CINEMA SHOW
(RASGHOS)
by*necCast
Sempre
me pareceu
um
rio gigantesco com correntes marítimas...
as
vezes com 500 metros de negativos
em
rolos babilônicos que deixou produtores e diretores, com dívidas até a morte,
tudo pela arte...
O
cinema sempre foi a mãe da lei própria/
Uma
organização secreta aberta nas salas de
projeção, colocando o espectador numa posição de voyeur...
“...de
uma chuva fina num dia escuro de domingo... ou numa intriga internacional
em
Paris, Londres, em plena Rússia, terminando com tiros de bazuca em baixo das
estátuas de Lincoln e Roosevelt...”
O
cinema também comeu a mulher do próximo...
Um
robe de chambre, atirado em cima de um
tapete persa, dentro de um realismo poético...sem dar impressões de tocar no
assunto, de como tudo aquilo aconteceu.
A
“Nouvelle Vague”, mostrou o outro lado da coisa, desde seu surgimento...
“O
pai com dois filhos, dentro de um caminhão de mudanças, e a mãe embebida de
América, seguindo para sua vida trágica ou feliz ?!?!
Agora
o grande processo que durante a sessão o
espectador sofre, é o “barato” da transformação que causa em nossa mente que
muda nossa aldeia, nossa cabeça, e nossos sonhos...
De
um lado super produções... de outro...o cinema dos autores com reações contrárias,
cinema pelo qual me fez descobrir a arte.
Viva
Godart,Tarantino, Scorsese, Frits Lang, John Ford, Fellini, Almodovar,
Spielberg, kurosava, Tim Burton, Walt Disney, Charles Chaplin, Woody Allen, Luis Buñuel, Bertolucci, e todo
os diretores e atores da França da Nouvelle Vague...etc...
Cinema
como transformação do mundo/
A
arte com a inquietação/
Com
movimento contestatório/
Visão
trágica do ser humano/
Exposição
do lado pessimista/
Deformação
da realidade do mundo/
Expressão
da liberdade individual...
The
End !
(Rasghos)
WALT DISNEY * MICKEY &
CIA.
Comecei a pensar como vou começar Cinema Show seguinte ..., o
socialismo, a barbarismo, exagerísmo, sexcísmo, extraterrarísmo , politiquismo,
brasilísmo, musicologísmo, maoísmo, stalinismo, trotskismo ,individualismo,
frivolidaísmo, gluteonísmo, culturísmo, localismo.
...mas pera aí...tudo começou com Histórias em Quadrinhos,
Beatles, Freud, Fidel Castro, Brigitte Bardot, The House of the Rizing Sun... e
WALT DISNEY !
(Walt Disney)
Sedução imediata no reclame feérico - da embriagues que toda mudança faz... Histórias em Quadrinhos aqui esta a fonte pela possibilidade individual destes personagens que fez minha cabeça.
MICKEY bebia e fumava, mas a popularidade que ganhou em pouco tempo foi tão grande que Walt Disney resolveu torná-lo politicamente correto já em 1930.
PATETA - o que todos pensam que ele é, na verdade nunca ninguém tem realmente certeza, mas a verdade é que ele é um Cão !
TIO PATINHAS - ao mesmo tempo é moralmente justo e explora as pessoas (tais como seu sobrinho Donald, a 30 centavos por hora) para acumular sua fortuna. Patinhas McPatinhas é um capitalista nobre .
MARGARIDA - Margarida tem o temperamento de Donald, mas tende a ser mais sofisticada.. Ela foi criada como a contraparte feminina para ser a namorada de Pato Donald.
VOVÓ DONALDA - Esta simpática e bondosa senhora é avó do Pato Donald , e vive em um sítio nos arredores de Patópolis com seu sobrinho-neto Gansolino.É trabalhadora e uma ótima cozinheira.
CLARABELA - Podemos dizer que a Clarabela é Uma vaca (literalmente), pois ela tem todas as características desse animal. A única coisa que diferencia a Clarabela das vacas é que as vacas não são tão chiques - a Clarabela usa roupas, e tem um grande interesse em dinheiro. Ou seja, ela é uma legítima patricinha.
MINIE - a eterna namorada do Mickey , elegante, fina flor do mundo dos camundongos , desejada por todos os inimigos do detetive Mickey.
GASTÃO – o primo sortudo do Donald, sobrinho do Tio Patinhas. É apresentado como o pato mais sortudo do mundo. Sempre paquerando a Margarida e fazendo ciúmes a Donald.
PENINHA - Peninha já foi de tudo um pouco, vendedor, bombeiro, salva vidas , mas na maioria das vezes é retratado como jornalista, do jornal A Patada, de propriedade do Tio Patinhas. Trabalha no jornal junto com seu primo Donald. Inspirado na cultura BEAT, com o cabelo grande e desalinhado escondido por uma touca.
MAGA PATALÓGICA – a feiticeira inimiga do Tio Patinhas, é capaz de tudo para infernizar a vida do velho. Magias e poções não faltam no caldeirão da Maga.
PROFESSOR PARDAL – é o mais famoso inventor de Patópolis, suas invenções as vezes não funcionam , um galo-homem com ideias mirabolantes que às vezes causam problemas para a patolagem em geral.
IRMÃOS METRALHA – eles diziam que a maior estratégia deles era negar que eles faziam parte da tal de formação de quadrilha. Sempre de olho na fortuna do caixa forte do Tio Patinhas.
PROFESSOR LUDOVICO - A principal característica do Prof. Ludovico é que ele sabe tudo! Ou, pelo menos, sabe de tudo um pouco. Ele é arqueólogo, inventor, escritor, apresentador de televisão e sabe-se lá quantas coisa
ZÉ CARIOCA – papagaio caloteiro, sempre conta vantagem em tudo, malandro e simpático.
... HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
COMEÇO DE TUDO...
CINEMA
SHOW
Luz!
Câmera! Ação!
by*necCast
Paris,
28
de dezembro de 1895,
dia
da primeira sessão de cinema paga.
...o
cinema começou com os padrões sociais do dia a dia das cidades...
mas
dentro de mim - correu um rio, anos depois, de bastidores da 2º cena...
San
Fran,
da
década de 60, foi usada como cenário de várias produções cinematográficas...
...você
quer comprar uma boneca de Marilyn Monroe, um dodge Coronet, ou uma camiseta de
Luluzinha, veja nas telas do cinema...
Cenas
no museu de San Fran...
Benjamin Franklin, Joe Di Maggio,
Clint
Eastwood, Andy Warhol, vá pra San Fran… e veja ao vivo onde tudo foi filmado...
A
Casa do Mistérios, escadas que não vão a lugar nenhum, mansões com 60 quartos,
a Casa Amaldiçoada, a mini Calçada da Fama com as mãos de Joan Colins, Cher,
Kirk Douglas, Roger Moore, Polanski, Kathleen Turner... vá tomar um café em San
Fran...
Luminárias
retrô, pássaros de borracha, fotos da corrida do ouro, braceletes, moedas
raras, fósseis, ratos empalhados e tesouros da ciência...
Tudo
em San Fran, até bandeira de pirata e tapa olho autênticos...
...outra
cidade que foi muito visitada pelos cineastas foi Amsterdan... mulheres da Holanda,
Alemanha, Bélgica e da França, viviam curtindo Amsterdan...
Cervejas
com sabor de framboesa, avelã, pêssego,
mel...nas cenas bêbadas, faziam parte da 2ª cena...
O
cachorro engarrafado foi expressão criada nas ruas da Luz, em
Amsterdan...diretores, câmeras, artistas, maquiadores e diretores junto com seu
staf...todos na rua...o cinema não tinha todos estes recursos de hoje nem a tela verde, onde cenas do mundo habita...
Tudo
era descoberto na hora do gravando...gravando !!!
Se
algum dia algum diretor de cinema, pensar sobre isso...o mundo fashion vai
tremer na base, o mundo da architectuur vai mudar e parar de construir estas
caixas de cimento que nos cercam...
obs: 1910 a 1969 - Trampolin para adiante*!
THE
END !
CINEMA
SHOW (5)
Avant Premier
(RASGHOS)
by*necCast
O
cinema sempre desmascarou
As
contradições da sociedade
Desenvolveu
as ideias essenciais
De
que todos os bens e riquezas da vida,
Saem
das mãos dos trabalhadores
E
só a eles pertencem...
Imagens
expressivas
Quase
expressionistas,
Marcaram
varias vezes
O
renascimento do cinema
A
figura da mulher na tela
Ajudou
a mudar estruturas ultrapassadas...
As
ruas cheias de contrastes
A
massa histórica que transforma
Sentimentos
de uma comunidade
Fundada
por um pobre...
A
realidade sórdida quando expõe
estereótipos...
ou uma chinesa demitida que vai buscar sua
dignidade...
Um
filme pode começar com uma simples frase...”Voce é Feliz”!
As
vezes esta pergunta vem de uma boca autoritária
, um bêbado
Inveterado
e pitoresco...
A
solidão, o egoísmo,
Como
quebra cabeça...
A
intriga policial, muitas vezes banal
Mergulhada
em luxuoso tédio
Encontra
a morte na avenida principal...
O
Passado e o futuro passam na janela
encenando
o “Feliz Natal” !
Mas
sempre aparece a Cinderela vestindo Chanel, cada vez mais sofisticada até a
meia noite...
Ou
então na primeira noite de paz de um herói cansado de heroísmo...
Também,
o soldado no dilema, obedecer ou pensar , sobre o balcão bebendo
delirantemente...
Tudo
em “Avant Premier” num cinema perto de sua casa ...
The End!
CINEMA SHOW*
Sessão
de Domingo
(RASGHOS)
by*necCast
A
alma furtiva de Rembrandt
A
alma Güernica de Goya
Que
inspirou Picasso...
André
Masson,
Que
leu Niezsche, Loutremont, Sade e Rimbaud
Que
levou Salvador Dali,
as cores desta visão...
Afinal,
todos sensíveis a crueldade despida
do erotismo sem obscenidade...
O
documento bruto
Sempre
despertou a fascinação dos cineastas
participantes do “Oscar”
Ou
seja,
Filmar
na França com atmosfera da Rússia
Uma
das chaves do cinema...
A
magia do mundo invisível
Provocando
a fuga
e o cinema também, explorando estas fases
Martinica,
Basfond, Ralé, Potemkim...
Foi
servido a 7ª Arte > a mesa da sobra
E
deu certo...
Palacetes
e casebres
Na
Ponte Oriental de Manhattan
Levou...
- não ao “Vento Levou”
Mas,
A Bela e a Fera
Numa
sensacional maquiagem
Na
tela do nosso “ Dia de Domingo”...
O cinema nos colocou
Dentro
das modernas concepções
Dos
garotos da Slade School de Londres
Transformando
a todos em “vorticistas”...
A presença “Totêmica”,
Nos
foi despejada
&
Ela
possuía alma e vida independentes uma da outra.
O
Cinema tem a Força,
Dinâmica, Agressiva e explosiva
Igual
a um título “Zé do Caixão”
De
um filme nacional...
Sessão
de Domingo,
Direito
autoral de muita grana -
Ao
> Norte , Leste , Sul, Oeste
Nos
Embalos do “Jet Leg” Americano...
CINEMA SHOW*
IIª SESSÃO
(rasghos)
by*necCast
Quando
a miséria
Aparece
como pano de fundo
Brigas
num Cabaré,
Em
Negócios de Família,
Em
Pecados de Guerra,
Em
Outubros Vermelhos,
Em
Brincadeiras a Sério
De
AmarCord...
A
Tela sempre mostrou
A
Mulher Inesquecível,
A
Gata Borralheira,
A
Fannya Fenellow,
Mulher
Judia, presa num campo de concentração
&,
Os
Beijos de Almodovar,
Na
Menina do Outro Lado da Rua...
Em
tecnicolor,
O Amigo Americano,
com assassinos “A La Carte”
Armadilhas,
suspenses,
Tudo
político, mesmos os filmes que não pretendiam ser...
Há...
Amor
Sublime Amor,
Vista
aérea de New York,
Combates
em garagem,
Com
áreas sentimentais xaroposas,
com muito sangue,
Tudo
muito afetado...
Anjo
Azul,
Anjo
Exterminador,
Anjos
do Inferno,
Anjos
de Cara,
E,
o olhar covarde de um herói...
Sempre
surge um Apocalipse,
Controversos,
metafísicos,
Autodestrutivos
& Alucinógenos
Ao
lado disso tudo,
Um
cinema de bolso,
Um
Arco- Íris da Ucrânia,
Para
sobrepor os grandes ocupantes
Da
7ª Arte...
Arros
Amargo,
É
servido na curva da trilha
O
cinema também faz isso
No
trem que descarrila, nas ruas que os grevistas são derrotados,
E,
quando a inquietação burguesa termina...
Então
o herói se ergue dizendo:
“Eu
serei um mecânico
com
a "Volta do Capitão Gancho...”
CINEMA
SHOW*
1º
sessão
(Rasghos)
by*necCast
Dispersão
de vários pontos de vista
Subúrbios de um país qualquer
Misteriosos
bandidos & mocinhos
De
máscaras pretas...
Fanny Faces, devorante
Flashs
–backs pro Gato Félix
Que
não era amante do mar
Há...
Cinemas
do passado
Em
Paris, na Espanha
Amsterdan
, Munique
Na
América , Itália e no Brasil...
Rebeldes
sem causa
Blue
Jeans de couro
Motociclos
em preto e branco
Fraquesa,
A
guerra,
A Câmara de Gáz
A
melancolia,
Leningrado,
tiranizado & castigado...
Laços
Eternos
Lacomb
Lucien,
Fuzilado
na libertação
Da
adolescência para a idade adulta...
Um
Lírio Partido,
Entre
o velho e o novo
Ligações
Amorosas, de um “Longs Adieux...”
Há...
Cinemas
de calçada
Luzes
da Cidade,
Luzes
da Ribalta,
Ma
Vie,
MacBeth,
Dr.
Mabuse, Um Mundo Fora da Lei...
Made
In USA...
Claramente
sequestros & assassinos
Políticos
e policiais,
Com
um beijo na Madre Superiora...
Mãe,
No
tribunal,
Pede
a fuga do filho na primavera,
Súplicas
com condenações
Sem
paixão, mas com precisão...
Há...
Cinemas
dos bairros,
Broadway
na minha rua
Lugar
onde pulsa o mundo,
Montanhas,
campinas,
Onde
cowboys habitam no celeiro
Como
um belo vagabundo...!
Personagem do
livro
- GRANDE
SERTÃO ; VEREDAS -
(RASGHOS)
by*necCast
Uma
demão de ir-se embora
Um
largar de tronco
Sempre
fértil em pensamentos -
Riobaldo,
Léguas
de Sesmaria...
Arroios,
Regatos, Rios...
Lírios
de coisas sertanejas
Para
a jagunçada lamber o sal
Para
sentir a terra...
Riobaldo,
Jagunço
manhoso, ardiloso, valente jocoso
Corruptela
de louvado seja nosso senhor
Jesus
Cristo...
Zé
Bebelo Marimbondo
Conselheiro
de orelha
Quando
fez meia lua,
Riobaldo
foi embora
Ligeiro
nas patas ,
Com
o coração madeira de lei
Mamado,
deixou a batalha
E
foi banhar-se no Rio das Velhas
Onde
encontrou os olhos
mano
a mano de Diadorin...
Diadorin,
era um mate-doce
E,
Riobabaldo,
meteu o pé na laçada
Entrou
no bando
Lá
pros lados de Guaravaçã
E
não quis nem saber
Não
olhou os pelos
Nem
pras marcas de Diadorin
E,
No
bico da chocolateira
Mandou
ver pelos caminhos de
São
Romão, Rio Pardo, Monte Azul,
Grão
Mogol e Januária...
Além
de Diadorin, seu olhar encontrava
Uma
esperança olhando aqueles rios por onde passava...
Rio
das Velhas o primeiro,
O
Paracatu, O São Francisco,
Urucuia,
rio que prendeu seu coração...
Pirapora
a Fora,
Soninho
de Vaca,
Cafarnaum,
Preto,
Pardo...Abaéte ¨¨¨¨
Riobaldo,
Descobre
que ama “aquele moço”
Num
desses lugares , talvez Guaravacã
Ele
tenta fugir
Diadorin
pega ele de “pau no arrasto”
De
“pelar coruja” e ele “vorta boi vorta”...
E
lá vão eles pelo
Curral
das Vacas,
Carinhava,
Serra
da Saudade,
Córrego
das Entrelinhas,
Lagoa
dos Marruás,
Santa
Polônia,
Ponço
D’anjo,
Sassapo,
Mocó...
Junto
a Diadorim ,
Riobaldo
“pobre de manso”
Por
aqueles lugarejos escondidos,
Trilhas
, Banhados, Canfundós, Fundão das
Brenhas, com toda “cousa” sensual
Pegando
fogo...
Riobaldo
, pisou na brasa
Quando
conheceu Otacília,
Num
lugar chamado Bom Buriti
Diadorin
corcoviou
Quando
chegaram na Fazenda Santa Catarina
Diadorin,
num puaço disse - quando subiam
a
Serra das Araras
O
Demônio já sabe...
E
seguiam...seguiam...pelo
Rio
Aracari,
Monte
Azul,
Serra
Branca,
Rio
Verde Grande,
Serra
da Jaíba,
Rio
Verde Pequeno,
Cidade
de Manga,
Porteirinha
e,
Chegando
no Córrego de Cassação...
E,
Lá
se iam os jagunços sem empacar,
Entre
batalhas , tiros, e desejos secretos
Riobaldo, mesmo rebenqueado pela sorte
Seguia
seu destino estabelecido por aqueles itinerários...
Cachoeira
do Salto,
Jacaré
Grande,
Jatobá
Torto,
Furado
do Meio,
Serra
de Deus Me Livre,
Passagem
da Limeira,
Chapada
do Covão,
Chapada
do Sumidoro,
Córrego
do Poldro,
Gerais
de Pedra,
E,
Serra
Escura...
Estes
foram lugares
remotos
onde
Riobaldo & Diadorin
passaram , nesta saga brilhante do “Grande
Sertão ; Veredas de João Gimarães Rosa (1956) ” -
Ficou
de fora um número bem maior de trilhas das que foram citados neste texto –
E,
com o auxilio da obra de Alan Viggiano sobre os ‘Itinerários de
Riobaldo” ,
puxei
um banco e fui sentando
e
o tempo me levou a vida de Riobaldo & Diadorin...
Para
não deixar ninguém sem o final maravilhoso de Riobaldo & Diadorin vamos a
uma pequena síntese .
A
Revelação,
A
Batalha Final,
Considero
este canhão de informação deste personagem Riobaldo/
Característica
de uma ideia barroca/
Ideias
contrastantes/
Tensionamentos/
Linguagem
figurada/
Padrões
estéticos portugueses/
Sentido
satírico/
Muito
além do sentido nativista...
Um
aglomerado de acontecimentos no final/
O
moço Diadorin se revela para Riobaldo/
Os
suspiros são profundos/
A
Batalha Final contra o jagunço Hermogenes/
Riobaldo
olhando cada pedaço de Diadorin
Que
não era sol ...
Era
lua...
O
amar sem o gozo do amor !
Riobaldo
perde Diadorin após
Haver
descoberto sua real,
Magnificente
natureza...
THE
END*
POESIA & PROSA > IN MEDIA TRAINING
BOOK
SECRET
-O
Homem é um Sábio num Reino de Estúpidos –
(rasghos)
by*necCast
O
homem é um sábio
Num
Reino de Estúpidos
Quando
ergueu a cabeça
Inventou
instrumentos de pedra
Por
acaso habilitou-se
A
produzir armas mortíferas
Deixando-se
cegar
Por
preconceitos morais
De
parábola em parábola...
Com
a invenção de uma coisa material
para
representar outra coisa imaterial/
surgiram
as alegorias...
Do
Templo de Salomão /vários Mitos Solares
Que
surgiram como símbolos
Do
ciclo da Iniciação/
A
Grande Pirâmide/ Tabernáculo de Moisés/
Ocultismo
Oriental, dogmas que até hoje
Não
possuem
“
A Verdadeira Luz”.
Os
Elos da Corrente Humana
Sempre
foram vagarosos
&
Muitas
vezes desviados
Pela
Ignorância da espécie…
Muitos
deuses nos meandros
Da
Pangaréidade conheceram
Mas
ocultaram a “TRÍADE”
Espírito*
Alma* & Inteligência
Que
é relacionada com o
Pentágono
MicroCósmico ,
Estela
de cinco pontas que representa o Homem...
A
História da Raça Humana
Foi
velhacamente preparada pelo lado oposto
A
Constituição do homem, talvez se consiga
Identificar
pela lei suprema
Quando
só restar o ‘’Último Corpo...”
Alguns
vestígios,
Através
da Pintura, música e de textos que despertam vibrações
É
uma das “Chaves do Mistério”
&
se encontram entranhadas nas obras dos artistas,
mas não se revelam de imediato...
A
Substância Primordial/
&
o
Pensamento
Divino/
Que
são assuntos secretos...
Amém
!
BRIGITTE BARDOT
(RASGHOS)
by*NecCast
Adolescente eterna
Mítico conto de fadas
Cabelos loiros adiante
da vida
Pra milhares de
flashes...
Estrela mundial
Picante, dócil e
suntuosa
Para sempre em minha mente
Teu rosto cativante...
Bola de fogo francesa
Tua imagem sobre
Saint-Tropez
Modela toda beleza
Sem qualquer limite
Dos escandalosos
desejos
Do estar desnudo
E de “Deus que criou a
mulher”...
Brigitte Bardot
(1960)
Estrela de
cinema/loira/ativista/fonte de inspiração/modelo/mulher do mundo/
percursora
da nudez no cinema.
PLATÃO
(rasghos)
427
a.C
Discípulo
de Sócrates – Filósofo/Pensador
“É
preferível não haver religião nenhuma... a haver uma religião incompatível com
a razão humana.”
by*necCast
Ombros
largos de um amante rude
Antes
de tudo,
Pode acumular
O
grande espírito da música
Com
gracejos sublimes
Desvendava
mistérios de verdades divinas
Suficientes
para qualquer pessoa
Fora
do horizonte
Colocava
os “Anjos de Barro”
No
cálice dos amigos
E
de curiosidades enchia a todos
Quando
o “Mosca Errante” ia junto
Em
seguida
De
todo mito selvagem
Dos
prazeres e dos Deuses
Revelou
a época
Que
sabia , que não sabia nada...
SÓCRATES
(399-470 aC.)
“
-Conhece-te a ti mesmo- ”
(rasghos)
by*necCast
Nas
andanças antigas
Atenas
foi “martelo”
Para
os defensores da época
Sócrates,
Foi
acusado de corromper
A
juventude
Com
seus pensamentos de virtudes
morais,
justiça, coragem & piedade...
Os
histriônicos do Estado,
Nos
processos contra ele
Afirmaram
que Sócrates,
Era
negligente
Aos
veteranos da política...
Sócrates,
Tinha
uma essência diferenciada,
chegar
ao entendimento
com
sua própria “Dialética Socrática” –
Virtude
Moral Particular
única
e absoluta,
que
na sua visão era o conhecimento...
Sócrates,
Foi
um grande pensador
Alma
Pura ...
Sabia
que o conhecimento tinha de ser desperto
dentro de sua própria fonte...
Sócrates,
Jogava
palavras antiembaciantes
Aos
seus seguidores
“A
existência é um tipo de lembranças ou recordação com base
de ter existido em uma vida anterior, com efeito eterno...”
Os
proprietários daqueles tempos já estavam inventando um “Deus”, vivente um responsável
– tipo “Bode expiatório” para explorar as crueldades, os erros e as injustiças...
Além
disso,
Circulava
um relativismo ensinado pelos sofistas...
“Se
você acredita nisso ...
Então
isso é verdade para você...
Sócrates,
Tomou pra si o controverso deste
pensamento que chegou as ruas,
com
uma argumentação vigorosa –
“Uma
verdade absoluta distinguível da verdade relativa, tem que ser categoricamente
reconhecida por todos.”
“
A verdade absoluta, é verdade para todos...a verdade relativa é relativa a uma
posição particular.”
“A
verdade relativa depende da verdade absoluta que é o
SUMMUM
BONNUM DA VIDA...
Sócrates,
Atingiu
esta transcendência - no momento de sua
morte...êle calmamente bebeu veneno de
cicuta - em vez de abandonar seus
princípios*
NEIL
YOUNG
“A
única força propulsora (hoje) da música FOLKROCK.”
(rasghos)
by*necCast
Veio
do Canadá
Onde
não se tem uma infância feliz
3
- acordes foi o seu ganho
Bluebarry
Hills, primeiro pão...
A
coesão veio junto com as 3 notas
Magnetismo
– Eletricidade – Som
Luz
& a Criatividade
Além
de tudo construtor de futuro...
A
princípio uma celebridade
GoGoBar...
Young
, nascido no ovo do caos
Em
Winnipeg, não se fez de rogado
Mandou “It Wont be Long”
&*
“Money dos “Fab Four”
Neste
ponto ele muda de marcha
E
desenha no papel duas cabeças
Uma
Folk outra Rock, primeiro que ninguém...
A
Greteh primeira - deixou no
Louie
& Louie
E
naquele momento Neil - tirou de suas botas a neve de Ontário
E
falou
“Não
quero mais tocar com bandas
Idiotas”...
Neil
decidiu ser Bob Dylan
Influenciado
por uma cantora folk
Vicky
Taylor...
começou a tocar folk
Mas,
Naquele
tempo todos queriam ser Beatle...l
Dentro
de sua cabeça rolava
Uma
luta insana
Entre
a sabedoria do folk
E
as “Trevas do Rock”
Nestas
decolagens o Canadá
Se
tornou deprimente
A
Roda começou a andar
Neil
– Stills – Furay & Richie
Los
Angeles, serviu de palco
E
o carro funerário de Neil
Reuniu
A
Banda “Buffalo SpringField”
Quando
começaram no “Wisky a GoGo”
Surgiu
uma espécie de Panteismo Puro...
Depois
no momento que suprimiram
A
Cruz -
Transformaram-se
em Símbolos fálicos
Tinham
mais garotas do que camas...
Neste
“Intermezzo” a sonoridade da banda ao vivo - nunca foi captada no vinil...
Neil
pensou
Me
parece que as luzes se acenderam e depois o pano caiu
Eu
acho que tudo isso foi um sonho...
1968
chega...
Neil
começa a fazer digressões
No
oeste de Hollywood
Somente
com seu violão...
Na
maior parte dos concertos
É
ignorado...
Neil,
ficou inseguro
Como
no tempos
Do
“Buffalo”...
E,
resolveu ir para a região montanhosa de Topanga...
Começou
então a compor suas canções, e casou com a dona
Do “Canyon Kitchens” onde se hospedava...
Construiu
neste lugar
Uma
casa de madeira pau-brasil de
4 andares...
Ali
Vênus surgiu por entre
As
montanhas de Topanga...
Aquelas
“trevas do início”
Desapareceram...
e
o primeiro álbum “NEIL YOUNG”
Começou,
e foi concluído...
Broken Arrow, The Loner,
The Emperor of Wyoming etc... /
Todas
as canções amorosas do disco tinha um egoismo de criança…
Estes
primeiros passos de Neil
Pareciam
que estavam na mão
Mas
escapavam rapidamente
Antes
que ele conseguisse pegar...
Toda
trajetória musical e artística
De
Young -
sempre
me pareceu que ele nunca dormiu
e
que ficou no tempo infinito da duração desta longa noite...
O
Mito de Woodstock
transformaram as raízes místicas de Neil...
Invisível
ou não formou-se
Uma
quatrindade...
C.S.N.
& Young
Se
consumou a parte acústica e a eletrificada...
Foi
o primeiro céu que se abriu pra ele / mas, cada qual no seu lote...
Tudo
que Young passou no festival
“por
que eu estou aqui”
Foi
respondido em março do ano seguinte !970!
C.S.N.
& Young,
Lançaram
o Vinil “DÉJÀ VU”
Foi
dos lp’s que alcançaram maiores vendas nesse ano
com
um número
Superior
aos
dois
milhões de dólares
que
representou o esforço real
&
consistente de quatro músicos
Funcionando
em grupo...
A
história de Neil Young,
Vai
muito além do quintal deste texto...
A
ideia de representar a arte de Young –
“Pela
circunferência de um círculo
E
o poder criador pelo verbo”
pode
nos levar a compreender o caráter absoluto
de
Neil –
na
história do FOLKROCKMUNDIAL*
“Neil
Young o Lagarto da música”
The
End*
Em tempo: dedico este texto a memória de Nina* minha mana, que me ensinou tudo sobre Neil Young !
Nina, no Rock In Rio (2014) quando Neil Young
se apresentou*
LENNON
JOHN LENNON
(RASGHOS)
by*necCast
Júlia
ajudou John* a ser rebelde
Ela
o encorajava...
Mimi,
era rígida
Os
primeiros colegas ”C” de escola eram “tapados”...
A
turma “B” já era diferente - os bolhas ficaram
na turma “A”...
A
infância de John - em Liverpool
...
brigas, futebol e comerciantes
Uma
cidade desconhecida por todos...
O
que permitia sonhar
Era
“Alice no País das Maravilhas”
John,
desenhou
todos os personagens...
E,
tudo começa a ser expressivo e verdadeiro se derivando da raiz de...
John Lennon...
Yeah!Yeah! Yeah!
John,
conhece Paul...
E
ambos
Começam recombinar energias super sensíveis
Feitas em uma teia de aranha
O
mundo se transforma numa tela
Eles
começam a se dilatar dentro de si
E
, abrangem o infinito da arte...
Aço
e Vidro - foi John...
“A
descoberta da música levou
Ele...
Pelo qual se mediu - a dor do mundo
“GOD*
I don’t believe in magic
I don’t believe in
I-Ching
I don’t believe in Bible
I don’t believe in Tarot
I don’t believe in Hitler
I don’t believe in Jesus
Idon’t believe in Kennedy
I don’t believe in Buddha
I don’t believe in Mantra
I don’t believe in Gida
I don’t believe in Ioka
I don’t believe in Kings
I don’t believe in Elvis
I don’t believe in
Zimmerman
I don’t believe in
Beatles
I don’t believe in me”
Os
ossos arrepiaram / os sons do espírito se soltaram...
E
a voz falou – “Rabinos e Popeyes
Tchau...Tchau...”
Centelhas
inumeráveis
De...
“
todos nós brilharemos
estando
em todas os lugares...
venham
e peguem também sua parte...”
A
força propulsora da voz de John
Foi
um raio sem limitação
Uma
“Double Fantasy”
E
uma longa história se eternizou...
Desde
o princípio procedeu-se
O
Círculo Beatles na vida de John
O
duplo triângulo...
“Será
que na escola, ninguém percebeu que eu era o mais inteligente”
(John Lennon)
BOB
DYLAN
(RASGHOS)
by*necCast
Quando
Dylan encontrou a fonte vital
Nas paginas do book “On
the Road”/
Modelou
sua visão de vida sobre a estrada/
E, criou sua poesia, sua música, sua própria ficção e
suas histórias...
Misterioso e familiar ao mesmo tempo/, Desconcertante
difícil de analisar/
Um talento em auto - crítica permanente...
Foram
muitos anos de vagabundagem/
Escutando Woody Guthrie/
“Here’s to Cisco an’ Sonny an’ Leadebelly too…”
Dylan
Thomas , deu o norte e nasceu Bob Dylan…
Há
muitos milhas de casa /
Começou
como poeira e partiu com o vento/
Muitas chuvas/ muitos becos/muitos oradores com as
línguas afiadas/
Lhe entregaram um aviso...
As estradas serpenteantes/ as florestas tristes/vão
oferecer a canção...
Comece
a cantar na esquina/
E
todos vão levantar a cabeça/
E
o sol vai brilhar nos olhos...
Poderás
estar encharcado até os ossos/
Mas
nunca bloqueie a estrada/
Combata
as paredes/
“Porque
os tempos estão a mudar”...
Deixe
que os escritores e críticos façam profecias/
Não
atravanca a porta/
Trilhe
teu caminho que amanhã será passado/
A
linha esta traçada/
E
Deus esta ao teu lado...
Dylan,
sempre partiu...
Suas
canções nunca deixaram ele, mortalmente
cansado/
Suas
palavras enchiam ruas, bairros , cidades
&
Corações
abertos...
Quando
Bob, cantou a primeira canção/
O
sol começou a nascer...
Olhem
para o além/ mudem as velas
Chega
desse lengalenga/
Respirem
fundo/
Não
me perguntem como/
Eu
já estou voando...
Dylan
sempre foi um poeta faminto/
Um
herói secreto/
Que
sempre arrumava os incidentes de sua vida/
Ele
sempre teve todas as palavras a sua disposição/
Aproximando
todas elas a seu estilo/
E
não se comprometeu com nenhuma de suas amantes...
Dylan
sempre foi por ali adiante/
Alguns
amigos em má situação/
Muitas
vezes uma timidez sexual/
Tipo
uma bola de bowling - que vem pela rua abaixo...
Coisas
menos importantes nunca interessaram Dylan/
Mas quando uma carroça estacionava, ele olhava e
lembrava de Duluth - no Minnesota,
sua cidade natal...
Muitas
vezes Dylan atirava uma moeda ao ar...
E
perguntava: Ao navio ou a cadeia...
Todos
paranoicos respondiam
A
cadeia !!!
Ele
então respondia.., - Vou ficar preso a uma baleia, estou muito cansado...kkkkkkkkkkl!!!
Dylan,
Teve épocas que desapareceu pelos círculos do fumo -
para sentir os diamantes de sua
mente/
Ele viajava entre contradições de sua vida e a maneira
que estava vivendo/
e
tudo isso o tornava mais confuso...
Bob
Dylan,
Sempre
riscou outro fósforo e começou tudo de novo “Baby Blue”!!!
Ever...Ever...Mister Bob
Dylan!!!!
MICK & KEITH
( rasghos)
by*necCast
Nunca foram grandes amigos/
Mick,
Em companhias inteligentes/
Keith,
Amigos “poor boy”/
Com o tempo/
O liberalismo entre eles/
Cresceu/ e tudo virou estritamente propriedade deles...
Zombarias/o Clero/ofensas contra o país/
Qualquer insinuação de perversão sexual/era tudo com eles...
1963/ STONES
Rolou na boate Crawdaddy em Londres
Primeira manifestação da banda/
Já estavam juntos/
Mick*Keith*Brian & Charles Watts*…
Com a chegada da banda no front/
Subitamente ficaram ousados demais/
Reconhecíveis demais/ parecidos demais...
Os antigos amigos/
Começaram a chamar eles de
“fresquinhos da esquina”...
Foi impossível apaziguar tudo aquilo/
Satisfaction/Sticky fingers/Brown sugar/
Começou arrebatar/e provocar
A mais picante de toda a história do Rock/
Que transformou toda uma geração em escravo da cultura em roll...
Mick & Keith,
Nasceram no mesmo ano 1943/
Gêmeos & Sagitário...
Destino, sorte ou pura coincidência...
(Rasghos)
by*necCast
Não teve
outra escolha/
Senão aceitar
Vênus/
E, como um
“gavião” saiu/
Atrás de
mulheres com adereços
venusianos...
Tentou pelo
caminho/
Ser um
“anestésico” para os brutais/
Assim os
anarquistas bebiam vodga/
e não
passavam frio...
Na sua
cabeça/
A Rússia se
aproveitava da ingenuidade
humana/
E Fiódor, não
concordava/
Que a beleza
continuasse dormindo...
Esse era o
jogo/
O governo
gostava do rio de palavras
na maré baixa/
Dostoiéwsky,
sonhava com um rio
soberano e
animado de novas palavras...
Crime &
Castigo, quando escrito/
Determinou
que os senhores da Rússia teriam que beijar também a bruxa...
Tsares,
odiavam quando os subsolo começavam a tramar/
E, quando de sua
prisão/
Fiódor,
descobre seus opostos
e começa a
questionar/
seu próprio
caráter...
O bem/ o mal/
O amor/o
ódio/
A sua queda na “roleta”/
As pedras que
rolavam em sua
cabeça/
com a morte
de seu filho...
Com tudo
isso/
Irradia/ pra
dentro de si/
a ambiguidade
que sentia do fator tradicional de suspeitas /dos poderosos da Rússia...
E,
com tudo isso/ inacreditavelmente
a seu favor/
leva para
dentro de sua obra/
uma decolagem
de sua linguagem/
que entrelaça
a virtude de sua impaciência proposital/
Com o
desentranhar dos verdadeiros conceitos dos invisíveis da Rússia...
Pela luz dos seus olhos/
a eclipse
solar da política Russa/
é revelada
pelo seus livros...
Dostoiéwsky,
colocou sua entidade literária/
dentro da identidade Russa
pelo punho...
JAMES JOYCE
by*necCast
(RASGHOS)
“O
artista, como um Deus da criação,
Permanece
dentro, junto, atrás ou acima de sua
obra invisível, clarificado, fora da existência.”
(JJ)
Joyce,
Irlandês, sobreviveu a desleal campanha do jornal londrino Times/
contra seu
povo...
Sua época 1862/1941 –
Abriu os
olhos/quando com dinheiro emprestada publicou “Dublinenses”/ que foi adquirida e
queimada por um desconhecido/
1912 - deixa definitivamente a Irlanda...
Todos os problemas com o império britânico/não tinha subsistência em sua mente/
Anos duros –
o sol tinha se escondido...
Chega em Zurique , publica “Dublinenses” e
termina
“Retrato do Artista”/
Os problemas
de desagregação sofridos na juventude –
As
humilhações sofridas nos colégios da Irlanda/
Seus mestres
e seu pai/ colocaram em sua cabeça/ brutais pensamentos de pecado /ampliados pelo
inferno criado pelos seus professores...
No decorrer de sua vida/sempre foi acusado de não participar das lutas sociais de seu país/
James Joyce –
não se interessava por autonomia/
nunca foi
parceiro da violência e da estupidez humana...
Campanhas abraçadas por Yeats , de reviver a linguagem gaélica como idioma nacional na Irlanda – achava inútil...
Naquela fase
de tons emocionais a “flor da pele”/
Começa a
estudar Giordano Bruno/ Flaubert - até que chega em Ibsen / que recupera seu
sistema nervoso /
Começando a afugentar de si os espectros/
fé em
Deus / fé na humanidade/
amor/ódio e
pátria...apenas palavras...
Fica com a alma dolorida/apenas consigo/
Numa infinita
solidão/mas inteiro...
Tranfere-se
para Paris...
Na Europa /com aquele meio sorriso - recebeu apoio de T.S. Eliot & Ezra Pound/ pela peça os “Exilados” estreada em Munique/ com sucesso absoluto...
A realidade consensual/do público e de grandes autores/
Se transforma
aos poucos numa rota de colisão a seu favor – pelas injustiças sofridas/ em sua
busca pela sua autonomia em Dublin...
Nos Estados Unidos/ consegue verba para publicar com grande tiragem “ Dublinenses”/ editado em Londres –
Abandona sua
pátria / que chamava de “Error Land” para sempre ...
A vitória de Joyce é completa/
A chave de
“Dublinenses” é dada na primeira página –
Todos querem
sair do lugar onde se degradam, mas à medida que a hora avança sobre o antigo
relógio do sol/ a paralisia faz mais vítimas, e as saídas se fecham...
O livro Retrato do Artista/ descreve a luta do autor menino e adolescente para libertar-se da severa educação dos jesuítas, dos problemas irlandeses – ferida aberta desde o primeiro entendimento político/ principal causa de sua rejeição a pátria...
A primeira Guerra Mundial chega junto com a nevasca gelada na França no frio de fevereiro/
Um livro de
capa azul começa a nascer/
Ulisses!
Esta obra viria a revolucionar as formas literárias/
Volta para
Zurique/e leciona aula de inglês para sobreviver/
Ezra Pound
sabendo das dificuldades de Joyce/Junto com outros literatos/ consegue
patrocínio da família Rockefeller/ e manda uma pensão todos os meses para que
ele possa se dedicar a elaboração de “Ulisses” ...
Em 1922, Joyce morando em Paris/começa uma nova luta para conseguir uma editora que publicasse sua obra prima/
Nos contatos
sempre a mesma lenga-lenga
Obra de
vanguarda/ demais avançada...
Uma jovem americana Sylvia Beack/ proprietária da editora Shakespeare / nada temia e imprimiu o livro em 1922...
Os primeiros 2.000 exemplares as autoridades americanas queimam/ os ingleses incineram outros tantos/
Só em 1933 o
livro é liberado na américa...
Ulisses,
matriz
de um romance?/ estrutura de uma obra em verso?/ é gênero teatral de fumar meio
cigarro?/ do fingimento? / da narrativa de travessuras?/de material noticioso?
/ da pregação?/uma ópera digna de menção?/ tratado rigoroso sistemático/ do
religioso ao erótico ?/ou o jogo do enredo ininterrupta da existência?/ – estas...
algumas sequências de perguntas dos moralistas de todas as partes do mundo...
Joyce, levou
a genialidade até as últimas consequências/
A ação de
“Ulisses” transcorre em Dublin em um dia só/
16 de junho (dia que eu nasci)/ uma poderosa
síntese do mundo atual dos tempos de Dublin – muito diferente de um super herói
/
Ulisses um
ser arrasado & traído...
famosos célebres...
Albert Einstein/Ernest Remingway/Thomas Mann/Pirandello/H.G.Wells entre
outros...contra a obra de Joyce...
Ulisses
sobreviveu e transformou-se em obra prima...
James Joyce, depois de algum tempo (1939)/
Inspira-se
numa canção de bêbados/
A obra levou
17 anos para nascer/
“Finnegan’s
Wake” - em que usou uma linguagem que
atingiu a novidade/ que serenou a inquietação de Ulisses.
Morreu em
Paris sob a neve/
Flores
/sinos/um discurso em alemão & outro em inglês...
Pobre
homenagem para um grande talento...
Thre End*
"...a emoção trágica é uma face para dois lados/para o terror e para a piedade/pois que ambos são faces dela..."
(JamesJoyce)
(RASGHOS)
by*necCast
Gestação complicada/
A gravata era uma afronta/
Recebeu o mundo como herança...
Ataque & fuga/
Diversificação de coisas complexas/
Cuba, Estados Unidos...
As vantagens dos braços e das pernas/
Um touro solitário/ que beijava a terra...
Paris,
Era uma festa/
Sem hora de recreio/
Um lance sensorial/ sem vento/sem mar...
Caminhadas, junto da aspereza/
Ardia mais que uma fogueira/
Alarme sem anestesia...
Ernest Hemingway,
Por Quem os Sinos Dobram !
O “Big Crunch” ?
A Sina do Universo
O “Ovo Cósmico” em
um
Vazio Congelado...
Stephen,
A Galáxia de Volta das viagens...
O grande esmigalhamento
total
Onde tudo começa de
novo
Com o futuro em Big
Bang...
A escuridão poderá
ficar mais clara
Aí,
Poderemos saber
O que tinha antes do
começo?
Hawking,
Pertenceu a linhagem
dos grandes
Físicos do Planeta/
Nasceu 300 anos
depois de Galileu/
Um Einstein Vivo...
Sua capacidade
cerebral
Foi afiada pelos
problemas físicos...
“Lou Ghering,”
colocou ele numa cadeira de rodas...
Só os olhos & 3
dedos
Depois perdeu a
fala...
Sua grande tese/ os
“Buracos Negros”/
Que estão
relacionados com o “Big Bang” –
Por que o Universo Existe ?
O grande problema/
Nem a luz escapa dos
buracos negros
Tudo é consumido/
Ele não pode ser visto...tampouco capturado...
Nem com a 3ª Visão
de Lobsang Rampa
A mente de Hawking,
Participou do “balé
Cósmico”/
Num grande horizonte
de encontros
A níveis cada vez
mais profundos
Um “Pas-de Deux”
entre Hawking
E a
Bailarina de sua
mente
Em busca do passo
final
O Nada/Um novo
Big-Bang/
Ou Deus !
Stephen Hawking,
Deve star criando
lugares/
Para a descida de
entidades espirituais/ para a
Espiritualização do
Mundo*
Observação “in media
training” –
Na linguagem de
Stephen Hawking, que veio junto com ele do infinito- ele usou um termo:
Pedacinhos Elusivos/
Conhecida na
linguagem científica de “Quarks”- que são obscuramente
fascinantes...um
Núcleo Atômico que continha os “sabores” com os nomes: “fantasiosos”- “para
cima” – “para baixo”- “estranho”- “encantado”-“fundo” & “topo”, nas cores
vermelho,verde, & azul.
P.s. A origem desse
nome excêntrico tem uma origem...quando li o livro “Finneggan’s Wake” de James
Joice, encontrei uma frase críptica – “Three Quarks for Muster Marck”
(três quartos para
Muster Marck).
The End ou Dr.No !?!?!
JOSÉ SARAMAGO
(rasghos)
by*necCast
A abundância da vida entre a
realidade/
e o ritmo doido da ficção/
entre perseguições e uma
censura/limitadora...
As moléculas de seus escritos/
Levantaram ele do chão/durante os anos
do atazanado Salazar...
Ao aprender o jogo/
Entendeu o “teatro sem cura”/
E como viver com a história
De Portugal/ além Tejo...
O poder dos ancestrais/
As meias medidas/
Enfrentou tudo isso/
Com uma visão mais ampla...
Catalisa sua subida/
Entre entulhos políticos/sob um céu engolido
pelas sombras...
Saramago,
Sentiu as amarras de “Adão e Eva”/
Nos tiranos portugueses/
Vapores de uma paixão histérica
Salazarista/
"Do nada deve se
mover”...
Saramago/ perguntou para Saturno/
“Devo ficar ou ir embora”...
Escreva...disse Saturno...
O Evangelho Segundo Jesus Cristo
em nome dos banidos da história...
(RASGHOS)
by*necCast
06/01/2021
Infância
entre arroubos/
De seminários, padres e desejos/
Um círculo de experiências pessoais/
provincianas, parisienses e de militares cheios
de músculos, começam a abrir seus olhos/
... um cachorro perseguindo o
próprio rabo...
A partir destes fatos/
ele monta no “Cavalo Mágico” de sua mente/
e a “Comédia Humana” começa a nascer...
Esplendores e miséria/
Ilusões perdidas/
Fracasso nos negócios/
A pele das cortesãs, tudo isso emerge nele com um
propósito/
E,
a “Águia do Mar” de sua mente/
começa seu voo eterno...
A Comédia fica visível/
entre, fumos, chocolates, prostitutas de alto luxo e,
flores no canteiro de urtigas...
Balzac, escreve em êxtase/pelas noites
solitárias, sem parar /para seu perseguidor “espírito”/ com a genes de “Bom Samaritano/ e também com seu egoísmo...
Todas as pedras preciosas,
paus & lixos humanos
ficam sobre seu
domínio...
Entre seus escritos/
Descobre o “Chacra da Coroa” vivida...
Balzac,
levanta o Raio/
E, lança a “Comédia Humana”/
a milhares de milhas...
(RASGH0S)
23/01/2021
by* necCast
Einstein,
Furou
a maça/não rastejou pela superfície/
Toda
teoria einsteiniana/vai ainda nos
levar
a cruzar a última fronteira humana...
O
éter/ a maquina do tempo/com base na ruptura da casualidade/
Aquele "milk shake" no liquidificador desafiado...
E
= mc2; o subir da montanha/ para ver o
Éter em repouso/
A
Teoria da Relatividade /no pequeno quarto de uma pensão de Albert Einstein/planou
um voo continuo em busca da surpresa...
A
pequena bússola de Einstein/quando criança/ começou a desmentir um mundo de
concepções já suficientemente arraigadas em nós...
Albert,
encontrou a ordem e a beleza para identificar o Universo/talvez uma harmonia de
opostos equilibrados -...mas tinha em sua visão os primordiais/ limite e
ilimitado...
O
que tinha forma e o que se imaginava como o caos...
“
A álgebra é uma ciência muito interessante; quando se vai a uma caça de um
animal de que não se sabe o nome e que se designa por X – quando o caçador o
agarra dá-lhe o nome verdadeiro”
(Rasghos)
by*necCast
(17/05/21)
Vagou
A
procura de uma luz ...veemente
Valadoli/
Salamanca/
Sevilha...
Algumas
cidades que tudo aceitava
Outras
que tudo negava...
Boemios
& aventureiros em Madri
Despertaram
todas suas distâncias
De
seu Deus extra Cósmico...
Novos
princípios estéticos
Produziram
nele uma ruptura com os modelos
&
as normas consagradas pelo próprio
renascimento...
“El Manco de Lepanco”
Assim
era conhecido
Quando
perdeu a mão esquerda numa de suas batalhas...
Cervantes,
Declarou
mais tarde que a mutilação
Embora
feia/ lhe parecia formosa...
Andarilho cansou de lutar
Por
terras estranhas
E
o seu exército de vozes
Fez
ele voltar as suas origens
Em
véspera de tempestades
Ninguém conseguiu vergar Cervantes
Dizia:
“Nenhum de vocês vai conseguir
na
verdade curvar meus direitos ao desejo/
Sou
eu que vou lhes dar/ o que vocês precisam...
Deu-se
depois de longas batalhas
O sol foi excluído/
De
seu espaço/
E,
Para
amenizar suas guerras
Descansou
sua espada
E
começou a escrever Galatéia!
Em
1593/
na prisão começou sua obra
Que
haveria de ser considerado
Um
dos maiores eventos literários
De
todos os tempos...
Dom
Quixote
“O
Homem de La Mancha”
Com
a chave da literatura na mão
Cervantes,
abriu o “Pote de Ouro”
Uma
escrita que acendeu os sentidos
Físicos
e mentais do ser humano...
O Sonho e a Realidade
Montados
num cavalo capenga
Um
personagem/ alto & magro
De
triste figura/ que julgava ser o Elmo
do
invencível guerreiro com lança
em
riste/ para atacar Moinhos de Vento
Levando
em seu desvario a nobre Dama Dulcinéia...
Ao
seu lado/ o Escudeiro
Gordo/Redondo...
Companheiro
fiel que admirava seu Amo
Apesar
de não o entender...
Ficou
fascinado por suas loucuras...
Ambos
puros e bons
Rodeados
por um mundo que não admitia
Pureza
& bondade...
Dom
Quixote & Sancho Pança
Personagens
surgidas da pura fantasia
de
um artista...continua viva/ como se fossem heróis históricos/ entraram para a
cultura e o folclore dos países do Mundo/ superando os limites
geográficos...transcendendo o sonho e o desvario...
Miguel
de Cervantes/
Conseguiu
com Dom Quixote/
Fixar
as sombras nas paredes...
THOMAS MANN
(Rasghos)
by*necCast
Mãe,
Júlia
da Silva/
Mulata
brasileira de Angra dos Reis/
Com
gestos delicados & o rosto bonito...
Thomas
Mann,
De
família nobre/ nasceu na Alemanha/ numa cidade gótica/
onde
residia uma perpétua e fumacenta estação de trem municipal...
Em
sua obra/ desde sempre/
O
debate sobre o artista/
Um
ser condenado a solidão/ um observador proibido de viver...
Em
suas tempestades de primavera/
Em
seus delírios de estudante/
aquele
meio / “in extremis”/pela bitola cerebral/
de
seus colegas/ não acompanhavam mais seu senso de identidade...
A
partir desse ponto/ descobriu Nietzche/
As
fases desta mudança começaram /
Com
o lançamento do romance/
\os
Buddenbrooks/ em 1901...
A
moda literária de contar histórias de decadência/ era um estado mental
específico/
e,
uma realidade material/
Recebeu
o Premio Nobel de Literatura...
Thomas
Mann,
Vai
fundo depois do Nobel...
A
originalidade da narração contínua/mesmo em se tratando de 4 gerações...
Reconstituição
dos personagens/
O
surgimento de emoções desconhecidas/
A
solidão entre os homens/
As
tentativas fracassadas do amor/
A
beleza apodrecida das cidades...
Surge
no cenário/de sua cabeça...
A
Morte em Veneza/
Doutor
Fausto/
E,
um problema a ser resolvido...
Primeira
Guerra Mundial/
Surge
Hitler,
A
Nova visão que descrevia a Alemanha/
Como
vitima indefesa/
Mann,
deixa de escrever/
A
Europa, um banho de sangue/
O
escritor coloca um novo significado em sua existência/
O
bem
O
mal,
O
falso, o verdadeiro...
Surge
a “Montanha Mágica”/ Depois da travessia angustiante...
O
livro rompe com todos os sentidos dos romances tradicionais/ não conta uma
história, descreve a evolução mental dos personagens...
Na
verdade era o inconsciente antes de Freud...
ALDOUS HUXLEY
(rasghos)
by*necCast -
Huxlei/ sonhou antes da
contracultura
dos anos 60 & 70
acontecer
Dormiu com uma
encarnação e acordou em outra através dos alucinógenos...
Com o poder místico visionário/
Escreveu para
reinventar o tempo/
No seu “Admirável Mundo
Novo”...
Nunca colocou sua essência para dormir
ação & reação...
Sempre abriu as feridas do tempo/ mesmo com
todo maniqueísmo/ com a falsa
impressão/de que todos eram do mesmo time...
Levava com seus olhos
afiados/ um parentesco consciente de sua geração/
James Joice &
Virgínia Woolf/
Que escreviam coisas
abundantes da vida/ para uma geração seguinte...
Nunca professou
circunstâncias limitadoras/ sempre assoprou o veneno antes de beber a “cicuta da
destruição da individualidade”...
Aldous Huxley, terceiro
estágio/
Nunca aceitou convite
para viajar no avião do “Demo”...
by*necCast
(rasghos)
1951,
Tenho a
impressão que o “Apanhador”/
foi escrito
sem antídoto...
E,
chegou até
Chapman/
nos anos 80/
pelas entrelinhas
de sua
depressão/
até as páginas
que o levaram
a Lennon...
Salinger/
Quando
escreveu/ tinha em sua mente “fantasmas da geração Beat”/
E,
na luz deste
foguete multimídia/
da juventude
americana/
alinhou um
“Feng Shui Mexicano”/
misturou tudo
e jogou no tempo...
Neste vácuo
criativo/
Tudo se
tornou imprevisível/
E o trânsito/
Levou e
estacionou nos anos 80...
E,
aí/
O Anjo
Escuro/
na sua
original cegueira pragmática/
enxergou
somente sua inversão de valores/
E no “Campo
de Centeio”/
atirou em
John Lennon...
TOM WOLFE
New
Jornalism - 60/70
(Rasghos)
by* necCast
Tom,
Radical chique/
Dândi/
Caçador do louco circo da cultura
& da contracultura...
Foi um profeta da modernidade/
Do rock’ da juventude da classe branca/
das década de
60 &70...
Das noites do Village/das socialites de Manhatan/
Das caras multifacetadas em corpos belos/
Das virilhas depiladas/ e dos stock’cars envenenados...
Um editor das latas
de cerveja empilhadas na cozinha/
& de
mamilos arrepiados pelo novo jornalismo...
A consciência deitada na cama/ a década do “EU”/
Like a Rolling Stones/ pedras que rolam não criam
musgos...
Tangerine, para os “Panteras” que viraram
Bibelos, nas festas dos magnatas de Nova York/
Surfistas executivos feitos de neon/
Anuciantes do MakMerda...
Wolfe , aceitou o “vietnãzinho” na tv /reluzindo a “Moët
& Chandon”
ao por do sol no dia de Ação de Graças
...
“Queima, nenê , queima”...
Cantava a “perifa idade” dos 25/
E Tom clamava/ Precisamos de um novo jornalismo/
“Chega de escritores exprimidos dentro de uma cabine
telefônica.”
The End!
JOÃO GUIMARÃES ROSA
(RASGHOS)
by*necCast 07/01/2021
A boca melhor bonita/
Acertou
as ideias de Guimarães Rosa/
As
noites do sertão foi uma/
A
claridade dos serrados outra/
Tudo
desenterrado para o mundo...
Diadorin/
cada hora, cada dia...
Riobaldo/chegar,
chegar e perto estar...
Viveram
com formosura/
Aquela
pura castidade...
Hermógenes/
Em
lugares perigáveis/
Marcou
com ferro quente/
O
“vorta boi vorta”...
Entre
mangueiras/
Jaboticabeiras
& cangaceiros/
O
espírito sempre pronto/
E
a carne fraca com pensamento puro...
O
jogo criativo e novo/
Do
mel do maravilhoso/
No
despejar do São Francisco/
Um kilômetro de légua/
Muito
mais radiante...
“Galhos
da Vida”/
Nem
sei de mim/mas sei de ti...
Porque
posso imaginar/
A
maginação do amor aflorado/
Do
amor reprimido/
Espreitando
todo dia/
O
muito amor/ sem o gozo dos sentidos...
“Brejinho
do Brejo”/
“Por
riba da cintura”/
Cidades/Vilas/Povoados...
Na
derradeira lua da tarde/
Urubúquáqua...
Saga
de Maria Deodorina da Fé/
E
o amor de Riobaldo...
VOLTAIRE
(Rasgos Alfarrábicos)
by*necCast
Por várias luas/
Seus pecados se
misturavam/
Com tragédias e
comédias/
O riso prático para os
vilões/
Atuava como uma
sentença de morte/
Que a linguagem dos
seus olhos legendava...
Esmagai os infames/
Coloquem todos eles/
Entre a faísca e o
dinamite/
E, que seja dentro de
uma igreja lotada...
Aí...
Apareciam os apuros/
Daquele moço feio/ de
espírito louco/
Que tinha afeto pelos
combalidos/
E um grande ódio pelos malditos...
Voltaire: (1730)
THE BEATLES****
As 10 canções mais (injustamente) subestimadas... Peraí...
Os Beatles… subestimados? Você quer dizer… a
maior banda da história? Aquela com mais de 600 milhões de discos vendidos
desde que surgiram no The Cavern no começo dos anos 60? Só pode ser brincadeira.
Parece estranho usar o
termo “subestimado” quando nos referimos aos Beatles
Mas existem muitas
pérolas escondidas no catálogo da banda que merecem um momento de destaque.
Singles clássicos como “Hey Jude’, ‘Strawberry Fields Forever’ e ‘Help’ se
tornaram marcantes, enquanto faixas de discos como ‘In My Life’, ‘Something’ e
‘A Day In The Life’ receberam os louros que mereceram.
Enquanto isso, outras
canções parecem ter sido ignoradas, não chegaram sequer aos Top Ten, ficaram
ausentes do rádio e chegaram até a ser evitadas pelo X Factor, este grande
bastião da música.
Então é hora de equilibrar as coisas.
Já foi dito que canção pop perfeita é aquela
que pode ser assobiada pelo carteiro. Pode ser que estas canções não tenham
chegado a tanto, mas é justo que alcancem uma audiência maior. Então estão aqui
dez faixas que merecem mais reconhecimento como clássicos dos Beatles
Algumas das escolhas
tem sido celebradas entre fanáticos e músicos dedicados, mas não pelo mundo
inteiro. Mas isso muda agora.
10. I’ve Just Seen A Face Lançado no álbum
Help, “I’ve Just Seen a Face” é um marcado e ágil country de Paul McCartney.
Gravada na mesma sessão de “Yesterday”, a canção traz letras que capturam a
emoção da paixão à primeira vista, enquanto o instrumental casa o folk de Simon
e Garfunkel com traços do divertido “remelexo” de Elvis Presley. Em 1965,
McCartney, envolvido em um caso amoroso com Jane Asher, ficou um pouco atrás de
seu principal parceiro em relação às composições.
Lennon escreveu e cantou em alguns singles
anteriores, incluindo “Ticket to Ride” e “Help”, e parecia ter mais destaque
nos álbuns A Hard Days Night e Beatles for Sale.
Mas foi com ‘I’ve Just Seen a Face’ e a
notável ‘Yesterday’ que McCartney voltou à forma. De olho na crescente cena
folk dos Estados Unidos, o selo americano da Capitol Records escolheu “I’ve
Just Seen a Face” como primeira faixa na versão yankee do disco Rubber Soul.
Amada por fanáticos pelos Beatles, “I’ve Just...” é o tipo de coisa que todo
músico de rua deveria aprender – se honra seu chapéu na calçada. Subestimada
talvez pelo público em geral, a canção não é esquecida pelo próprio McCartney,
que a inclui regularmente em seus shows. Paul sabe o que é melhor.
9. It’s All Too Much Eis um saboroso pedaço de
psicodelia de George Harrison na trilha sonora The Yellow Submarine. A faixa
começa com uma guitarra lamuriosa e ao mesmo tempo estridente antes de dar
entrada a um macio tema de órgão. E então a bateria salpica e pula enquanto a
música zumbe e “esperneia” – como se tivéssemos enfiado a cabeça dentro de uma
colmeia.
Ninguém parece se
esforçar muito enquanto a melodia flutua dentro de uma neblina suspeita, com
tudo suspenso por uma firme base de trompetes. E eis um som que influenciou
psicodélicas e maltrapilhas guitar bands através dos anos, desde os
(injustamente subestimados) Boo Radleys e The Flaming Lips a grupos mais
recentes como Jagwar Ma e MGMT. Até para ressaltar a natureza da canção,
Harrison chega a reciclar uma linha do hit ‘Sorrow’, do The Mersey, assim que a
peça chega no final. Seis minutos de faixa podem ser literalmente demais, como
o próprio título sugere, mas a peça do guitarrista permanece como uma excitante
e caótica exploração da psicodelia da era LSD.
8. You Know My Name (Look Up The Number)
Geralmente colocada de lado como um número descartável de gracinhas, “You Know
My Name” merece mais crédito não apenas por seu ânimo despretensioso, mas pelo
seu pulsante mantra de abertura. A peça abre com um canto breve, originalmente
planejado para ter quinze minutos (o que teria sido incrível) antes de dar
espaço para McCartney (como um desastrado crooner, ou um Denis Obell) a agir
como um inebriado Sinatra recostado em um uma atmosfera de ‘samba’. Lennon
interrompe, e reveza com o comediante Spike Milligan uma sucessão de vozes
retardadas - tudo enquanto se repete o refrão “you know my name, look up the
number”. A banda continua a evocar seus heróis da comédia, como The Goons, Pete
and Dud e Monty Python, enquanto ecoa a anarquia pateta do Bonzo Dog Doo-Dah
Band. É certo que as tentativas de humor dos Beatles nem sempre conseguiam
surtir efeito, mas esta bobagem é contagiante, divertida, e tanto Lennon quanto
McCartney relembravam da canção com carinho – ao ponto de Paul declarar que
esta era sua peça favorita dos Beatles, “apenas por ser tão insana”.
O Rolling Stone Brian
Jones aparece para contribuir com um sax alto, enquanto o empresário e
assistente Mal Evans adiciona alguma ambiência com uma pá sobre cascalho.
Apesar de gravada em meados de 1967, “You Know My Name” não viu a luz do dia
até 1970, quando foi lançada como lado B do single final de Let It Be.
7. Things We Said Today Escrita durante um
feriado nas Bahamas em 1964, “Things We Said”, de McCartney, faz um sombrio
vislumbre de seu caso amoroso com Jane Asher. Enquanto estava em um iate com
Asher, Ringo Starr e a futura esposa do baterista, Maureen, o baixista se
recolheu para um deck inferior e criou esta reflexiva canção de amor. A peça
varia entre tons maiores e menores e da balada para o rock enquanto McCartney
explora o conceito que ele viria a chamar de “nostalgia do futuro” – imaginar
como o casal olhará as conversas que tinham em hipotéticos dias posteriores. A
peça ganha ainda mais vida com a guitarra base de Lennon e a batida apressada
de Ringo. E é uma demonstração da maturidade de Paul como compositor: é notável
como ele podia soar tão ácido mesmo tão jovem. A canção foi lançada no lado B
do single A de “A Hard Day’s Night”.
6. What You’re Doing Enquanto Lennon era um
especialista na acidez, era raro vislumbrar um McCartney raivoso. Mas é esta
peça frequentemente ignorada do Beatles For Sale que surge, talvez, como um dos
melhores exemplos de um Macca irritado. A bateria “spectoriana” de Ringo
prepara o ambiente para um riff de George Harrison na guitarra de 12 cordas –
um som que pavimentou o caminho para a carreira e o som dos The Byrds. “What
You’re Doing” apresenta algo a mais em relação às típicas letras “raivosas” de
Paul, possivelmente reflexo dos problemas que ele enfrentou em seu relacionamento
com Jane Asher. Mas mesmo assim o baixista entrega um vocal doce, ameno – e
suspeita-se que Lennon teria cantado com um tanto mais de veneno. The Inner
Light Lançada em março de 1968 como lado B de “Lady Madonna”, “The Inner Light”
assinala a primeira vez que George Harrison teve uma composição creditada em um
single dos Beatles. E representou uma notável mudança de qualquer coisa ouvida
antes em um single da banda – um mergulho total na música e na cultura indianas
as quais o guitarrista estava começando a ficar imerso. A base da faixa foi
gravada nos estúdios indianos da EMI com músicos locais quando Harrison estava
em Bombaim para gravar sua trilha sonora do filme Wonderwall, de inspiração
hindu. Já as letras foram tiradas do texto taoísta, Tao Te Ching – e é assim
que Harrison evoca uma doce e inocente canção, que soa como reminiscência da
banda de folk psicodélico The Incredible String Band. A canção é a mais bem
sucedida incursão de Harrison dentro do universo indiano como membro dos
Beatles, e revela a amplitude do poder musical do quarteto. Que outra banda
poderia colocar lado a lado o boogie woogie de Lady Madona e algo tão delicado
como essa peça?
4. Real Love Pode uma canção que foi lançada
como single realmente ser classificada como subestimada? Neste caso, sim. “Real
Love” foi o segundo single lançado sob o projeto Beatles Anthology, que reuniu
os três Beatles “sobreviventes” – na época – para ressuscitar duas demos
deixadas por John Lennon. Enquanto “Free as a Bird” recebeu muita badalação no
seu lançamento no natal de 1995 – chegando até a receber um Grammy por melhor
performance pop –, “Real Love” quase foi escorraçada no meio de março de 1996.
A canção vendeu 50 mil cópias em sua primeira semana, mas foi ignorada pela
Radio 1 no Reino Unido, que se recusou a colocá-la no playlist. Os Beatles
“renovados” não foram suficientes para tirar Garbage, Shed Seven e Mark
Morrison’s Return of the Mack do repertório da emissora. No rastro desse
cenário, “Real Love” atingiu apenas um quarto lugar no Reino Unido e um décimo
primeiro nas paradas americanas – um vexame para um material que merecia muito
mais. “Real Love” é uma sedutora peça que traz uma das mais comoventes melodias
de Lennon – o piano original da demo é de rara e delicada beleza. E os três
Beatles remanescentes fizeram um trabalho genuíno, mas a presença de Jeff Lyne
na cadeira de produtor deu à canção um quê de “Bootleg dos Beatles à moda ELO”
que tirou certa autenticidade de tudo. Ainda assim, é uma canção muito melhor
do que “Free as a Bird” e, em termos de Beatles, o mais subestimado single do
quarteto. " Rain" Talvez “Rain” não seja tão subestimada quando as
outras nesta lista, pois cresceu em estatura e influência nos últimos quarenta
anos desde que foi gravada. Mas ela ainda está para ser reconhecida como uma
das grandes canções do grupo. Apesar de ter quase quarenta anos, “Rain” ainda
soa como nova e ao mesmo tempo indubitavelmente feita em 1966. Situada no lado
B de Paperback Writer, Rain é um clássico rock que traz a melhor performance de
Ringo Starr nas baquetas e um dos mais poderosos desempenhos vocais de Lennon.
Starr preenche cada instante possível com sua bateria enquanto Lennon alonga
cada “Rain” e “Shine” – e não surpreende que uma encarnação anterior do Oasis
tenha sido chamada de The Rain. O solo agudo de baixo de McCartney casa com a
performance virtuosa de Starr, e a extraordinária mistura desaparece do fundo
enquanto vocais se repetem por trás na coda. “Rain”, enfim, permanece como um
dos mais emocionantes momentos na carreira dos Beatles.
2. There’s A Place
Iniciada com uma gaita meio que fúnebre, “There’s a Place” constroi uma madura
evocação do espírito adolescente – capturando o crescimento da cultura
adolescente e o ambiente de provocação do fim dos anos 50 e começo dos anos 60.
Menos apreciada que “Twist and Shout” e “I Saw Her Standing There” no álbum de
estreia da banda, a faixa traz dois minutos de perfeição pop. Partindo de uma
deixa de “Somewhere (There’s A Place For Us)”, do filme West Side Story, Lennon
articula temas mais cerebrais do que as simples canções de amor daqueles
tempos. Como Lennon pega a primeira voz e McCartney a segunda, as letras
retratam o auto-refúgio mental – tema para o qual Lennon voltaria várias vezes
por toda sua carreira. Fruto de uma das melhores fases de John Lennon, a canção
pode ainda ter influenciado Brian Wilson a criar o clássico “In My Room” para
os Beach Boys. Gravada um pouco depois naquele mesmo ano, a canção trata de
tema similar a “There’s a Place”: solidão e retraimento para ficar com os
pensamentos.
1. Hey Bulldog A
vibrante e despreocupada “Hey Bulldog” é talvez o maior exemplo da autêntica
alegria de ser um beatle Gravada durante a produção da promoção de “Lady
Madonna”, a peça surgiu quando a banda desenvolveu um esquete criado em parte
por Lennon em um das mais divertidas e dinâmicas criações do quarteto.
Claramente influenciados pelo estridente piano de “Lady Madonna”, Lennon e a
banda produziram um hilário número de rock. O engenheiro de som dos Beatles,
Geoff Emerick, chegou a dizer que aquela foi a última vez que a banda trabalhou
como um verdadeiro time na canção e todos os membros estavam e no seu auge –
talvez o último real vislumbre da maior banda de todos os tempos trabalhando
como uma unidade coesa
McCartney em
particular, produz uma espetacular linha de baixo. O próprio Lennon entrega um
incrível trabalho vocal, completo com latidos e urros de seu parceiro
McCartney. A canção foi incluída no álbum Yellow Submarine, mas apesar de ser
amada por fãs, merece aclamação universal como um dos pontos altos do brilhante
catálogo da banda. (Igor Matheus)
Fonte: Whatculture BEATLES AGAIN &
História em fotos da Capa do "Abbey Road"
- 15 fatos que você nunca soube sobre as
músicas dos Beatles –
1 - "Get Back" O primeiro rascunho
de "Get Back" incluía a frase "Não curta nenhum paquistanês
tomando os trabalhos das pessoas" Mas a frase foi cortada quando a banda
percebeu que a letra, pretendia ser um comentário irônico sobre grupos de
extrema-direita atacando imigrantes paquistaneses e seria interpretado como
racismo.
Eles estavam certos sobre isso:
Anos depois, o
tabloide The Sun, encontrou uma cópia do primeiro rascunho da música e acusou a
banda de xenofobia.
2 - "Can´t Buy Me Love" O engenheiro
de som dos Beatles, Norman Smith tocou em todas as partes o Chimbal em
"Can´t Buy Me Love" depois de descobrir que a fita com as partes da
percussão gravadas em Paris tinham uma ondulação quando chegou a Abbey Road.
Smith gravou novas partes ele mesmo, mas os Beatles nunca ficaram sabendo a
respeito.
3 -"I Am the Walrus" O "egg
man" em "I Am The Walrus" era uma referencia ao amigo de John
Lennon, Eric Burdon, do The Animals. Ele deu a ele esse
apelido depois que Burdon contou uma história sobre um encontro sexual que ele
teve com uma jamaicana que quebrou um ovo em sua barriga e o lambeu.
4 - "Twist and
Shout" Quase todos os "Please Please Me" foram gravados ao vivo
em fita em um único dia - 11 de fevereiro de 1963 - e "Twist and
Shout" foi a última música a ser gravada. A canção foi deixada por último,
porque John Lennon estava se sentindo muito mal, e George Martin queria
preservar sua voz durante o dia. No momento em que gravou a música, Lennon
estava com a garganta doloria, mas chupou algumas pastilhas para tosse, tomou um
pouco de leite e tirou a camisa antes de se entregar a uma das melhores
performances de sua carreira. "Minha voz não era a mesma por um longo
tempo depois", disse ele em 1976. "Toda vez que eu engolia era como
uma lixa".
5 - "When I´m
Sixty-Four" Paul escreveu "When I´m Sixty-Four" no piano de seu
pai quando ele tinha 16 anos.. A canção foi bastante tocada durante as
apresentações no Cavern Club, geralmente com apenas Paul no piano, para passar
o tempo se algum dos amplificadores quebrasse.
6 - "Day Tripper" Os programas de
rádio alemães se mostraram relutantes para tocar "Day Tripper" porque
a palavra "Tripper" é uma gíria alemã para gonorreia.
7 - "Come
Together" "Come Together" foi concebia como uma canção comício
para a campanha de Timothy Leary, o guru do LSD que se candidatava a governador
da California, e tentava desbancar Ronald Reagan em 1969. O slogan de Leary era
"Chegue junto, juntem-se a festa" sendo a palavra "festa"
uma referência para cultura das drogas. A campanha de Leary chegou ao fim quando
ele foi preso por posse de drogas, o que "libertou" John Lennon para
na verdade desenvolver uma música para os Beatles. Anos depois Leary o acusou
de roubar sua ideia.
8 - "With a Little Help from My
Friends" A frase original na música era " O que você faria se eu
cantasse desafinado / Você se levantaria e jogaria tomates em mim?" Mas
Ringo os fez mudar, presumivelmente porque ele não queria que ninguém de fato
jogasse tomate neles durante um show.
9 - "Penny Lane" "Penny
Lane" é o nome de uma rua em Liverpool, que por sua vez foi nomeada em
homenagem a James Penny, um rico comerciante de escravos do século 18 e
opositor a legislação abolicionista. Isso não era muito conhecido na época a
canção foi escrita, por isso é apenas uma infeliz coincidência.
10 - "Helter Skelter" Paul se
inspirou para escrever "Helter Skelter" após ler uma citação de Pete
Townshend, do The Who, em que se vangloriava pela música "I Can See For
Miles" dizendo que foi a canção mais alta, mais crua e mais intransigente
que eles já tinham gravado. Paul resolveu ir ainda mais longe, mesmo sem ter
ouvido a música do The Who.
11 - "Oh! Darling" "Oh!
Darling" foi a última música que John Lennon gravou com os Beatles. Seus
últimos backing vocals foram gravados em 11 de Agosto de 1969.
12 - "I´ve Got a Feeling" "I
Got a Feeling" foi a última canção que Lennon e McCartney escreveram
juntos, e sua primeira colaboração de verdade desde "A Day in the
Life" três anos antes. Fundiram duas músicas que tinham em andamento, a de
McCartney "I Got a Feeling" e a de Lennon "Everybody Had a Hard
Year", quando perceberam que as músicas tinham tempos idênticos.
13 - "The End" Como detestava solos
de bateria, Ringo teve que ser forçado a gravar seu solo em "The
End". Paul McCartney disse em uma entrevista em 1988 que quando Ringo se
juntou à banda: "Nós lhe perguntamos:" E o que você acha de solos de
bateria? ", E ele respondeu: "Eu os odeio." Nós gritamos:
"Ótimo! Nós te amamos! "
14 - "Hey Jude" Paul McCartney pediu
aos 36 músicos que trouxeram para executar a partitura orquestral de George
Martin em "Hey Jude" para gravar uma faixa com todos eles cantando e
batendo palmas junto com o "Na-na-na-na, hey Jude", mas um deles
teria se recusado e saiu, dizendo: "Eu não vou bater palmas e cantar a
canção sangrenta de Paul McCartney!"
15 ? "Dig It" "Dig It"
originou-se como uma improvisação que fluiu da banda tocando um cover de Bob
Dylan, "Like a Rolling Stone", enquanto tocavam no estúdio. Fonte:
Buzzfeed - HÁ 44 ANOS, OS BEATLES TIRARAM A SUA FOTO MAIS FAMOSA . CAPA DO
ÁLBUM "ABBEY ROAD". TODA A AÇÃO FOI PLANEJADA PELO PAUL, CONFORME
DESCRIÇÃO ABAIXO:
Era 8 de agosto de 1969 quando os Beatles se
reuniram para o que viria a ser um dos seus últimos ensaios fotográficos. Não o
último de todos, mas o último a ser usado em um álbum.
Nessa época, o Paul já decidia as coisas, mas
nada era muito fácil. Reunir todos os membros da banda era difícil. Sair,
agendar horários, nada disso acontecia sem uma boa dose de desgaste. Ali,
talvez, o único Beatle que ainda queria ser um Beatle era o Ringo.
Mas o Ringo não conta. Por isso, foi do Paul a
ideia e iniciativa de fotografar naquela exata faixa de pedestres. Desenho de
Paul* O encarregado da missão foi um fotógrafo escocês amigo do John e da Yoko,
chamado Iain Macmillan. Antes de começar, ele tirou uma foto da rua vazia.
Linda McCartney também esteve lá e tirou algumas fotos dos preparativos,
enquanto o quarteto aguardava o ensaio começar. 1 tentativa * 2 tentativa 3
tentativa 4 tentativa 5 tentativa Foto da Capa do disco* Foram tiradas seis
fotos oficiais, para entrarem no álbum. Tentativa 06 A escolhida, todos sabemos
qual foi. A única na qual a formação estava perfeita, tudo alinhado, como
deveria ser, como era habitual dos Beatles. Esmero nos últimos detalhes. Paul
decidiu pela quinta tentativa. A sexta tentativa foi para o álbum A história
fez sua parte depois desse evento. Ninguém imaginava que os Beatles chegariam
ao fim alguns dias depois.
Nem o fã mais pessimista, nem mesmo John
Lennon – que cuspiu seu desejo de sair da banda em uma reunião sobre as
ambições de George de se tornar um compositor com mais espaço. De lá pra cá,
todos os detalhes imagináveis já foram destrinchados. Nem mesmo o velhinho
parado lá no fundo, passando como quem não quer nada conseguiu escapar. Até mesmo
ele já foi encontrado, entrevistado e teve seus minutos de fama, só por estar
ali
. A placa do Fusca, de
número LMW 281F, foi roubada repetidamente, até o carro entrar em leilão em
1986 e ser vendido por £2.530. Atualmente ele está no museu da Volkswagen na
Alemanha. Olha ele aí Hoje, atravessar aquela faixa de pedestres é um evento,
colocar os pés naquela ícone travessia.
MULHERES DOS BEATLES*
Maureen Cox - A inglesa foi a primeira esposa do baterista
Ringo Starr. Eles se casaram em 1965 e tiveram três filhos: Zack, Jason e Lee.
Dizem as más línguas que ela teve um caso também com George Harrison… Barbara
Bach Além de ter sido bond-girl do filme 007 O espião que me amava, ela é a
segunda mulher de Ringo. Os dois se casaram em 1981 e permanecem juntos até hoje.
Pattie Boyd - Em 1964, ela foi convidada para ser figurante
do filme A Hard Day’s Night e acabou figurando também no coração de George
Harisson. Eles se casaram dois anos mais tarde e ela foi a inspiração para a
música Something. Mas, mesmo com tanto amor, a união acabou em oito anos por
causa do ciúme de George e ela foi parar nos braços de Eric Clapton.
Olivia Arias - Segundo amor de George, ela teve um filho com
ele chamado Dhani e esteve ao lado do Beatle até sua morte em 2001.
Cynthia Lennon - A primeira mulher de John
Lennon o conheceu quando ele ainda não era famoso. Juntos tiveram um filho
chamado Julian, mas tiveram seu romance interrompido por causa de Yoko. Yoko
Ono Tida pelos amigos de John como uma manipuladora e interesseira, ela começou
seu romance com o Beatle enquanto ele ainda era casado com Cynthia. Eles se
casaram em 1969 e tiveram um filho chamado Sean.
May Pang - - Uma
americana descendente de chineses que teve um romance com John, de quem era
assistente, quando ele estava separado de Yoko, mais ou menos entre o verão de
1973 ao início de 1975. Nada muito sério…
Jane Asher - Modelo e atriz britânica com quem Paul
McCartney teve um relacionamento de cinco anos, entre 1963 e 1968. O Beatle
inclusive chegou a pedir a mão da moça em casamento, em 1966, mas, quando ela o
encontrou na cama de um hotel com outra, decidiu romper o noivado.
Linda Eastman - Como essa não flagrou Paul com ninguém,
casou-se com ele em 1969 e teve três filhos: Mary, Stella e James. Juntos, eles
montaram o conjunto Wings nos anos 70 e ficaram casados até 1998, quando ela
faleceu de câncer.
Heather Mills - Ela se casou com Paul em 2002,
mas as coisas não deram muito certo e a ex-modelo acabou levando US$ 40 milhões
do Beatle com o divórcio
Nancy Shevell- Se Paul McCartney fosse brasileiro, diríamos
que é por isso que ele não desiste nunca e ele se casou recentemente com essa
empresária e já milionária. (via: chivalr Pattie Boy )
- George Harrison & Eric Clapton Pattie
Boyd poderia ter sido mais uma modelo dos anos 60 caso não tivesse sido
selecionada para ser uma quase-figurante em um filme do maior fenômeno musical
de todos os tempos. Durante as gravações de "A Hard Day's Night", dos
Beatles, Pattie conheceu George
Eles viriam a se casar
dois anos depois, em 1966. Entretanto, a vida de Pattie também se cruzou com a
de Eric Clapton, o lendário guitarrista do Cream e compositor de grandes
músicas do rock. Eric e George eram amigos íntimos, e é assim que começa uma
das histórias de amor mais conturbadas da história do rock and roll:
Eric Clapton, George Harrison e Pattie Boyd, a
mulher que inspirou a composição de "Layla" (Clapton) e
"Something" (Harrison).
No texto a seguir, publicado no Daily Mail, a
própria Pattie explica este conturbado momento de sua vida. Nós nos encontramos
em segredo em um apartamento em Kensington. Eric Clapton me pediu para ir para
escutar uma nova música que ele havia escrito. Ele ligou o gravador, aumentou o
volume e tocou para mim a música mais poderosa e tocante que eu já havia
escutado. Era “Layla”, sobre um homem que se apaixona perdidamente por uma
mulher que o ama mas não está disponível. Ele tocou para mim duas ou três
vezes, olhando meu rosto a todo momento para ver minha reação.
Meu primeiro pensamento foi: “Oh Deus, todo
mundo vai saber que é prá mim”. Eu era casada com um dos amigos mais próximos
de Eric, George Harrison, mas Eric estava deixando explícito seu desejo por mim
havia meses. Eu me sentia inconfortável por ele estar me empurrando em uma
direção que eu não estava certa se queria ir.
Mas, ao perceber que eu havia inspirado tanta
paixão e criatividade, a música tirou o melhor de mim. Eu não pude mais
resistir. Naquela noite eu estava indo ao teatro para ver “Oh! Calcutta!” Com
um amigo e depois iria a uma festa na casa do empresário Robert Stigwood.
George não quis ir nem
ao show nem à festa. Depois do intervalo de “Oh! Calcutta!” eu voltei e
encontrei Eric no assento ao lado, depois de persuadir um estranho a trocar de
lugar com ele. Depois, nós fomos à casa de Robert separadamente, mas logo estávamos
juntos. Era uma festa ótima e eu me senti lisonjeada pelo que havia ocorrido
anteriormente, mas também profundamente culpada. Depois de algumas horas,
George apareceu. Ele estava de cara fechada e seu humor não melhorou ao
caminhar por uma festa que já acontecia havia horas e a maioria dos convidados
estavam sob efeito de drogas.
Ele insistia em perguntar “Onde está a
Pattie?”, mas ninguém parecia saber. Ele estava quase indo embora quando ele me
viu no jardim com Eric. Estava começando a amanhecer, e estava muito enevoado.
George chegou para mim e perguntou: “O que está acontecendo?”. Para o meu
horror, Eric disse: “Eu tenho que te contar, cara, que eu estou apaixonado pela
sua mulher”. Eu queria morrer. George ficou furioso. Ele virou para mim e falou:
“Bem, você vai com ele ou vem comigo?” Eu havia conhecido George seis anos
antes, em 1964, quando nós estávamos filmando “A Hard Day’s Night”.
A grã-bretanha e a
maior parte da Europa estava na onda da Beatlemania. John Lennon, Paul
McCartney, George Harrison e Ringo Starr eram acompanhados por multidões onde
quer que fossem, e em seus shows milhares de adolescents histéricas gritavam e
berravam tão alto que ninguém conseguia escutar a música. Pouco antes do início
da filmagem de “A Hard Day’s Night”, os Beatles conquistaram a América.
Em fevereiro de 1964 eles apareceram no Ed
Sulliven Show, um dos programas de maior prestígio na América, e atraíram 73
milhões de telespectadores. Eu era modelo, trabalhava com alguns dos fotógrafos
mais bem sucedidos de Londres, incluindo David Bailey e Terence Donovan.
Eu aparecia em jornais e revistas como Vanity
Fair e Vogue, mas em março minha agente me enviou para um teste de elenco para
um filme. Ela me ligou depois para avisar que haviam me oferecido um papel de
uma fã colegial em um filme dos Beatles.
Minhas primeiras impressões foram que John
parecia mais cínico e áspero que os outros, Ringo o mais carinhoso, Paul era
bonitinho e George, com seus olhos castanhos aveludados e cabelo cor de avelã,
era o homem mais lindo que eu já havia visto.
Em um intervalo para o almoço, me encontrei
sentada perto dele. Estar perto dele era eletrificante. Uma das primeiras
coisas que ele me disse foi: “Quer casar comigo?”. Ele estava brincando, mas
havia um toque de seriedade. Nós ficamos juntos logo depois disso e nos casamos
dois anos depois, no dia 21 de Janeiro de 1966.
Eu tinha 21, ele tinha
22. Eu era tão feliz e estava tão apaixonada. Eu achava que ficaríamos juntos e
seríamos felizes para sempre. Três anos depois, em 1969, George escreveu uma
música chamada “Something”. Ele me disse em uma conversa corriqueira que ele
havia escrito para mim. Eu a achei linda e ela acabou sendo o maior sucesso que
ele escreveu, com mais de 150 regravações.
Frank Sinatra disse que ele a achava a mais
bela canção de amor já escrita. A versão preferida de George era a de James
Brown. A minha era a do George Harrison, que ele tocou para mim em nossa
cozinha. Mas, de fato, desde então nosso relacionamento estava passando por
problemas. Desde uma viagem ao templo do yogi Maharishi Mahesh na Índia, em
1968, George ficou obsessivo quanto à meditação.
Às vezes ele ficava isolado e depressivo. Meu
humor começou a refletir o dele, e algumas vezes eu me sentia quase suicida. Eu
não acho que tenha existido um perigo real de eu me matar, mas já cheguei a
planejar como o faria: colocaria um belo vestido da Ossie Clark e me atiraria
da Beachy Head.* E haviam outras mulheres, o que realmente me machucava. George
era fascinado pelo deus Krishna, que sempre estava rodeado por jovens donzelas.
Ele voltou da índia querendo ser um tipo de figura Krishna, um ser espiritual
com diversas concubinas. Ele chegou até a dizer isso. Nenhuma mulher estava
fora do alcance. Eu era amiga de uma garota francesa que saía com Eric Clapton.
Quando ela e Eric se separaram, ela veio ficar conosco em nossa casa, Kifauns,
em Esher, Surrey. Ela não parecia nem um pouco triste por Eric e estava
desconfortavelmente próxima a George. Algo estava acontecendo entre eles, mas
quando eu perguntei a George ele me disse que minha imaginação estava me
guiando, que eu estava paranóica.
Eu fui viajar com umas amigas e depois de
alguns dias George me ligou para dizer que a garota havia partido. Eu voltei
para casa, mas estava chocada por ele ter podido fazer isso comigo. Me senti
rejeitada e miserável. Foi por essa época que Eric começou a freqüentar nossa
casa. Ele e George haviam se tornado amigos próximos, escrevendo e gravando
música juntos
A reputação de Eric
como guitarrista era altíssima entre os músicos. Grafites nos muros declarando
que “Clapton é Deus” estavam por todo o subúrbio de Londres, e era muito
excitante vê-lo tocar.
Ele era maravilhoso no palco, muito sexy. Mas
quando eu o conheci, ele não se comportava como um rock star – ele era surpreendentemente
tímido e reticente. Eu sabia que Eric me achava atraente e eu gostava da
atenção que ele me dava. Era difícil não se sentir lisonjeada quando eu o
pegava me olhando, ou quando ele escolhia se sentar próximo a mim
Ele me elogiava pelo
que eu estava vestindo e a comida que eu cozinhava, e dizia coisas que sabia
que me fariam rir. Essas eram todas as coisas que George não fazia mais. Em uma
noite de dezembro de 1969 eu levei minha irmã de 17 anos, Paula, para ver Eric
tocar em Liverpool. Paula era muito bonita e um pouco do tipo “menina rebelde”,
e naquela noite Eric se derreteu por ela. Depois do show, todos fomos para um
restaurante e todos ficamos bêbados e rudes. Quando o resto de nós voltou para
o hotel, deixamos Eric e Paula dançando. Na noite seguinte, Eric estava tocando
em Croydon e novamente Paula e eu fomos assistir, e novamente houve uma festa
cheia de excessos depois do show, desta vez na casa de Eric em Ewhurst, Surrey.
Logo depois, Paula foi morar com Eric. Em
março de 1970, George e eu nos mudamos para uma nova casa. Friar Park era uma
magnífica casa no estilo vitoriano próxima de Hanley-on-Thames, Oxfordhire, com
25 quartos, um salão de festas, uma biblioteca, um jardim de 12 acres e mais 20
acres de terra.
Uma manhã, logo depois de nos mudarmos, uma
carta chegou para mim com as palavras “confidencial” e “urgente” escritas no
envelope. Dentro eu encontrei um pequeno pedaço de papel. Em letras miúdas, sem
letras maiúsculas, eu li:
“querida l. como você
provavelmente já percebeu, meus assuntos caseiros são uma farsa galopante, que
estão se degenerando dia após intolerável dia... parece uma eternidade desde a
última vez que te vi ou falei com você!” Ele precisava saber o que eu sentia:
eu ainda amava meu marido ou eu tinha outro amante? Mais crucialmente, eu ainda
tinha sentimentos em meu coração para ele? Ele precisava saber, e me implorou
para que respondesse. “por favor faça isso, não importa o que diga, minha mente
vai descansar... todo meu amor, e”. Eu concluí que era de um maluco. Eu recebia
algumas cartas de fãs ocasionalmente – quando não eram cartas raivosas de fãs
do George. Eu mostrei a carta para George e outros que estavam na casa. Eles
riram e a desprezaram, assim como eu. Naquela noite, o telefone tocou. Era
Eric. “Você recebeu minha carta?”, ele perguntou. “Carta?”, eu disse. “Eu acho
que não. De qual carta você está falando?” Então caiu a ficha. “Era sua? Eu não
imaginava que você se sentia assim”. Foi a carta mais passional que alguém já
havia escrito para mim e colocou nosso relacionamento em um outro patamar. Ela
fez o flerte mais excitante e perigoso. Mas eu pensava que era apenas flerte.
De tempos em tempos durante a primavera e o verão de 1970, Eric e eu nos vimos.
Um dia, caminhando pela rua Oxford, ele me perguntou: “Você gosta de mim,
afinal, ou está me vendo porque sou famoso?” “Oh, eu pensei que você estava me
vendo porque sou famosa”, eu disse. Nós rimos.
Ele sempre teve
dificuldade em falar sobre seu sentimento, e ao invés disso os despejava em
suas músicas e letras. Teve uma vez em que nos encontramos sob o relógio da rua
Guildford High. Ele havia acabado de voltar de Miami e me trouxe calças
boca-de-sino – como na música “Bell Bottom Blues” (Blues das Calças Boca de
Sino).
Ele estava bronzeado e
estava lindo e irresistível – mas eu consegui resistir Em outra ocasião eu
dirigi para Ewhurst e nos encontramos num bosque ali perto. Eric estava usando
um casaco de pele de lobo e estava muito sexy.
Nós não fomos para sua casa porque alguém
poderia estar lá. Muitas pessoas moravam em Hurtwood Edge: sua banda, os
Dominos, Paula e Alice Ormsby-Gore, outra das namoradas de Eric.
A freira dentro de mim
achou a situação desconfortável mas estranhamente excitante, e foi no fim
daquele ano, depois que Eric tocou “Layla” para mim no apartamento em South
Kensington que eu sucumbi a seus avanços. Depois do confronto entre George e
Eric na festa de Robert Stigwood, eu voltei para casa com meu marido. Ao chegar
lá, eu fui para a cama e George desapareceu em seu estúdio.
Quando voltei a encontrar Eric, ele apareceu
de surpresa em Friar Park. George estava viajando – eu não sei se Eric já sabia
disso – e eu estava sozinha. Ele disse que queria que eu fugisse com ele: ele
estava desesperadamente apaixonado por mim e não podia viver sem mim. Eu teria
que abandonar George naquele momento e ir com ele. “Eric, você está louco?”, eu
perguntei. “Eu não posso. Estou casada com George”. Ele disse: “Não, não, não.
Eu te amo. Eu tenho que ter você na minha vida”. “Não,” eu disse . Ele pegou um
pequeno frasco de seu bolso e o segurou em minha direção. “Bem, se você não
fugir comigo, vou usar isso”. “O quê é isso?” “Heroína”. “Não seja tão
estúpido”. Eu tentei tirar dele mas ele puxou seu punho e escondeu o frasco no
bolso
“Se você não fugir
comigo”, ele disse, “é isso. Estou fora”. E ele sumiu. Raramente o vi nos três
anos seguintes. Ele fez como ameaçou. Ele usou a heroína e rapidamente ficou
viciado. E ele levou Alice Ormsby-Gore com ele. Eric já havia usado vários
tipos de drogas, aquelas que todos usávamos – maconha, estimulantes,
depressivos e cocaína – e ele bebia consideravelmente. Mas seu traficante
andava insistindo recentemente que ele comprasse heroína cada vez que Eric
comprava cocaína. Eric andava usando heroína esporadicamente por quase um ano e
acumulou uma boa quantidade. Então começou a usar sempre.
Ele e Alice se isolaram em Hurtwood Edge. Ele
não saía de casa, não via amigos, não atendia à porta ou ao telefone, e os dois
quase caíram no esquecimento. Ela esteve com Eric em Miami, quando ele estava
gravando “Layla”, e na hora soube que era sobre mim. Ela sempre teve a suspeita
de que Eric estava com ela porque ela era a segunda melhor coisa depois de mim,
e eu era inalcançável.
Ouvir “Layla”
confirmou isso. Ela esteve seriamente apaixonada por Eric, mas ele destruiu seu
orgulho, auto-estima e confiança, que já eram frágeis. Além disso tudo, sua
irmã mais velha era a última pessoa em quem ela podia buscar apoio.
Eu tentei ligar para Eric, mas Alice sempre
atendida e eu desligava. Eu passei a dar mais atenção para meu marido e para a
reforma da casa. Por um breve período o projeto nos uniu, mas a casa era tão
imensa e sempre tinha tanta gente nela que nunca tivemos qualquer intimidade.
Na maior parte do tempo, mesmo quando George estava em casa, eu não sabia aonde
ele estava. Na hora das refeições, havia tantas outras pessoas na mesa que não
era possível ter qualquer conversa. E mesmo que dividíssemos uma cama, ele
geralmente estava em seu estúdio ou meditando metade da noite em seu quarto
octagonal no topo da casa.
Este cômodo havia virado seu santuário. Eu me
sentia mais e mais alienada. Eu não me sentia incluída nos pensamentos ou nos
planos de George. Eu não era mais sua parceira em nada. Ele estava cercado de
“homens-sim”. Quando eu o questionava disso, ele dizia: “Bem, eu odiaria estar
cercado de homens-não”. Eu ouvi falar de Eric novamente em janeiro de 1971,
dois meses depois do encontro em que ele prometeu usar heroína. Ele me escreveu
de uma cabana no País de Gales. Na primeira página de uma cópia de “Of Mice And
Man”, de Steinbeck, ele havia escrito: “querida layla, por nada mais que os
prazeres do passado eu sacrificaria minha família, meu deus, e minha própria
existência, e ainda assim você não se mexeria.
eu estou no limite da minha mente, eu não
posso voltar e não há nada no futuro (além de você) que pode me atrair para
além de hoje. Eu ouvi o vento, eu observei o aglomerado escuro de nuvens, eu
senti a terra sob mim para um sinal, um gesto, mas havia apenas o silêncio.
porque você hesita, sou um mau amante, sou feio, sou muito fraco, muito forte,
você sabe porque? Se você me quer, me leve, sou seu... se você não me quiser,
por favor quebre este feitiço que me amaldiçoa. enjaular um animal é um pecado,
domá-lo é divino. meu amor é seu.”
A carta estava assinada com um coração. Esta
nota curta me despertou sentimentos que demorei dois meses para superar. Eu
escrevi para ele e disse o que ele queria escutar. “Como você está? Espero que
o ar galês esteja refrescando sua mente e aquecendo seu coração. Oh, eu queria
tanto passar um tempo com você aí... seria lindo estarmos juntos, apenas por um
tempo.” “Se as estrelas mudassem repentinamente seu curso e eu puder ir para
Gales, enviarei um telegrama. Por favor, se cuide. Luas cheias de amor, L”
Assim que postei a carta, tive dúvidas terríveis e imediatamente enviei um
cartão postal. Ele simplesmete dizia: “Olá, por favor desculpe e esqueça minha
sugestão desmiolada. Com amor, L”. Sua resposta veio na contracapa de um livro
de baladas escocesas e estava escrita em tinta verde. “foi muito significante
ter recebido ambas as cartas na mesma manhã. foi como observar um bumerangue em
pleno vôo”. Ele disse que entendia minha situação e não sabia o que sugerir.
“eu amo você, mesmo você sendo medrosa”. Nada saiu das nossas fantasias e eu
não o vi ou falei com ele novamente até agosto de 1971.
George havia
persuadido Eric a ir para Hurtwood Edge para tocar em um evento filantrópico,
“Concert For Bangladesh”, em Nova York. Eric estava em uma fase péssima, mas
George achava que se o levasse ao palco, mesmo sob o efeito de drogas, seu
vício viraria um “segredo aberto” e talvez ele abrisse a porta para seus amigos
um pouco, e eles poderiam ajudar.
Todo mundo sabia que
se Eric tivesse a chance de terminar duas performances – uma de tarde e outra
de noite – ele necessitaria de um suplemento de heroína assim que chegasse em
Nova York. Eu me lembro de conversas sobre encontrar uma muito boa, chamada
Elefante Branco, para ele.
Tinha que ser muito
pura porque ele nunca injetava – ele morria de medo de agulhas – mas cheirava,
como se fosse cocaína, em uma colher de ouro que ele usava no pescoço. Alice
encontrou a heroína – ela sempre conseguia. Enquanto eles moravam em Hurtwood
Edge, ela foi para Londres para fazer o trabalho sórdido de pegar suplementos
enquanto Eric ficava em casa.
Se os suplementos
começassem a acabar, ela daria a parte dela e pegaria alguma outra coisa. Ela
estava bebendo pelo menos duas garrafas de vodka por dia para que ele pudesse
usar a heroína. Naquele dia ele e eu mal nos falamos. Ele estava rodeado de
pessoas, e no palco, ele estava bem desligado; eu não tenho certeza se ele me
viu. Foi um choque pensar que ele havia feito aquilo para ele mesmo por minha
causa. No começou eu me senti culpada, mas depois meus sentimentos se
inverteram violentamente e eu fiquei furiosa por ele ter me pedido para
escolher entre ele e o meu marido.
Quando o show acabou, Eric e Alice voltaram
para os horrores de sua prisão auto-imposta em Hurtwood Edge. Pete Townshend do
The Who era o único amigo que se recusava a aceitar “não” como resposta e ia
para a casa com tanta freqüência que eventualmente Eric teria que vê-lo.
Pete o persuadiu a tocar em outro show
beneficente, desta vez em Finsbury Park, na zona norte de Londres. O show em
1973, divulgado como a volta de Eric, foi um triunfo. Eu estava sentada na
platéia com George, Ringo, Elton John, Joe Cocker e Jimmy Page. Eric não
parecia bem – sua dieta de viciado de junk food e chocolate fizeram com que ele
engordasse. Quando eu ouvi as primeiras notas de “Layla”, a primeira música da
noite, e depois a letra, meu sangue gelou. Ele podia ter se destruído nos
últimos três anos, mas ele não havia esquecido como tocar um coração com sua
guitarra.
Toda a emoção que eu
havia sentido por ele quando ele desapareceu da minha vida ferveu dentro de
mim. O show fez Eric lembrar que havia uma alternativa para sua vida de viciado
e ele concordou em aceitar o tratamento. Ele se livrou da heroína – e foi
direto para o álcool. Ele se tornou um visitante regular de Friar Park e
expunha seu amor por mim com vigor crescente.
Cartas chegavam quase
diariamente, e nelas ele pedia para que eu deixasse George e fosse com ele.
Enquanto isso, as coisas entre George e eu estavam indo de mal a pior. Eu não
sabia quais eram seus sentimentos em relação ao Eric quando ele voltou em
nossas vidas. Nós estávamos tão chapados na noite da festa de Robert Stigwood
que ele poderia ter esquecido sobre o confronto na névoa, mas eu acho que não.
George nunca falou sobre isso, mas depois daquela noite eu acho que ele sentiu
que podia ser tão descarado quanto quisesse ao buscar outras mulheres. Na
primavera de 1973 nós iríamos viajar juntos nas férias. No dia anterior à nossa
partida, George disse que não estava se sentindo bem e que não poderia ir. Ele
acabou indo para a Espanha, supostamente para ver Salvador Dali, com a mulher
de Ronnie Wood, Krissie.
Ronnie, então baixista do The Faces, e
Krissie, eram nossos amigos e freqüentemente vinham passar uns dias em Friar
Park. Eu estava desesperadamente machucada: outra de minhas amigas estava
dormindo com George. Quando eu o desafiei ele negou. Ao invés de viajar com
George, fui às Bahamas com minha irmã Paula, que estava lutando contra o
próprio vício em heroína. Enquanto estávamos lá recebemos uma ligação de Ronnie
Wood. Ele estava em turnê e disse que iria passar uns dias conosco. Ele não
parecia bravo com o fato de sua mulher estar com George – ele achava engraçado
eles terem ido ver Dali. Ronnie era um homem adorável, e talvez naquele momento
um pouco de diversão, risadas e um par de braços confortantes fossem o que eu
precisava.
A gota d’água para George e eu foi seu caso
com a esposa de Ringo, Maureen. Ela era a última pessoa de quem eu esperava uma
punhalada nas costas. Eu descobri através de algumas fotos que ela esteve em
casa com George enquanto eu visitava minha mãe em Devon.
Ele havia dado a ela
um belo colar, que ela usou na minha frente. Então eu os encontrei trancados em
um quarto em Friar Park. Eu fiquei do lado de fora esmurrando a porta e
gritando: “O que você está fazendo? Maureen está aí dentro, não está? Eu sei
que ela está!”. George apenas ria. Depois de um tempo ele abriu a porta e
disse: “Oh, ela só estava um pouco cansada, então se deitou”. Eu corri direto
prá laje da casa e abaixei a bandeira com o símbolo do Om que George tinha
hasteado e hasteei a bandeira de pirata no lugar. Aquilo me fez sentir muito
melhor. Maureen não estava preparada nem para ser sutil.
Ela voltou ao Friar Park meia noite e eu
perguntei: “Que diabos você está fazendo aqui?” “Eu vim escutar o George tocar
no estúdio.” “Bem, eu vou para a cama.” “Ah, bem, eu vou pro estúdio.” Na manhã
seguinte ela ainda estava lá, e eu perguntei: “Você já pensou nos seus filhos?
O que você quer? Não gosto disso.” “É complicado,” foi sua resposta. Ringo não
imaginava o que estava acontecendo até eu ligar para ele um dia e dizer: “Você
já se perguntou porque sua mulher não volta para casa de noite? É porque ela
está aqui!” Ele ficou furioso. George continuava fingindo que nada estava
acontecendo e me deixava sentir como se estivesse ficando paranóica. Eu me
sentia rejeitada e abandonada e era terrivelmente difícil falar com George. Ele
havia ficado pior no ano anterior, talvez porque Eric continuasse vindo e
deixando óbvio que queria me ver. George deve ter sentido que estávamos tendo
um caso, mas nunca disse nada. Numa noite, o ator John Hurt estava conosco.
Eric estava para vir também e George decidiu tirar a história a limpo com ele.
John quis ser educado e sair, mas George insistiu para que ficasse. John se
lembra de George descendo as escadas com duas guitarras e dois pequenos
amplificadores, os deixando no chão da sala e esperando impacientemente a
chegada de Eric – que estava de cara cheia, como de costume. Assim que Eric
passou pela porta, George estendeu uma guitarra e um amplificador a ele – como
um cavalheiro do século XVIII oferece a espada a um rival – e por duas horas,
sem uma palavra, eles duelaram. O ar estava elétrico e a música excitante. No
fim das contas nada foi dito, mas o sentimento geral era de que Eric havia
ganhado. Ele não havia se deixado irritar ou apelado para exercícios de escala
como George havia. Mesmo bêbado, ele era imbatível na guitarra. Toda a época
foi maluca. Friar Park era um hospício. Nossas vidas eram regadas a álcool e
cocaína, e assim era a vida de todos que viviam no nosso meio
Todos estávamos tão
bêbados, chapados e hedonistas quanto os outros. Ninguém parecia ter objetivos,
prazos ou nada pressionando suas vidas, nenhuma estrutura ou responsabilidade.
Cocaína é uma droga sedutora porque faz você se sentir eufórico e bem consigo
mesmo. Ela tira suas inibições e faz até a pessoa mais tímida e insegura se
sentir confiante. E nós tínhamos tanta energia – qualquer um falaria besteiras
duas vezes mais e beberia duas vezes mais porque a cocaína nos fazia sentir
sóbrios.
George usava cocaína demais e eu acho que isso
o mudou. Maconha não era destrutiva. A maconha nos anos sessenta – uma droga muito
diferente do skunk que os garotos fumam hoje – tinha a ver com paz, amor e
expansão de consciência. Cocaína era diferente e eu acho que congelou as
emoções de George e endureceu seu coração.
Na noite de ano novo
de 1973, Ringo deu uma festa em sua casa. George chegou antes de mim e, quando
eu cheguei, ele disse: “Vamos nos divorciar neste ano”. Em 1974, George contou
a Ringo que estava apaixonado por sua esposa. Ringo ficou num estado lastimável
e saiu dizendo:
“Nada é real, nada é
real”. Fiquei furiosa. Saí de mim e pintei meu cabelo de vermelho. Em junho
daquele ano, eu voltei para casa uma noite para encontrar Eric, Pete Townshend
e Graham Bell, outro músico, perambulando ao redor de nossa casa.
Eu fiz uma janta, que nós comemos entre risos
forçados, e então Eric me levou para fora e me pediu novamente para deixar
George. Nós ficamos sozinhos e juntos pelo que pareceram horas, e ele estava
tão passional, desesperado e persuasivo que eu me senti inquieta, perdida e
confusa. Eu tinha de fazer uma escolha. Eu iria com Eric, que havia escrito a
música mais linda para mim, que havia ido ao inferno e voltado nestes últimos
três anos por minha causa e que havia me balançado com seus protestos de amor?
Ou eu escolheria George, meu marido, que eu havia amado mas que estava sendo
frio e indiferente em relação a mim por tanto tempo que eu mal podia me lembrar
da última vez que ele havia me mostrado qualquer afeto, ou dito que me amava?
Naquela noite, Eric partiu e foi quase que diretamente para os Estados Unidos em
turnê. No dia 3 de julho eu contei a George que o estava deixando. Era tarde da
noite e eu entrei no estúdio explicando que estávamos levando uma vida ridícula
e odiosa, e que eu estava indo para os Estados Unidos. Quando ele foi para a
cama, eu podia sentir sua tristeza ao deitar ao meu lado. “Não se vá”, ele
disse.
Metade de mim queria ficar e acreditar nele
quando ele disse que ia melhorar, mas eu estava decidida. No dia seguinte, com
grande tristeza no coração, eu empacotei algumas coisas, disse um adeus choroso
ao Friar Park e voei para a América.
O que eu havia sentido por George foi um
grande e profundo amor. O que Eric e eu tínhamos era uma paixão poderosa e
intoxicante. Era tão intensa, tão urgente, tão avassaladora que eu quase perdi
o controle. Ao fazer a decisão de sair do meu casamento, eu sabia que estaria
com ele, iria a todos os lugares com ele, faria tudo o que ele fizesse, ficaria
com ele de todo o jeito. O que, naquela turnê nos Estados Unidos em 1974,
significava beber.
THE END*
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