira.

Parece estranho usar o termo “subestimado” quando nos referimos aos Beatles

Mas existem muitas pérolas escondidas no catálogo da banda que merecem um momento de destaque. Singles clássicos como “Hey Jude’, ‘Strawberry Fields Forever’ e ‘Help’ se tornaram marcantes, enquanto faixas de discos como ‘In My Life’, ‘Something’ e ‘A Day In The Life’ receberam os louros que mereceram.

Enquanto isso, outras canções parecem ter sido ignoradas, não chegaram sequer aos Top Ten, ficaram ausentes do rádio e chegaram até a ser evitadas pelo X Factor, este grande bastião da música.

 Então é hora de equilibrar as coisas.

 Já foi dito que canção pop perfeita é aquela que pode ser assobiada pelo carteiro. Pode ser que estas canções não tenham chegado a tanto, mas é justo que alcancem uma audiência maior. Então estão aqui dez faixas que merecem mais reconhecimento como clássicos dos Beatles

Algumas das escolhas tem sido celebradas entre fanáticos e músicos dedicados, mas não pelo mundo inteiro. Mas isso muda agora.

 10. I’ve Just Seen A Face Lançado no álbum Help, “I’ve Just Seen a Face” é um marcado e ágil country de Paul McCartney. Gravada na mesma sessão de “Yesterday”, a canção traz letras que capturam a emoção da paixão à primeira vista, enquanto o instrumental casa o folk de Simon e Garfunkel com traços do divertido “remelexo” de Elvis Presley. Em 1965, McCartney, envolvido em um caso amoroso com Jane Asher, ficou um pouco atrás de seu principal parceiro em relação às composições.

 Lennon escreveu e cantou em alguns singles anteriores, incluindo “Ticket to Ride” e “Help”, e parecia ter mais destaque nos álbuns A Hard Days Night e Beatles for Sale.

 Mas foi com ‘I’ve Just Seen a Face’ e a notável ‘Yesterday’ que McCartney voltou à forma. De olho na crescente cena folk dos Estados Unidos, o selo americano da Capitol Records escolheu “I’ve Just Seen a Face” como primeira faixa na versão yankee do disco Rubber Soul. Amada por fanáticos pelos Beatles, “I’ve Just...” é o tipo de coisa que todo músico de rua deveria aprender – se honra seu chapéu na calçada. Subestimada talvez pelo público em geral, a canção não é esquecida pelo próprio McCartney, que a inclui regularmente em seus shows. Paul sabe o que é melhor.

 9. It’s All Too Much Eis um saboroso pedaço de psicodelia de George Harrison na trilha sonora The Yellow Submarine. A faixa começa com uma guitarra lamuriosa e ao mesmo tempo estridente antes de dar entrada a um macio tema de órgão. E então a bateria salpica e pula enquanto a música zumbe e “esperneia” – como se tivéssemos enfiado a cabeça dentro de uma colmeia.

Ninguém parece se esforçar muito enquanto a melodia flutua dentro de uma neblina suspeita, com tudo suspenso por uma firme base de trompetes. E eis um som que influenciou psicodélicas e maltrapilhas guitar bands através dos anos, desde os (injustamente subestimados) Boo Radleys e The Flaming Lips a grupos mais recentes como Jagwar Ma e MGMT. Até para ressaltar a natureza da canção, Harrison chega a reciclar uma linha do hit ‘Sorrow’, do The Mersey, assim que a peça chega no final. Seis minutos de faixa podem ser literalmente demais, como o próprio título sugere, mas a peça do guitarrista permanece como uma excitante e caótica exploração da psicodelia da era LSD.

 8. You Know My Name (Look Up The Number) Geralmente colocada de lado como um número descartável de gracinhas, “You Know My Name” merece mais crédito não apenas por seu ânimo despretensioso, mas pelo seu pulsante mantra de abertura. A peça abre com um canto breve, originalmente planejado para ter quinze minutos (o que teria sido incrível) antes de dar espaço para McCartney (como um desastrado crooner, ou um Denis Obell) a agir como um inebriado Sinatra recostado em um uma atmosfera de ‘samba’. Lennon interrompe, e reveza com o comediante Spike Milligan uma sucessão de vozes retardadas - tudo enquanto se repete o refrão “you know my name, look up the number”. A banda continua a evocar seus heróis da comédia, como The Goons, Pete and Dud e Monty Python, enquanto ecoa a anarquia pateta do Bonzo Dog Doo-Dah Band. É certo que as tentativas de humor dos Beatles nem sempre conseguiam surtir efeito, mas esta bobagem é contagiante, divertida, e tanto Lennon quanto McCartney relembravam da canção com carinho – ao ponto de Paul declarar que esta era sua peça favorita dos Beatles, “apenas por ser tão insana”.

O Rolling Stone Brian Jones aparece para contribuir com um sax alto, enquanto o empresário e assistente Mal Evans adiciona alguma ambiência com uma pá sobre cascalho. Apesar de gravada em meados de 1967, “You Know My Name” não viu a luz do dia até 1970, quando foi lançada como lado B do single final de Let It Be.

 7. Things We Said Today Escrita durante um feriado nas Bahamas em 1964, “Things We Said”, de McCartney, faz um sombrio vislumbre de seu caso amoroso com Jane Asher. Enquanto estava em um iate com Asher, Ringo Starr e a futura esposa do baterista, Maureen, o baixista se recolheu para um deck inferior e criou esta reflexiva canção de amor. A peça varia entre tons maiores e menores e da balada para o rock enquanto McCartney explora o conceito que ele viria a chamar de “nostalgia do futuro” – imaginar como o casal olhará as conversas que tinham em hipotéticos dias posteriores. A peça ganha ainda mais vida com a guitarra base de Lennon e a batida apressada de Ringo. E é uma demonstração da maturidade de Paul como compositor: é notável como ele podia soar tão ácido mesmo tão jovem. A canção foi lançada no lado B do single A de “A Hard Day’s Night”.

 6. What You’re Doing Enquanto Lennon era um especialista na acidez, era raro vislumbrar um McCartney raivoso. Mas é esta peça frequentemente ignorada do Beatles For Sale que surge, talvez, como um dos melhores exemplos de um Macca irritado. A bateria “spectoriana” de Ringo prepara o ambiente para um riff de George Harrison na guitarra de 12 cordas – um som que pavimentou o caminho para a carreira e o som dos The Byrds. “What You’re Doing” apresenta algo a mais em relação às típicas letras “raivosas” de Paul, possivelmente reflexo dos problemas que ele enfrentou em seu relacionamento com Jane Asher. Mas mesmo assim o baixista entrega um vocal doce, ameno – e suspeita-se que Lennon teria cantado com um tanto mais de veneno. The Inner Light Lançada em março de 1968 como lado B de “Lady Madonna”, “The Inner Light” assinala a primeira vez que George Harrison teve uma composição creditada em um single dos Beatles. E representou uma notável mudança de qualquer coisa ouvida antes em um single da banda – um mergulho total na música e na cultura indianas as quais o guitarrista estava começando a ficar imerso. A base da faixa foi gravada nos estúdios indianos da EMI com músicos locais quando Harrison estava em Bombaim para gravar sua trilha sonora do filme Wonderwall, de inspiração hindu. Já as letras foram tiradas do texto taoísta, Tao Te Ching – e é assim que Harrison evoca uma doce e inocente canção, que soa como reminiscência da banda de folk psicodélico The Incredible String Band. A canção é a mais bem sucedida incursão de Harrison dentro do universo indiano como membro dos Beatles, e revela a amplitude do poder musical do quarteto. Que outra banda poderia colocar lado a lado o boogie woogie de Lady Madona e algo tão delicado como essa peça?

 4. Real Love Pode uma canção que foi lançada como single realmente ser classificada como subestimada? Neste caso, sim. “Real Love” foi o segundo single lançado sob o projeto Beatles Anthology, que reuniu os três Beatles “sobreviventes” – na época – para ressuscitar duas demos deixadas por John Lennon. Enquanto “Free as a Bird” recebeu muita badalação no seu lançamento no natal de 1995 – chegando até a receber um Grammy por melhor performance pop –, “Real Love” quase foi escorraçada no meio de março de 1996. A canção vendeu 50 mil cópias em sua primeira semana, mas foi ignorada pela Radio 1 no Reino Unido, que se recusou a colocá-la no playlist. Os Beatles “renovados” não foram suficientes para tirar Garbage, Shed Seven e Mark Morrison’s Return of the Mack do repertório da emissora. No rastro desse cenário, “Real Love” atingiu apenas um quarto lugar no Reino Unido e um décimo primeiro nas paradas americanas – um vexame para um material que merecia muito mais. “Real Love” é uma sedutora peça que traz uma das mais comoventes melodias de Lennon – o piano original da demo é de rara e delicada beleza. E os três Beatles remanescentes fizeram um trabalho genuíno, mas a presença de Jeff Lyne na cadeira de produtor deu à canção um quê de “Bootleg dos Beatles à moda ELO” que tirou certa autenticidade de tudo. Ainda assim, é uma canção muito melhor do que “Free as a Bird” e, em termos de Beatles, o mais subestimado single do quarteto. " Rain" Talvez “Rain” não seja tão subestimada quando as outras nesta lista, pois cresceu em estatura e influência nos últimos quarenta anos desde que foi gravada. Mas ela ainda está para ser reconhecida como uma das grandes canções do grupo. Apesar de ter quase quarenta anos, “Rain” ainda soa como nova e ao mesmo tempo indubitavelmente feita em 1966. Situada no lado B de Paperback Writer, Rain é um clássico rock que traz a melhor performance de Ringo Starr nas baquetas e um dos mais poderosos desempenhos vocais de Lennon. Starr preenche cada instante possível com sua bateria enquanto Lennon alonga cada “Rain” e “Shine” – e não surpreende que uma encarnação anterior do Oasis tenha sido chamada de The Rain. O solo agudo de baixo de McCartney casa com a performance virtuosa de Starr, e a extraordinária mistura desaparece do fundo enquanto vocais se repetem por trás na coda. “Rain”, enfim, permanece como um dos mais emocionantes momentos na carreira dos Beatles.

2. There’s A Place Iniciada com uma gaita meio que fúnebre, “There’s a Place” constroi uma madura evocação do espírito adolescente – capturando o crescimento da cultura adolescente e o ambiente de provocação do fim dos anos 50 e começo dos anos 60. Menos apreciada que “Twist and Shout” e “I Saw Her Standing There” no álbum de estreia da banda, a faixa traz dois minutos de perfeição pop. Partindo de uma deixa de “Somewhere (There’s A Place For Us)”, do filme West Side Story, Lennon articula temas mais cerebrais do que as simples canções de amor daqueles tempos. Como Lennon pega a primeira voz e McCartney a segunda, as letras retratam o auto-refúgio mental – tema para o qual Lennon voltaria várias vezes por toda sua carreira. Fruto de uma das melhores fases de John Lennon, a canção pode ainda ter influenciado Brian Wilson a criar o clássico “In My Room” para os Beach Boys. Gravada um pouco depois naquele mesmo ano, a canção trata de tema similar a “There’s a Place”: solidão e retraimento para ficar com os pensamentos.

1. Hey Bulldog A vibrante e despreocupada “Hey Bulldog” é talvez o maior exemplo da autêntica alegria de ser um beatle Gravada durante a produção da promoção de “Lady Madonna”, a peça surgiu quando a banda desenvolveu um esquete criado em parte por Lennon em um das mais divertidas e dinâmicas criações do quarteto. Claramente influenciados pelo estridente piano de “Lady Madonna”, Lennon e a banda produziram um hilário número de rock. O engenheiro de som dos Beatles, Geoff Emerick, chegou a dizer que aquela foi a última vez que a banda trabalhou como um verdadeiro time na canção e todos os membros estavam e no seu auge – talvez o último real vislumbre da maior banda de todos os tempos trabalhando como uma unidade coesa

McCartney em particular, produz uma espetacular linha de baixo. O próprio Lennon entrega um incrível trabalho vocal, completo com latidos e urros de seu parceiro McCartney. A canção foi incluída no álbum Yellow Submarine, mas apesar de ser amada por fãs, merece aclamação universal como um dos pontos altos do brilhante catálogo da banda. (Igor Matheus)

 Fonte: Whatculture BEATLES AGAIN & História em fotos da Capa do "Abbey Road"

 - 15 fatos que você nunca soube sobre as músicas dos Beatles –

 1 - "Get Back" O primeiro rascunho de "Get Back" incluía a frase "Não curta nenhum paquistanês tomando os trabalhos das pessoas" Mas a frase foi cortada quando a banda percebeu que a letra, pretendia ser um comentário irônico sobre grupos de extrema-direita atacando imigrantes paquistaneses e seria interpretado como racismo.

 Eles estavam certos sobre isso:

Anos depois, o tabloide The Sun, encontrou uma cópia do primeiro rascunho da música e acusou a banda de xenofobia.

 2 - "Can´t Buy Me Love" O engenheiro de som dos Beatles, Norman Smith tocou em todas as partes o Chimbal em "Can´t Buy Me Love" depois de descobrir que a fita com as partes da percussão gravadas em Paris tinham uma ondulação quando chegou a Abbey Road. Smith gravou novas partes ele mesmo, mas os Beatles nunca ficaram sabendo a respeito.

3 -"I Am the Walrus" O "egg man" em "I Am The Walrus" era uma referencia ao amigo de John Lennon, Eric Burdon, do The Animals. Ele deu a ele esse apelido depois que Burdon contou uma história sobre um encontro sexual que ele teve com uma jamaicana que quebrou um ovo em sua barriga e o lambeu.

4 - "Twist and Shout" Quase todos os "Please Please Me" foram gravados ao vivo em fita em um único dia - 11 de fevereiro de 1963 - e "Twist and Shout" foi a última música a ser gravada. A canção foi deixada por último, porque John Lennon estava se sentindo muito mal, e George Martin queria preservar sua voz durante o dia. No momento em que gravou a música, Lennon estava com a garganta doloria, mas chupou algumas pastilhas para tosse, tomou um pouco de leite e tirou a camisa antes de se entregar a uma das melhores performances de sua carreira. "Minha voz não era a mesma por um longo tempo depois", disse ele em 1976. "Toda vez que eu engolia era como uma lixa".

5 - "When I´m Sixty-Four" Paul escreveu "When I´m Sixty-Four" no piano de seu pai quando ele tinha 16 anos.. A canção foi bastante tocada durante as apresentações no Cavern Club, geralmente com apenas Paul no piano, para passar o tempo se algum dos amplificadores quebrasse.

 6 - "Day Tripper" Os programas de rádio alemães se mostraram relutantes para tocar "Day Tripper" porque a palavra "Tripper" é uma gíria alemã para gonorreia.

7 - "Come Together" "Come Together" foi concebia como uma canção comício para a campanha de Timothy Leary, o guru do LSD que se candidatava a governador da California, e tentava desbancar Ronald Reagan em 1969. O slogan de Leary era "Chegue junto, juntem-se a festa" sendo a palavra "festa" uma referência para cultura das drogas. A campanha de Leary chegou ao fim quando ele foi preso por posse de drogas, o que "libertou" John Lennon para na verdade desenvolver uma música para os Beatles. Anos depois Leary o acusou de roubar sua ideia.

 8 - "With a Little Help from My Friends" A frase original na música era " O que você faria se eu cantasse desafinado / Você se levantaria e jogaria tomates em mim?" Mas Ringo os fez mudar, presumivelmente porque ele não queria que ninguém de fato jogasse tomate neles durante um show.

 9 - "Penny Lane" "Penny Lane" é o nome de uma rua em Liverpool, que por sua vez foi nomeada em homenagem a James Penny, um rico comerciante de escravos do século 18 e opositor a legislação abolicionista. Isso não era muito conhecido na época a canção foi escrita, por isso é apenas uma infeliz coincidência.

 10 - "Helter Skelter" Paul se inspirou para escrever "Helter Skelter" após ler uma citação de Pete Townshend, do The Who, em que se vangloriava pela música "I Can See For Miles" dizendo que foi a canção mais alta, mais crua e mais intransigente que eles já tinham gravado. Paul resolveu ir ainda mais longe, mesmo sem ter ouvido a música do The Who.

 11 - "Oh! Darling" "Oh! Darling" foi a última música que John Lennon gravou com os Beatles. Seus últimos backing vocals foram gravados em 11 de Agosto de 1969.

 12 - "I´ve Got a Feeling" "I Got a Feeling" foi a última canção que Lennon e McCartney escreveram juntos, e sua primeira colaboração de verdade desde "A Day in the Life" três anos antes. Fundiram duas músicas que tinham em andamento, a de McCartney "I Got a Feeling" e a de Lennon "Everybody Had a Hard Year", quando perceberam que as músicas tinham tempos idênticos.

 13 - "The End" Como detestava solos de bateria, Ringo teve que ser forçado a gravar seu solo em "The End". Paul McCartney disse em uma entrevista em 1988 que quando Ringo se juntou à banda: "Nós lhe perguntamos:" E o que você acha de solos de bateria? ", E ele respondeu: "Eu os odeio." Nós gritamos: "Ótimo! Nós te amamos! "

 14 - "Hey Jude" Paul McCartney pediu aos 36 músicos que trouxeram para executar a partitura orquestral de George Martin em "Hey Jude" para gravar uma faixa com todos eles cantando e batendo palmas junto com o "Na-na-na-na, hey Jude", mas um deles teria se recusado e saiu, dizendo: "Eu não vou bater palmas e cantar a canção sangrenta de Paul McCartney!"

 15 ? "Dig It" "Dig It" originou-se como uma improvisação que fluiu da banda tocando um cover de Bob Dylan, "Like a Rolling Stone", enquanto tocavam no estúdio. Fonte: Buzzfeed - HÁ 44 ANOS, OS BEATLES TIRARAM A SUA FOTO MAIS FAMOSA . CAPA DO ÁLBUM "ABBEY ROAD". TODA A AÇÃO FOI PLANEJADA PELO PAUL, CONFORME DESCRIÇÃO ABAIXO:

 Era 8 de agosto de 1969 quando os Beatles se reuniram para o que viria a ser um dos seus últimos ensaios fotográficos. Não o último de todos, mas o último a ser usado em um álbum.

 Nessa época, o Paul já decidia as coisas, mas nada era muito fácil. Reunir todos os membros da banda era difícil. Sair, agendar horários, nada disso acontecia sem uma boa dose de desgaste. Ali, talvez, o único Beatle que ainda queria ser um Beatle era o Ringo.

 Mas o Ringo não conta. Por isso, foi do Paul a ideia e iniciativa de fotografar naquela exata faixa de pedestres. Desenho de Paul* O encarregado da missão foi um fotógrafo escocês amigo do John e da Yoko, chamado Iain Macmillan. Antes de começar, ele tirou uma foto da rua vazia. Linda McCartney também esteve lá e tirou algumas fotos dos preparativos, enquanto o quarteto aguardava o ensaio começar. 1 tentativa * 2 tentativa 3 tentativa 4 tentativa 5 tentativa Foto da Capa do disco* Foram tiradas seis fotos oficiais, para entrarem no álbum. Tentativa 06 A escolhida, todos sabemos qual foi. A única na qual a formação estava perfeita, tudo alinhado, como deveria ser, como era habitual dos Beatles. Esmero nos últimos detalhes. Paul decidiu pela quinta tentativa. A sexta tentativa foi para o álbum A história fez sua parte depois desse evento. Ninguém imaginava que os Beatles chegariam ao fim alguns dias depois.

 Nem o fã mais pessimista, nem mesmo John Lennon – que cuspiu seu desejo de sair da banda em uma reunião sobre as ambições de George de se tornar um compositor com mais espaço. De lá pra cá, todos os detalhes imagináveis já foram destrinchados. Nem mesmo o velhinho parado lá no fundo, passando como quem não quer nada conseguiu escapar. Até mesmo ele já foi encontrado, entrevistado e teve seus minutos de fama, só por estar ali

. A placa do Fusca, de número LMW 281F, foi roubada repetidamente, até o carro entrar em leilão em 1986 e ser vendido por £2.530. Atualmente ele está no museu da Volkswagen na Alemanha. Olha ele aí Hoje, atravessar aquela faixa de pedestres é um evento, colocar os pés naquela ícone travessia.

 MULHERES DOS BEATLES*

 Maureen Cox -  A inglesa foi a primeira esposa do baterista Ringo Starr. Eles se casaram em 1965 e tiveram três filhos: Zack, Jason e Lee. Dizem as más línguas que ela teve um caso também com George Harrison… Barbara Bach Além de ter sido bond-girl do filme 007 O espião que me amava, ela é a segunda mulher de Ringo. Os dois se casaram em 1981 e permanecem juntos até hoje.

 Pattie Boyd -  Em 1964, ela foi convidada para ser figurante do filme A Hard Day’s Night e acabou figurando também no coração de George Harisson. Eles se casaram dois anos mais tarde e ela foi a inspiração para a música Something. Mas, mesmo com tanto amor, a união acabou em oito anos por causa do ciúme de George e ela foi parar nos braços de Eric Clapton.

 Olivia Arias -  Segundo amor de George, ela teve um filho com ele chamado Dhani e esteve ao lado do Beatle até sua morte em 2001.

 Cynthia Lennon - A primeira mulher de John Lennon o conheceu quando ele ainda não era famoso. Juntos tiveram um filho chamado Julian, mas tiveram seu romance interrompido por causa de Yoko. Yoko Ono Tida pelos amigos de John como uma manipuladora e interesseira, ela começou seu romance com o Beatle enquanto ele ainda era casado com Cynthia. Eles se casaram em 1969 e tiveram um filho chamado Sean.

May Pang -  -  Uma americana descendente de chineses que teve um romance com John, de quem era assistente, quando ele estava separado de Yoko, mais ou menos entre o verão de 1973 ao início de 1975. Nada muito sério…

Jane Asher -  Modelo e atriz britânica com quem Paul McCartney teve um relacionamento de cinco anos, entre 1963 e 1968. O Beatle inclusive chegou a pedir a mão da moça em casamento, em 1966, mas, quando ela o encontrou na cama de um hotel com outra, decidiu romper o noivado.

 Linda Eastman -  Como essa não flagrou Paul com ninguém, casou-se com ele em 1969 e teve três filhos: Mary, Stella e James. Juntos, eles montaram o conjunto Wings nos anos 70 e ficaram casados até 1998, quando ela faleceu de câncer.

 Heather Mills - Ela se casou com Paul em 2002, mas as coisas não deram muito certo e a ex-modelo acabou levando US$ 40 milhões do Beatle com o divórcio

Nancy Shevell-  Se Paul McCartney fosse brasileiro, diríamos que é por isso que ele não desiste nunca e ele se casou recentemente com essa empresária e já milionária. (via: chivalr Pattie Boy )

 - George Harrison & Eric Clapton Pattie Boyd poderia ter sido mais uma modelo dos anos 60 caso não tivesse sido selecionada para ser uma quase-figurante em um filme do maior fenômeno musical de todos os tempos. Durante as gravações de "A Hard Day's Night", dos Beatles, Pattie conheceu George

Eles viriam a se casar dois anos depois, em 1966. Entretanto, a vida de Pattie também se cruzou com a de Eric Clapton, o lendário guitarrista do Cream e compositor de grandes músicas do rock. Eric e George eram amigos íntimos, e é assim que começa uma das histórias de amor mais conturbadas da história do rock and roll:

 Eric Clapton, George Harrison e Pattie Boyd, a mulher que inspirou a composição de "Layla" (Clapton) e "Something" (Harrison).

 No texto a seguir, publicado no Daily Mail, a própria Pattie explica este conturbado momento de sua vida. Nós nos encontramos em segredo em um apartamento em Kensington. Eric Clapton me pediu para ir para escutar uma nova música que ele havia escrito. Ele ligou o gravador, aumentou o volume e tocou para mim a música mais poderosa e tocante que eu já havia escutado. Era “Layla”, sobre um homem que se apaixona perdidamente por uma mulher que o ama mas não está disponível. Ele tocou para mim duas ou três vezes, olhando meu rosto a todo momento para ver minha reação.

 Meu primeiro pensamento foi: “Oh Deus, todo mundo vai saber que é prá mim”. Eu era casada com um dos amigos mais próximos de Eric, George Harrison, mas Eric estava deixando explícito seu desejo por mim havia meses. Eu me sentia inconfortável por ele estar me empurrando em uma direção que eu não estava certa se queria ir.

 Mas, ao perceber que eu havia inspirado tanta paixão e criatividade, a música tirou o melhor de mim. Eu não pude mais resistir. Naquela noite eu estava indo ao teatro para ver “Oh! Calcutta!” Com um amigo e depois iria a uma festa na casa do empresário Robert Stigwood.

George não quis ir nem ao show nem à festa. Depois do intervalo de “Oh! Calcutta!” eu voltei e encontrei Eric no assento ao lado, depois de persuadir um estranho a trocar de lugar com ele. Depois, nós fomos à casa de Robert separadamente, mas logo estávamos juntos. Era uma festa ótima e eu me senti lisonjeada pelo que havia ocorrido anteriormente, mas também profundamente culpada. Depois de algumas horas, George apareceu. Ele estava de cara fechada e seu humor não melhorou ao caminhar por uma festa que já acontecia havia horas e a maioria dos convidados estavam sob efeito de drogas.

 Ele insistia em perguntar “Onde está a Pattie?”, mas ninguém parecia saber. Ele estava quase indo embora quando ele me viu no jardim com Eric. Estava começando a amanhecer, e estava muito enevoado. George chegou para mim e perguntou: “O que está acontecendo?”. Para o meu horror, Eric disse: “Eu tenho que te contar, cara, que eu estou apaixonado pela sua mulher”. Eu queria morrer. George ficou furioso. Ele virou para mim e falou: “Bem, você vai com ele ou vem comigo?” Eu havia conhecido George seis anos antes, em 1964, quando nós estávamos filmando “A Hard Day’s Night”.

A grã-bretanha e a maior parte da Europa estava na onda da Beatlemania. John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr eram acompanhados por multidões onde quer que fossem, e em seus shows milhares de adolescents histéricas gritavam e berravam tão alto que ninguém conseguia escutar a música. Pouco antes do início da filmagem de “A Hard Day’s Night”, os Beatles conquistaram a América.

 Em fevereiro de 1964 eles apareceram no Ed Sulliven Show, um dos programas de maior prestígio na América, e atraíram 73 milhões de telespectadores. Eu era modelo, trabalhava com alguns dos fotógrafos mais bem sucedidos de Londres, incluindo David Bailey e Terence Donovan.

 Eu aparecia em jornais e revistas como Vanity Fair e Vogue, mas em março minha agente me enviou para um teste de elenco para um filme. Ela me ligou depois para avisar que haviam me oferecido um papel de uma fã colegial em um filme dos Beatles.

 Minhas primeiras impressões foram que John parecia mais cínico e áspero que os outros, Ringo o mais carinhoso, Paul era bonitinho e George, com seus olhos castanhos aveludados e cabelo cor de avelã, era o homem mais lindo que eu já havia visto.

 Em um intervalo para o almoço, me encontrei sentada perto dele. Estar perto dele era eletrificante. Uma das primeiras coisas que ele me disse foi: “Quer casar comigo?”. Ele estava brincando, mas havia um toque de seriedade. Nós ficamos juntos logo depois disso e nos casamos dois anos depois, no dia 21 de Janeiro de 1966.

Eu tinha 21, ele tinha 22. Eu era tão feliz e estava tão apaixonada. Eu achava que ficaríamos juntos e seríamos felizes para sempre. Três anos depois, em 1969, George escreveu uma música chamada “Something”. Ele me disse em uma conversa corriqueira que ele havia escrito para mim. Eu a achei linda e ela acabou sendo o maior sucesso que ele escreveu, com mais de 150 regravações.

 Frank Sinatra disse que ele a achava a mais bela canção de amor já escrita. A versão preferida de George era a de James Brown. A minha era a do George Harrison, que ele tocou para mim em nossa cozinha. Mas, de fato, desde então nosso relacionamento estava passando por problemas. Desde uma viagem ao templo do yogi Maharishi Mahesh na Índia, em 1968, George ficou obsessivo quanto à meditação.

 Às vezes ele ficava isolado e depressivo. Meu humor começou a refletir o dele, e algumas vezes eu me sentia quase suicida. Eu não acho que tenha existido um perigo real de eu me matar, mas já cheguei a planejar como o faria: colocaria um belo vestido da Ossie Clark e me atiraria da Beachy Head.* E haviam outras mulheres, o que realmente me machucava. George era fascinado pelo deus Krishna, que sempre estava rodeado por jovens donzelas. Ele voltou da índia querendo ser um tipo de figura Krishna, um ser espiritual com diversas concubinas. Ele chegou até a dizer isso. Nenhuma mulher estava fora do alcance. Eu era amiga de uma garota francesa que saía com Eric Clapton. Quando ela e Eric se separaram, ela veio ficar conosco em nossa casa, Kifauns, em Esher, Surrey. Ela não parecia nem um pouco triste por Eric e estava desconfortavelmente próxima a George. Algo estava acontecendo entre eles, mas quando eu perguntei a George ele me disse que minha imaginação estava me guiando, que eu estava paranóica.

 Eu fui viajar com umas amigas e depois de alguns dias George me ligou para dizer que a garota havia partido. Eu voltei para casa, mas estava chocada por ele ter podido fazer isso comigo. Me senti rejeitada e miserável. Foi por essa época que Eric começou a freqüentar nossa casa. Ele e George haviam se tornado amigos próximos, escrevendo e gravando música juntos

A reputação de Eric como guitarrista era altíssima entre os músicos. Grafites nos muros declarando que “Clapton é Deus” estavam por todo o subúrbio de Londres, e era muito excitante vê-lo tocar.

 Ele era maravilhoso no palco, muito sexy. Mas quando eu o conheci, ele não se comportava como um rock star – ele era surpreendentemente tímido e reticente. Eu sabia que Eric me achava atraente e eu gostava da atenção que ele me dava. Era difícil não se sentir lisonjeada quando eu o pegava me olhando, ou quando ele escolhia se sentar próximo a mim

Ele me elogiava pelo que eu estava vestindo e a comida que eu cozinhava, e dizia coisas que sabia que me fariam rir. Essas eram todas as coisas que George não fazia mais. Em uma noite de dezembro de 1969 eu levei minha irmã de 17 anos, Paula, para ver Eric tocar em Liverpool. Paula era muito bonita e um pouco do tipo “menina rebelde”, e naquela noite Eric se derreteu por ela. Depois do show, todos fomos para um restaurante e todos ficamos bêbados e rudes. Quando o resto de nós voltou para o hotel, deixamos Eric e Paula dançando. Na noite seguinte, Eric estava tocando em Croydon e novamente Paula e eu fomos assistir, e novamente houve uma festa cheia de excessos depois do show, desta vez na casa de Eric em Ewhurst, Surrey.

 Logo depois, Paula foi morar com Eric. Em março de 1970, George e eu nos mudamos para uma nova casa. Friar Park era uma magnífica casa no estilo vitoriano próxima de Hanley-on-Thames, Oxfordhire, com 25 quartos, um salão de festas, uma biblioteca, um jardim de 12 acres e mais 20 acres de terra.

 Uma manhã, logo depois de nos mudarmos, uma carta chegou para mim com as palavras “confidencial” e “urgente” escritas no envelope. Dentro eu encontrei um pequeno pedaço de papel. Em letras miúdas, sem letras maiúsculas, eu li:

“querida l. como você provavelmente já percebeu, meus assuntos caseiros são uma farsa galopante, que estão se degenerando dia após intolerável dia... parece uma eternidade desde a última vez que te vi ou falei com você!” Ele precisava saber o que eu sentia: eu ainda amava meu marido ou eu tinha outro amante? Mais crucialmente, eu ainda tinha sentimentos em meu coração para ele? Ele precisava saber, e me implorou para que respondesse. “por favor faça isso, não importa o que diga, minha mente vai descansar... todo meu amor, e”. Eu concluí que era de um maluco. Eu recebia algumas cartas de fãs ocasionalmente – quando não eram cartas raivosas de fãs do George. Eu mostrei a carta para George e outros que estavam na casa. Eles riram e a desprezaram, assim como eu. Naquela noite, o telefone tocou. Era Eric. “Você recebeu minha carta?”, ele perguntou. “Carta?”, eu disse. “Eu acho que não. De qual carta você está falando?” Então caiu a ficha. “Era sua? Eu não imaginava que você se sentia assim”. Foi a carta mais passional que alguém já havia escrito para mim e colocou nosso relacionamento em um outro patamar. Ela fez o flerte mais excitante e perigoso. Mas eu pensava que era apenas flerte. De tempos em tempos durante a primavera e o verão de 1970, Eric e eu nos vimos. Um dia, caminhando pela rua Oxford, ele me perguntou: “Você gosta de mim, afinal, ou está me vendo porque sou famoso?” “Oh, eu pensei que você estava me vendo porque sou famosa”, eu disse. Nós rimos.

Ele sempre teve dificuldade em falar sobre seu sentimento, e ao invés disso os despejava em suas músicas e letras. Teve uma vez em que nos encontramos sob o relógio da rua Guildford High. Ele havia acabado de voltar de Miami e me trouxe calças boca-de-sino – como na música “Bell Bottom Blues” (Blues das Calças Boca de Sino).

Ele estava bronzeado e estava lindo e irresistível – mas eu consegui resistir Em outra ocasião eu dirigi para Ewhurst e nos encontramos num bosque ali perto. Eric estava usando um casaco de pele de lobo e estava muito sexy.

 Nós não fomos para sua casa porque alguém poderia estar lá. Muitas pessoas moravam em Hurtwood Edge: sua banda, os Dominos, Paula e Alice Ormsby-Gore, outra das namoradas de Eric.

A freira dentro de mim achou a situação desconfortável mas estranhamente excitante, e foi no fim daquele ano, depois que Eric tocou “Layla” para mim no apartamento em South Kensington que eu sucumbi a seus avanços. Depois do confronto entre George e Eric na festa de Robert Stigwood, eu voltei para casa com meu marido. Ao chegar lá, eu fui para a cama e George desapareceu em seu estúdio.

 Quando voltei a encontrar Eric, ele apareceu de surpresa em Friar Park. George estava viajando – eu não sei se Eric já sabia disso – e eu estava sozinha. Ele disse que queria que eu fugisse com ele: ele estava desesperadamente apaixonado por mim e não podia viver sem mim. Eu teria que abandonar George naquele momento e ir com ele. “Eric, você está louco?”, eu perguntei. “Eu não posso. Estou casada com George”. Ele disse: “Não, não, não. Eu te amo. Eu tenho que ter você na minha vida”. “Não,” eu disse . Ele pegou um pequeno frasco de seu bolso e o segurou em minha direção. “Bem, se você não fugir comigo, vou usar isso”. “O quê é isso?” “Heroína”. “Não seja tão estúpido”. Eu tentei tirar dele mas ele puxou seu punho e escondeu o frasco no bolso

“Se você não fugir comigo”, ele disse, “é isso. Estou fora”. E ele sumiu. Raramente o vi nos três anos seguintes. Ele fez como ameaçou. Ele usou a heroína e rapidamente ficou viciado. E ele levou Alice Ormsby-Gore com ele. Eric já havia usado vários tipos de drogas, aquelas que todos usávamos – maconha, estimulantes, depressivos e cocaína – e ele bebia consideravelmente. Mas seu traficante andava insistindo recentemente que ele comprasse heroína cada vez que Eric comprava cocaína. Eric andava usando heroína esporadicamente por quase um ano e acumulou uma boa quantidade. Então começou a usar sempre.

 Ele e Alice se isolaram em Hurtwood Edge. Ele não saía de casa, não via amigos, não atendia à porta ou ao telefone, e os dois quase caíram no esquecimento. Ela esteve com Eric em Miami, quando ele estava gravando “Layla”, e na hora soube que era sobre mim. Ela sempre teve a suspeita de que Eric estava com ela porque ela era a segunda melhor coisa depois de mim, e eu era inalcançável.

Ouvir “Layla” confirmou isso. Ela esteve seriamente apaixonada por Eric, mas ele destruiu seu orgulho, auto-estima e confiança, que já eram frágeis. Além disso tudo, sua irmã mais velha era a última pessoa em quem ela podia buscar apoio.

 Eu tentei ligar para Eric, mas Alice sempre atendida e eu desligava. Eu passei a dar mais atenção para meu marido e para a reforma da casa. Por um breve período o projeto nos uniu, mas a casa era tão imensa e sempre tinha tanta gente nela que nunca tivemos qualquer intimidade. Na maior parte do tempo, mesmo quando George estava em casa, eu não sabia aonde ele estava. Na hora das refeições, havia tantas outras pessoas na mesa que não era possível ter qualquer conversa. E mesmo que dividíssemos uma cama, ele geralmente estava em seu estúdio ou meditando metade da noite em seu quarto octagonal no topo da casa.

 Este cômodo havia virado seu santuário. Eu me sentia mais e mais alienada. Eu não me sentia incluída nos pensamentos ou nos planos de George. Eu não era mais sua parceira em nada. Ele estava cercado de “homens-sim”. Quando eu o questionava disso, ele dizia: “Bem, eu odiaria estar cercado de homens-não”. Eu ouvi falar de Eric novamente em janeiro de 1971, dois meses depois do encontro em que ele prometeu usar heroína. Ele me escreveu de uma cabana no País de Gales. Na primeira página de uma cópia de “Of Mice And Man”, de Steinbeck, ele havia escrito: “querida layla, por nada mais que os prazeres do passado eu sacrificaria minha família, meu deus, e minha própria existência, e ainda assim você não se mexeria.

 eu estou no limite da minha mente, eu não posso voltar e não há nada no futuro (além de você) que pode me atrair para além de hoje. Eu ouvi o vento, eu observei o aglomerado escuro de nuvens, eu senti a terra sob mim para um sinal, um gesto, mas havia apenas o silêncio. porque você hesita, sou um mau amante, sou feio, sou muito fraco, muito forte, você sabe porque? Se você me quer, me leve, sou seu... se você não me quiser, por favor quebre este feitiço que me amaldiçoa. enjaular um animal é um pecado, domá-lo é divino. meu amor é seu.”

 A carta estava assinada com um coração. Esta nota curta me despertou sentimentos que demorei dois meses para superar. Eu escrevi para ele e disse o que ele queria escutar. “Como você está? Espero que o ar galês esteja refrescando sua mente e aquecendo seu coração. Oh, eu queria tanto passar um tempo com você aí... seria lindo estarmos juntos, apenas por um tempo.” “Se as estrelas mudassem repentinamente seu curso e eu puder ir para Gales, enviarei um telegrama. Por favor, se cuide. Luas cheias de amor, L” Assim que postei a carta, tive dúvidas terríveis e imediatamente enviei um cartão postal. Ele simplesmete dizia: “Olá, por favor desculpe e esqueça minha sugestão desmiolada. Com amor, L”. Sua resposta veio na contracapa de um livro de baladas escocesas e estava escrita em tinta verde. “foi muito significante ter recebido ambas as cartas na mesma manhã. foi como observar um bumerangue em pleno vôo”. Ele disse que entendia minha situação e não sabia o que sugerir. “eu amo você, mesmo você sendo medrosa”. Nada saiu das nossas fantasias e eu não o vi ou falei com ele novamente até agosto de 1971.

George havia persuadido Eric a ir para Hurtwood Edge para tocar em um evento filantrópico, “Concert For Bangladesh”, em Nova York. Eric estava em uma fase péssima, mas George achava que se o levasse ao palco, mesmo sob o efeito de drogas, seu vício viraria um “segredo aberto” e talvez ele abrisse a porta para seus amigos um pouco, e eles poderiam ajudar.

Todo mundo sabia que se Eric tivesse a chance de terminar duas performances – uma de tarde e outra de noite – ele necessitaria de um suplemento de heroína assim que chegasse em Nova York. Eu me lembro de conversas sobre encontrar uma muito boa, chamada Elefante Branco, para ele.

Tinha que ser muito pura porque ele nunca injetava – ele morria de medo de agulhas – mas cheirava, como se fosse cocaína, em uma colher de ouro que ele usava no pescoço. Alice encontrou a heroína – ela sempre conseguia. Enquanto eles moravam em Hurtwood Edge, ela foi para Londres para fazer o trabalho sórdido de pegar suplementos enquanto Eric ficava em casa.

Se os suplementos começassem a acabar, ela daria a parte dela e pegaria alguma outra coisa. Ela estava bebendo pelo menos duas garrafas de vodka por dia para que ele pudesse usar a heroína. Naquele dia ele e eu mal nos falamos. Ele estava rodeado de pessoas, e no palco, ele estava bem desligado; eu não tenho certeza se ele me viu. Foi um choque pensar que ele havia feito aquilo para ele mesmo por minha causa. No começou eu me senti culpada, mas depois meus sentimentos se inverteram violentamente e eu fiquei furiosa por ele ter me pedido para escolher entre ele e o meu marido.

 Quando o show acabou, Eric e Alice voltaram para os horrores de sua prisão auto-imposta em Hurtwood Edge. Pete Townshend do The Who era o único amigo que se recusava a aceitar “não” como resposta e ia para a casa com tanta freqüência que eventualmente Eric teria que vê-lo.

 Pete o persuadiu a tocar em outro show beneficente, desta vez em Finsbury Park, na zona norte de Londres. O show em 1973, divulgado como a volta de Eric, foi um triunfo. Eu estava sentada na platéia com George, Ringo, Elton John, Joe Cocker e Jimmy Page. Eric não parecia bem – sua dieta de viciado de junk food e chocolate fizeram com que ele engordasse. Quando eu ouvi as primeiras notas de “Layla”, a primeira música da noite, e depois a letra, meu sangue gelou. Ele podia ter se destruído nos últimos três anos, mas ele não havia esquecido como tocar um coração com sua guitarra.

Toda a emoção que eu havia sentido por ele quando ele desapareceu da minha vida ferveu dentro de mim. O show fez Eric lembrar que havia uma alternativa para sua vida de viciado e ele concordou em aceitar o tratamento. Ele se livrou da heroína – e foi direto para o álcool. Ele se tornou um visitante regular de Friar Park e expunha seu amor por mim com vigor crescente.

Cartas chegavam quase diariamente, e nelas ele pedia para que eu deixasse George e fosse com ele. Enquanto isso, as coisas entre George e eu estavam indo de mal a pior. Eu não sabia quais eram seus sentimentos em relação ao Eric quando ele voltou em nossas vidas. Nós estávamos tão chapados na noite da festa de Robert Stigwood que ele poderia ter esquecido sobre o confronto na névoa, mas eu acho que não. George nunca falou sobre isso, mas depois daquela noite eu acho que ele sentiu que podia ser tão descarado quanto quisesse ao buscar outras mulheres. Na primavera de 1973 nós iríamos viajar juntos nas férias. No dia anterior à nossa partida, George disse que não estava se sentindo bem e que não poderia ir. Ele acabou indo para a Espanha, supostamente para ver Salvador Dali, com a mulher de Ronnie Wood, Krissie.

 Ronnie, então baixista do The Faces, e Krissie, eram nossos amigos e freqüentemente vinham passar uns dias em Friar Park. Eu estava desesperadamente machucada: outra de minhas amigas estava dormindo com George. Quando eu o desafiei ele negou. Ao invés de viajar com George, fui às Bahamas com minha irmã Paula, que estava lutando contra o próprio vício em heroína. Enquanto estávamos lá recebemos uma ligação de Ronnie Wood. Ele estava em turnê e disse que iria passar uns dias conosco. Ele não parecia bravo com o fato de sua mulher estar com George – ele achava engraçado eles terem ido ver Dali. Ronnie era um homem adorável, e talvez naquele momento um pouco de diversão, risadas e um par de braços confortantes fossem o que eu precisava.

 A gota d’água para George e eu foi seu caso com a esposa de Ringo, Maureen. Ela era a última pessoa de quem eu esperava uma punhalada nas costas. Eu descobri através de algumas fotos que ela esteve em casa com George enquanto eu visitava minha mãe em Devon.

Ele havia dado a ela um belo colar, que ela usou na minha frente. Então eu os encontrei trancados em um quarto em Friar Park. Eu fiquei do lado de fora esmurrando a porta e gritando: “O que você está fazendo? Maureen está aí dentro, não está? Eu sei que ela está!”. George apenas ria. Depois de um tempo ele abriu a porta e disse: “Oh, ela só estava um pouco cansada, então se deitou”. Eu corri direto prá laje da casa e abaixei a bandeira com o símbolo do Om que George tinha hasteado e hasteei a bandeira de pirata no lugar. Aquilo me fez sentir muito melhor. Maureen não estava preparada nem para ser sutil.

 Ela voltou ao Friar Park meia noite e eu perguntei: “Que diabos você está fazendo aqui?” “Eu vim escutar o George tocar no estúdio.” “Bem, eu vou para a cama.” “Ah, bem, eu vou pro estúdio.” Na manhã seguinte ela ainda estava lá, e eu perguntei: “Você já pensou nos seus filhos? O que você quer? Não gosto disso.” “É complicado,” foi sua resposta. Ringo não imaginava o que estava acontecendo até eu ligar para ele um dia e dizer: “Você já se perguntou porque sua mulher não volta para casa de noite? É porque ela está aqui!” Ele ficou furioso. George continuava fingindo que nada estava acontecendo e me deixava sentir como se estivesse ficando paranóica. Eu me sentia rejeitada e abandonada e era terrivelmente difícil falar com George. Ele havia ficado pior no ano anterior, talvez porque Eric continuasse vindo e deixando óbvio que queria me ver. George deve ter sentido que estávamos tendo um caso, mas nunca disse nada. Numa noite, o ator John Hurt estava conosco. Eric estava para vir também e George decidiu tirar a história a limpo com ele. John quis ser educado e sair, mas George insistiu para que ficasse. John se lembra de George descendo as escadas com duas guitarras e dois pequenos amplificadores, os deixando no chão da sala e esperando impacientemente a chegada de Eric – que estava de cara cheia, como de costume. Assim que Eric passou pela porta, George estendeu uma guitarra e um amplificador a ele – como um cavalheiro do século XVIII oferece a espada a um rival – e por duas horas, sem uma palavra, eles duelaram. O ar estava elétrico e a música excitante. No fim das contas nada foi dito, mas o sentimento geral era de que Eric havia ganhado. Ele não havia se deixado irritar ou apelado para exercícios de escala como George havia. Mesmo bêbado, ele era imbatível na guitarra. Toda a época foi maluca. Friar Park era um hospício. Nossas vidas eram regadas a álcool e cocaína, e assim era a vida de todos que viviam no nosso meio

Todos estávamos tão bêbados, chapados e hedonistas quanto os outros. Ninguém parecia ter objetivos, prazos ou nada pressionando suas vidas, nenhuma estrutura ou responsabilidade. Cocaína é uma droga sedutora porque faz você se sentir eufórico e bem consigo mesmo. Ela tira suas inibições e faz até a pessoa mais tímida e insegura se sentir confiante. E nós tínhamos tanta energia – qualquer um falaria besteiras duas vezes mais e beberia duas vezes mais porque a cocaína nos fazia sentir sóbrios.

 George usava cocaína demais e eu acho que isso o mudou. Maconha não era destrutiva. A maconha nos anos sessenta – uma droga muito diferente do skunk que os garotos fumam hoje – tinha a ver com paz, amor e expansão de consciência. Cocaína era diferente e eu acho que congelou as emoções de George e endureceu seu coração.

Na noite de ano novo de 1973, Ringo deu uma festa em sua casa. George chegou antes de mim e, quando eu cheguei, ele disse: “Vamos nos divorciar neste ano”. Em 1974, George contou a Ringo que estava apaixonado por sua esposa. Ringo ficou num estado lastimável e saiu dizendo:

“Nada é real, nada é real”. Fiquei furiosa. Saí de mim e pintei meu cabelo de vermelho. Em junho daquele ano, eu voltei para casa uma noite para encontrar Eric, Pete Townshend e Graham Bell, outro músico, perambulando ao redor de nossa casa.

 Eu fiz uma janta, que nós comemos entre risos forçados, e então Eric me levou para fora e me pediu novamente para deixar George. Nós ficamos sozinhos e juntos pelo que pareceram horas, e ele estava tão passional, desesperado e persuasivo que eu me senti inquieta, perdida e confusa. Eu tinha de fazer uma escolha. Eu iria com Eric, que havia escrito a música mais linda para mim, que havia ido ao inferno e voltado nestes últimos três anos por minha causa e que havia me balançado com seus protestos de amor? Ou eu escolheria George, meu marido, que eu havia amado mas que estava sendo frio e indiferente em relação a mim por tanto tempo que eu mal podia me lembrar da última vez que ele havia me mostrado qualquer afeto, ou dito que me amava? Naquela noite, Eric partiu e foi quase que diretamente para os Estados Unidos em turnê. No dia 3 de julho eu contei a George que o estava deixando. Era tarde da noite e eu entrei no estúdio explicando que estávamos levando uma vida ridícula e odiosa, e que eu estava indo para os Estados Unidos. Quando ele foi para a cama, eu podia sentir sua tristeza ao deitar ao meu lado. “Não se vá”, ele disse.

 Metade de mim queria ficar e acreditar nele quando ele disse que ia melhorar, mas eu estava decidida. No dia seguinte, com grande tristeza no coração, eu empacotei algumas coisas, disse um adeus choroso ao Friar Park e voei para a América.

 O que eu havia sentido por George foi um grande e profundo amor. O que Eric e eu tínhamos era uma paixão poderosa e intoxicante. Era tão intensa, tão urgente, tão avassaladora que eu quase perdi o controle. Ao fazer a decisão de sair do meu casamento, eu sabia que estaria com ele, iria a todos os lugares com ele, faria tudo o que ele fizesse, ficaria com ele de todo o jeito. O que, naquela turnê nos Estados Unidos em 1974, significava beber.

THE END*