quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

GERAÇÃO BEAT (4)




Jack Kerouac Illusion*(4)

Jack Kerouac*
            é errado pensar no corpo como um lugar que abandonamos                       para alçar voo até o espírito...
 
...na sua cápsula , o espírito espia lá fora a misteriosa noite estrelada e se deslumbra...pé na estrada !

Jack estava confuso no final de 1944, Ginsberg apresentava problemas de ansiedade social com seus relacionamentos homossexuais e, as coisas mais íntimas de Jack não estavam preenchendo as lacunas de sua vida .

Allen Ginsberg*

Jack pensava em fugir para a França, mas deu um tempo no apê de Ginsberg, que mostrou a Jack livros de Rimbaud, que naqueles dias de “bebop” era o “cara”, depois Yeats ,Huxley, Nistzche.

Arthur Rimbaud*

 Jack lia e, escrevia certas coisas malucas ,” O Sangue do Poeta” e cortava os dedos para mostrar sua autenticidade diante da obra.
 Jack queimava tudo que escrevia nesta fase de “estar num aposento de portas fechadas”.

Jack e Allen durante este período fizeram uma espécie de encontro de poesias , escrevendo tudo o que cruzava suas cabeças.
De tudo isso ficou um poema escrito em fevereiro de 1945 , que Jack chamou de” fanfarrinhas literárias.”

Allen Ginsberg* & Kerouac *

Muitas coisas foram ditas na Universidade de Columbia sobre estes rasgos de Jack e Ginsberg e, Allen foi suspenso da faculdade.
Jack se retirou e foi morar no apê de Burroughs.

Universidade de Columbia em Nova Yorque*

Na verdade muitas coisas obscenas foram escritas nesta fase de armadilhas da vida , tanto de Kerouac, Burroughs e Lucien Carr.

Willian Burroughs * &  Jack Kerouac*

Burroughs se envolveu com morfina em Nova Yorque, e daí em diante correu riscos , mas sem sentir o perigo escreveu estas experiências nas páginas de seu livro “Junkie”. 


Lucien Carr , ficou liberto de seus problemas com o condado de justiça , e Jack recusou a morfina de Burroughs , mas continuou em seu apartamento e, fez experiências com benzedrina.

A inquietação perambulava pelas ruas junto com eles , e era uma perturbação sem nome que eles não conseguiam definir e, com isso tudo , foram em busca de alguma coisa que os segurassem > A Literatura ..., que queimava em suas cabeças como um forno crematório de alegria e não de destruição. 

Kerouac, Burroughs & Allen Ginsberg

Jack não conseguia sair do apartamento de Burroughs,  ficava fascinado com todas as experiências e considerava Burroughs como seu professor , assim como Allen Ginsberg . 
Jean Cocteau*

Tudo isso aconteceu em Riverside Drive, misturados a livros de Jean Cocteau sobre o ópio, poetas como Baudelaire , Rimbaud, romances de Gogol, e também a literatura policial de Raymond Chandler ,James M.Cain , John’Ohara, Dashiel Hammet , tudo entre cartas de baralho e livros de artes marciais.

Raymond Chandler*

Burroughs , não tinha qualquer medo, se metia no meio da marginalia , bandidos , punguistas, viciados; um universo totalmente ensebado de muitas confusões.

Dashiel Hammett*

Burroughs não queria levar aquela vida de Harvard que era planejada da cabeça aos pés, queria sim, era viver os seus 30 anos como o cara mais velho dos amigos de Kerouac.

Todas estas experiências de Burroughs levou ele a livros que ficaram na alma de todos os Beats ,” Junkie e Naked Lunch”.

Jack vivia em extensão de tudo isso, sorvia o ar de Nova Yorque, engolia e voltava a respirar novamente.

NOVA YORQUE ANOS 40*

...o significado dos tempos /
tem a ver com todos os punhais /
com cavernas apavorantes /
rituais de serpentes /
e velhos segredos sânscritos...
                                   ( Jack)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

GERAÇÃO BEAT* (3)

       - A América construída com poesia * em madeira bizantina toda rachada-
                                                                                                                                    


-Jack Kerouac Illusion-

Nós não iremos sucumbir na Estrada, por que não temos medo de falar de nossas falhas e, assim aprenderemos a vencê-las.


A estrada não é um lugar para pessoas que querem dormir em suas tranquilas camas.”

Depois de Lucien Carr , Jack conheceu Willian Burroughs em Greenwich Village, numa tarde de mormaço escaldante, entre garrafas geladas de um bar de rua.

Lucien Carr*Jack Kerouac*Alan Ginsberg* Willian Burroughs*


Os dois esvoaçaram no primeiro encontro por entre trilhas duplas, saídas de seus pensamentos, antevendo alguns rasgos do mundo “beat”.


Lucien Carr intelectual , Burroughs sinistro, com seus 1 metro e 90 cm , e Jack que não era metido a besta enxergava tudo com os olhos bem aberto.


“O mundo é sacana “, com este pensamento os 3 foram passear no Village.

East Village- Bairro favorito de Manhatan*


Corria o ano de 1944 em Riverside Drive , os 3 comiam bifes no apartamento de Burroughs.


Problemas aconteceram nesta relação intelectual entre os 3, que repartiam mulheres ,homens, comidas e bebidas.

Riverside Drive - New Yorque*


 Os país de Jack sempre com um pé atrás, torcendo para que  seu querido filho encontrasse o casamento com uma bela dama e, se acomodasse na vida.


Em outubro de 1944 , Jack casa, e o enlace dura dois meses.


Lucien Carr estava no reformatório estadual com problemas da vida e do relacionamento com um amigo de Jack , que foi quem apresentou Lucien.


Allen Ginsberg já estava no pedaço, nas esquinas, com calouros do Campus de Columbia.


O tempo passa

e,


Lucien, já com a vida resolvida de seus arroubos urbanos, se juntou a  Ginsberg e, os dois  começaram a incendiar a Universidade de Columbia com conceitos tipo, ”pós –inteligência-pós humana”, influenciados por poetas simbolistas franceses e Dostoiéski e, assim igual a  Kerouac , Burroughs jamais conheceu alguém com Lucien Carr.

Lucien Carr - Cabeça Dinossauro da "Alma Beat"-ninguém sabe?!?!


Jack e Ginsberg no início não bateram bem, mas depois com o decorrer das digressões , uma afinidade emocional entre os dois cresceu com o passar do tempo e, com todas aquelas razões que ninguém conhece, a não ser eles mesmos.


E assim, a saúde selvagem da época, dava gargalhadas pelas ruas de Nova Yorque  quando Jack e Ginsberg resolveram juntos, tornarem-se escritores do futuro”> Mondo Beat”.


-Jack Kerouac e Alan Ginsberg" / poetas do oráculo da vida casual- 


...“para ir para o céu /por linhas tortas /
                           tenho que atalhar e me esquivar /
      de instituições, colégios e formalidades /

e, também deixar de ser bobo”...

                                                   (Jack)


                                     Continua...


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

GERAÇÃO BEAT (2)




-Em Busca da Estrada Original-

Jack Kerouac Illusion*




“Atenção, nada de estrada matemática, nada importa a não ser o afeto !


Existem poderes superiores nos escritos , vou plantar palavras no começo da primavera.


Existe sempre um conservador na espreita te olhando pela janela .”


Ônibus da Greyhound*

Jack desenvolveu sua visão pelas janelas dos ônibus Greyhound; ao sul sempre para o sul para sentir os escritos de Thomas Wolfe.

Thomas Wolfe*


Em certos lances o estilo de Hemingway , em outros a tela mágica dos cinemas;

Hemingway*


 A fantasia sempre foi sua companheira de estrada ,
 sua vida girou em torno disso , em algumas vezes para o oeste , rumo aos bosques de Maryland campo a fora , seguindo a estrada infinita , mas que recuava brutalmente quanto mais ele avançava.


Quando ele lançou o livro “Vaidade de Duluoz” , alguns anos depois ; parágrafos falavam do sonho perdido de um verdadeiro homem americano.



Rolava os anos de década de 40 , quando ele esteve na emblemática Liverpool (Vanity Duluoz) ,muito sono nos navios cargueiros , recebeu o apelido de “A Bela Adormecida,”  trabalhava no convés , e nas folgas devorava livros e dormia.


 Tentou  nestas viagens concluir seu primeiro romance,(The Sea is My Brother) sagas e lendas se misturavam na cabeça de Jack.


Nesta época num final de semana foi a Londres para sentir de perto a estátua do Almirante Nelson, no Trafalgar Square, depois vagou até o  Picadilly Circus e entrou no Royal Albert Hall... , alguém regendo Tchaikovski para os ouvidos de Jack.

Londres 1940*


Nestas indas e vindas a velha mãe sempre dizia a Jack, “estas viagens são uma tolice” , mas ele sentiu que seus pais não tinham mais condições de indicar caminhos .


 De volta a Nova Yorque ,de blusão de couro preto ,onde sempre rolava um bar com muita cerveja e, por estas e outras , encontrou Lucien Carr que iria transformar sua vida.

Jack* & Lucien*


Jack, naquele momento pensou que agonia e êxtases dostoievskianos, ficaríam longe daquelas mesas de bar > onde  achou  Lucien ... !

...para que luz no final do Túnnel... ?  (Jack)

                           continua...