VITOR RAMIL
SEMEADURA
Nada comeis senão tochas
e lanternas, aí datou seus anos dentro de uma floresta móvel , plantou todos os
grãos a partir da estética do frio gaúcho.
Use seus meios sua
música, dia a dia faça caçadas de suores, foi servida todas as escritas e nada
ficou escondido.
. Aos 18 anos de
idade, nos anos 80, gravou seu primeiro disco Estrela, Estrela, com
Egberto Gismonti, Wagner Tiso , sem restrições e louvor.
1984 foi o ano
de A paixão de V segundo ele
próprio; e a chuva caiu com idade de cem anos. Foi uma antevisão de
novas ferramentas, dos muitos caminhos que a inquietude levaria Vitor Ramil a
transformador das águas do futuro.
Da música medieval ao carnaval , de mutações até
que as reservas de sons ficassem vazias, na pesquisa de seu violão de milongas
em que as letras misturavam as
vegetações que se mantinham crescendo > regionalismo, surrealismo, poesia
provençal.
E, para fechar este trabalho, mandou sinais de pistas de pássaros a
grande Joan Baez argentiva, Mercedes Sosa, que gravou a milonga Semeadura.
O sol de 1987
fez Vitor
trocar o sul de quinze cavalos, pelo Rio de Janeiro.
Aí, veio o entoar do disco Tango, Vitor mediu um
tamanho menor para esta formação, e
montou um repertório dizimático em sólidas 8 canções.
Moveu pequenos sóis e estrelas , que resultou em um
trabalho com letras feitas de tijolos , experimental , o que fez estas canções
entrarem na rota do mercado .
Nico Assumpção, Helio Delmiro, Márcio Montarroyos,
Léo Gandelman, mestres que adequaram tudo com o comando de Vitor Ramil , que se
afirmava como músico e compositor.
Nos tornados dos anos 80 p’ra 90 ,Vitor Ramil sai
do doce sabor dos estúdios e oferece seu canto ao tempo das cigarras e começa
suas digressões pelos palcos.
Foi neste período que surge o Barão de Satolep, um
nobre corcunda que ergue sua voz para os espíritos das cidades , um alter-ego
do artista. Vitor começa a encher sua carruagem de pessoas, colhe o milho que
plantou e aperfeiçoa sua carreira.
São deste período que Vitor aferta espetáculos como
Midnicht, Satolep & Animais, com o talentoso maestro Celso Loureiro Chaves.
Na correria da metade dos anos 90 , surge uma
novela Pequod, ficção que saiu de suas fortificações dos tempos de criança, sua
relação com os ventos do pai e suas estradas levadas por cavalos espirituais do
sul do Brasil & Uruguai.
A partir de Pequod , Vitor banhou sua mente e
começou a refletir sobre o prato fundo de sua identidade de sulidade e que
chamou de Estética do Frio.
O Rio Grande do Sul não estava sempre em outono ,e
em todo setembro chegava o fim do
trovão.
Vitor voltou de mala e cuia para viver a terra que o banhou pela
primeira vez.
A Beça, disco que
surgiu por entre meio a Pequod,
teve uma especial edição, com tiragem limitada; este trabalho deu início
ao gelo em sua casa de gelo a Estética do Frio.
Este trabalho foi a madeira que transformada em
carvão deu abertura para trabalhos de qualidades: Ramilonga – A Estética do
Frio & Tambong.
RAMILONGA
Em Ramilonga, os grãos foram plantados em sete
cidades da milonga, ritmo que Vitor
bordou com novas cores, colocou nestas melodias nascidas no Rio Grande,
Argentina & Uruguai, um toque de sol com cavalos da cor do aço.
Nos Instrumentos convencionais fora cortados as
caudas, e foram substituídos por outros que mergulhavam e vieram de outros
países da índia e da África, o esteriótipo do gauchismo foi colocado num corvo
que voou para a aurora.
E com estas idéias fervilhante servidas num bouillon ,
Ramilonga se transformou numa grande obra, marco zero na carreira de Vitor.
TAMBONG
Em Tambong, a estação de pesca foi em Buenos Ayres,
com a produção do arqueiro Pedro Aznar. A chuva de Tambong molha toda terra, a musicalidade,
mais a poesia do Brasil misturada com as flechas dos países do prata,
transformam este trabalho como um dos mais originais da cauda da música popular
brasileira.
Egberto Gismonti, Lenine, Chico Cezar e João Barone
participam junto com o percussionista argentino Santiago Vasques.
Este disco rachou a terra foi pro norte , foi pro sul;
foi uma espécie de velas ao mar, percorrendo a estrada longa entre brasis e
argentinas e dando uma carona para o primeiro Fórum Social e Mundial de Porto
Alegre.
Em 2003 segue o sol
junto com Vitor, para show solo em Montevidéo.No decorrer ainda deste
mesmo ano, segue com sua banda para cometer algumas apresentações na Suiça.
Neste mesmo país abriu o leque e fez uma
conferência sobre a Estética do Frio ,
depois o tépido vento levou Vitor para Paris, para que o livro Pequod fosse
lançado já traduzido para o francês pela editora L’Harmattan .
O gafanhoto esta ruidoso com a chegada do ano de
2004, e lança seu sexto disco – Longes produzido por Pedro Aznar. Vitor faz
canções fortes, com alguns anteparos,
mantendo a austeridade.
Os arranjos
de Longes têm sua base no violão de aço arpejado de Vitor
Ramil e nos baixos melódicos de Pedro Aznar. Participam também Santiago Vazquez
e Marcos Suzano nas percussões, o baterista Christian Judurcha, o pianista
clássico Gabriel Victora, o guitarrista Bernardo Bosísio, a cantora Adriana
Maciel & um quarteto de sopros e uma orquestra de corda , tras fotografias
feitas por Vitor e sua mulher Ana Ruth em vários países, além de fragmentos de
Satolep, romance em que Vitor trabalhou simultaneamente à criação.
.
No final de 2004, por ocasião do lançamento
de Longes, Vitor publica A estética do frio – Conferência
de Genebra (Satolep Livros), edição bilingüe (francês-português) da
palestra apresentada na cidade Suiça em 2003. Desde então, as idéias contidas
nesse livro vêm tendo uma repercussão crescente no Brasil, no Uruguai e na
Argentina.
2006 chega com todos os portões abertos;
Vitor em
pleno verão carioca, reúne-se ao percussionista carioca Marcos Suzano para uma
temporada de shows no Centro Cultural Carioca, no Rio de Janeiro. O êxito
artístico desta digressão, motiva Vitor a gravar um disco em duo, para o qual
Vitor compõe uma série de novas canções.
Virgo no meio do céu de 2007,
e Vitor lança Satolep
Sambatown, trata-se do encontro dos universos
fortes desses dois artistas (Vitor & Marcos Suzano).
Satolep – anagrama de Pelotas & SambaTown –
referência ao Rio de Janeiro).
Na mesa deste trabalho, segundo Vitor Ramil - Satolep entra com a Estética do
Frio, arpejos em cordas de aço – Sambatown de Suzano com experiências musicais radicais.
Rio Grande & Rio de Janeiro (
Satolep&Sambatown) eles tocam todos
os instrumentos e assinam a produção deste trabalho.
11 canções de Vitor, entre
elas, Livro Aberto, Invento, Astronauta lírico, Viajei e 12
segundos de oscuridad, esta em parceria com o compositor e cantor uruguaio
Jorge Drexler, que também participa do disco como intérprete. Cantando pela
primeira vez em português, ele divide com Vitor os vocais de A zero por
hora. Outra participação especial é a da cantora carioca Kátia B, que canta
com Vitor em Que horas não são? Kátia B participa também dos
shows de lançamento de Satolep Sambatown, que acontecem no Brasil,
na Argentina, em Portugal e no Japão.
O verdadeiro sábio não busca repouso;
Vitor em 2008
viaja à Colômbia, a convite da Fundación La Cueva, para cantar e falar sobre a
estética do frio no Carnaval Internacional de Las Artes, em Barranquilla.
Em junho, o romance Satolep, em que
Vitor trabalhara de forma intermitente por mais ou menos oito anos, é lançado
pela editora Cosac Naify.
O livro traz
28 fotografias da cidade de Pelotas feitas em 1922 pelo fotógrafo Brisolara.
Para cada
imagem Vitor criou uma pequena ficção e, dialogando com os 28 pares de fotos e
textos, uma história de fôlego que narra o retorno do personagem Selbor a
Satolep, sua cidade natal, e seu encontro com personagens reais da história de
Pelotas, como João Simões Lopes Neto, Lobo da Costa e Francisco Santos.
No final mesmo do ano, indicado por sua performance
em Satolep Samnbatown, Vitor recebe no Theatro Municipal do Rio de
Janeiro o Prêmio Tim de Música (futuro Prêmio da Música Brasileira) como Melhor
Cantor, na categoria Voto Popular.
Com Cavalos brancos com crinas castanhas no pátio,
chega o ano de 2009.
No inverno desse ano Vitor dá início, em Buenos
Aires, Argentina, às gravações de seu novo álbum (CD + DVD documental), délibáb.
Seu projeto é reunir as milongas que compôs para
versos do poeta argentino Jorge Luis Borges e do poeta rio-grandense, do
Alegrete, João da Cunha Vargas.
Os dois poetas completariam 110 anos naquele
período.
O único músico a tocar com Vitor nessa produção,
cujos arranjos se resumem a dois violões, é o violonista e compositor argentino
Carlos Moscardini.
Caetano Veloso faz uma participação especial,
dividindo com Vitor os vocais de Milonga de lós morenos.
Délibáb torna-se o
álbum de Vitor Ramil mais difundido no Brasil e no exterior.
Destaca-se entre os melhores discos e shows do ano
nas seleções das principais publicações brasileiras e argentinas.
Por ele,
Vitor volta a ganhar o Prêmio da Música Brasileira como melhor cantor, dessa
vez na categoria Música Regional, e também o prêmio Açorianos, no qual délibáb arrebata
quatro troféus:
Disco do Ano, Melhor Disco de MPB, Melhor
Instrumentista para Carlos Moscardini (é a primeira vez que um
estrangeiro recebe esse prêmio) e Melhor DVD para o diretor argentino César
Custodio.
O show de délibáb circula por
Brasil, Argentina, Uruguai, França e Portugal.
- 2010...o grande tambor !
Milton Nascimento, grande influência de Vitor no
começo de sua carreira, grava Estrela, estrela no novo disco.
2011... Um bom governante é como o vento sobre a
relva !
Satolep
Sambatown tem lançamento internacional pelo selo londrino
World Music Network e Milonga de los morenos é incluída na
coletânea The rough guide to brazilian café, do mesmo selo.
2012...colocou pedras preciosas sobre sua obra !
No começo de 2012 Vitor participa (é a primeira
atração internacional) do prestigiado programa da televisão argentina Encuentro
en el estúdio, dirigido por Ariel Hassan e apresentado por Lalo Mir. .
Junto com Carlos Moscardini ele mostra cinco milongas e uma canção, Não
é céu ).
No mesmo período dá início às gravações de um novo
disco, o álbum duplo Foi no mês que vem.
Planejado inicialmente para ser um disco solo, voz
e violão, que ilustrasse com trinta canções o repertório de sessenta do songbook que
estava sendo feito sobre a obra de Vitor.
Foi no mês que vem torna-se
um amplo encontro do compositor com músicos e intérpretes brasileiros,
uruguaios e argentinos ligados de uma forma ou de outra à sua carreira.
Participam: Milton Nascimento, Jorge Drexler, Fito
Paez, Ney Matogrosso, Kleiton e Kledir, Pedro Aznar, Carlos Moscardini, Marcos
Suzano, Kátia B, André Gomes, Santiago Vazquez, Franco Luciani, Ian Ramil,
Isabel Ramil, Bella Stone, Carlos Badia e a Orquestra de Câmara Theatro São
Pedro.
O disco é gravado em Buenos Aires (por Matias
Cella), com gravações adicionais no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Dublin,
Irlanda.
A mixagem
(por Moogie Canazio) e a masterização (por Ron McMaster – Capitol) são feitas
na Califórnia, EUA.
Quase todas as gravações são registradas em vídeo, pelo
mesmo realizador do premiado délibáb documental, César Custodio,
para posterior postagem na internet na forma de pequenos clipes documentais.
2014 - e a
saga continua...,
imortalizando sua obra , horizontalizando sempre mais, as medidas da terra da família Ramil .
Discografia
Discografia
- 1981 Estrela Estrela
- 1984 A Paixão de V Segundo Ele Próprio
- 1987 Tango
- 1995 À Beça
- 1997 Ramilonga - A Estética do Frio
- 2000 Tambong
- 2004 Longes
- 2007 Satolep Sambatown
- 2010 Délibáb
- 2013 Foi no Mês que Vem
Obra literária
- Pequod (1999) -
- A Estética do Frio (2004)
- Satolep (2008)
- A primavera da pontuação (2014)