segunda-feira, 2 de setembro de 2024

 

                “Sefer Yetzirah”

          O LIVRO DA CRIAÇÃO


Yetzirah”, muitas vezes traduzido O “Sefer como “Livro da Formação” ou “Livro da Criação”, é um texto fundamental na tradição judaica da Cabala. É um dos primeiros e mais influentes trabalhos da literatura cabalística e tem uma longa história de estudo e interpretação ao longo dos séculos. O livro é atribuído a Abraão e, de acordo com a tradição, contém ensinamentos secretos sobre a criação do universo e a natureza das letras e números hebraicos.

Descrição detalhada do “Sefer Yetzirah”

Conteúdo: O “Sefer Yetzirah” é composto por uma série de curtas seções, cada uma explorando conceitos místicos e metafísicos por meio da linguagem simbólica, enfocando a relação entre as letras do alfabeto hebraico, os números e as forças espirituais subjacentes. O livro é organizado em capítulos, e diferentes versões do texto podem variar em suas divisões específicas.

Cosmogonia e Criação: Uma parte significativa do “Sefer Yetzirah” explora a cosmogonia e a criação do universo. O texto descreve como Deus utilizou as letras do alfabeto hebraico, combinadas com números, para criar os elementos fundamentais da realidade. Os três pilares da criação são considerados os três “Seferim” ou Sefirot: “Sefer” (número), “Sippur” (letra) e “Sefar” (número e letra juntos).

Sefirot e Árvores da Vida: O “Sefer Yetzirah” também introduz uma concepção primitiva das Sefirot, que são as dez emanações divinas que representam as diferentes facetas da divindade e os aspectos do universo. Essas Sefirot formam uma Árvore da Vida, um diagrama simbólico que ilustra a relação entre as forças espirituais e sua influência na criação e no mundo material.

Significado das Letras e Números: Um dos aspectos distintivos do “Sefer Yetzirah” é a atribuição de significados esotéricos às letras hebraicas e aos números correspondentes. Cada letra é vista como uma expressão de uma força criativa e divina específica, e cada número tem associações metafísicas. A combinação dessas letras e números é vista como a base da criação e das relações divinas.

Meditação e Contemplação: O “Sefer Yetzirah” não é apenas um texto teórico, mas também um guia prático para a meditação e a contemplação. Ele instrui os estudantes a meditar sobre as letras e suas combinações, a fim de acessar um nível mais profundo de compreensão espiritual e experiência direta das forças divinas.

Variações e Interpretações: Há várias versões do “Sefer Yetzirah”, algumas mais curtas e outras mais longas, cada uma com diferenças na organização e no conteúdo. Além disso, ao longo dos séculos, vários comentaristas e estudiosos da Cabala forneceram interpretações e análises do texto, enriquecendo sua compreensão e influência na tradição cabalística.

Em resumo, o “Sefer Yetzirah” é um trabalho complexo e enigmático que explora a relação entre letras, números e a criação do universo. Ele serve como um marco fundamental na evolução da Cabala e tem sido uma fonte de inspiração e estudo para aqueles que buscam insights espirituais e metafísicos nas tradições judaicas.

Crítica ao Sefer Yetzirah

Embora o “Sefer Yetzirah” seja um texto venerado dentro da tradição cabalística judaica e tenha influenciado significativamente o pensamento místico, também é objeto de críticas e controvérsias. Aqui estão algumas das críticas que foram levantadas em relação ao “Sefer Yetzirah”:

1.      Obscuridade e Ambiguidade: Uma das principais críticas ao “Sefer Yetzirah” é a sua linguagem altamente simbólica e abstrata. Muitas partes do texto são difíceis de interpretar devido à obscuridade e ambiguidade de suas passagens. Isso pode levar a interpretações divergentes e a dificuldades em obter uma compreensão clara e concisa de suas ideias.

2. Origem e Autoria Questionáveis: Embora a tradição atribua a autoria do “Sefer Yetzirah” a Abraão, há poucas evidências concretas que sustentem essa afirmação. Alguns estudiosos sugerem que o texto pode ter evoluído ao longo do tempo, e a atribuição a Abraão pode ser uma tentativa de conferir maior autoridade ao trabalho.

3. Falta de Contexto: O “Sefer Yetzirah” é um texto fragmentado que muitas vezes não fornece um contexto claro para suas ideias. A falta de contexto histórico, cultural e religioso pode dificultar a compreensão das mensagens e dos objetivos do texto, especialmente para leitores que não estão familiarizados com as tradições cabalísticas judaicas.

4.                Ênfase na Magia e na Manipulação das Forças: Alguns críticos argumentam que o “Sefer Yetzirah” enfatiza muito a manipulação das forças divinas e das letras hebraicas para alcançar objetivos místicos ou mágicos. Isso pode ser visto como uma abordagem menos centrada em Deus e mais focada na capacidade do homem de controlar os elementos divinos.

5.Falta de Aplicabilidade Prática: Enquanto muitos textos religiosos procuram fornecer orientação prática para a vida espiritual e ética, o “Sefer Yetzirah” é frequentemente considerado mais especulativo e teórico. Alguns críticos argumentam que as ideias abordadas no livro podem ter pouca relevância prática para a vida cotidiana.

6.Exclusividade da Linguagem e Cultura Hebraica: Uma crítica mais ampla diz respeito à exclusividade da linguagem e cultura hebraica presentes no “Sefer Yetzirah”. Isso pode dificultar o acesso e a compreensão por parte daqueles que não estão familiarizados com o hebraico e a tradição judaica.

7. Falta de Evidência Empírica: Muitas das afirmações e conceitos do “Sefer Yetzirah” são altamente especulativos e não baseados em evidências empíricas. Isso pode tornar o texto menos convincente para aqueles que valorizam uma abordagem mais fundamentada em fatos.

Em última análise, a crítica ao “Sefer Yetzirah” não invalida sua importância histórica e espiritual para a tradição cabalística. No entanto, as críticas destacam a complexidade do texto e a necessidade de uma abordagem crítica e cuidadosa ao interpretá-lo.

Autoria incerta e falta de confiabilidade

A autoria do “Sefer Yetzirah” é objeto de debate e incerteza. De acordo com a tradição, o livro foi atribuído a Abraão, o patriarca bíblico, que teria recebido revelações e ensinamentos místicos diretamente de Deus. No entanto, essa atribuição é amplamente contestada por estudiosos e pesquisadores.

Na verdade, a verdadeira autoria do “Sefer Yetzirah” é difícil de estabelecer devido à falta de evidências históricas e documentais. Muitos estudiosos acreditam que o livro pode ter sido compilado ao longo de um período de tempo, possivelmente a partir de diferentes tradições e influências. Além disso, a linguagem simbólica e abstrata do texto torna difícil determinar uma data de composição precisa ou um autor específico.

É importante reconhecer que o “Sefer Yetzirah” é mais do que um trabalho atribuído a uma única pessoa; é um produto da tradição cabalística judaica que evoluiu ao longo dos séculos. Várias versões e interpretações do texto existem, e muitos estudiosos e cabalistas contribuíram para a análise e compreensão do “Sefer Yetzirah” ao longo da história.

Em última análise, a atribuição a Abraão é uma crença tradicional dentro da tradição judaica, mas também há muitas perspectivas críticas e acadêmicas que questionam essa atribuição e exploram outras possibilidades sobre a origem e autoria do “Sefer Yetzirah”.

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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

DAVID CROSBY (IN MEDIA TRAINING)

 

DAVID CROSBY*

A DOUTRINA DO VOCAL*

AMARGURA TOTALMENTE GENIAL

 


     

 Nasceu em  Los Angeles > 14/08/1941 -                                                               

  Descubro que Crosby nasceu em Los Angeles, me vem a mente os escritores geniais dos Estados Unidos onde surgiu o “Noir Fiction”, “Crime Fiction” ,” Screenwriter”, James Ellroy (Los Angeles), Edward Bunker (Los Angeles), J.F. Freedman (Los Angeles) , Raymond Chandler ( Chicago ), Dash
 Hammett (Maryland ), Ross MacDonald (Los Gatos – Califórnia ) .

   Crosby, era filho de cineasta (Floyd Crosby), e sempre teve este ar de dignidade olhando para frente. Por isso quando ouço Crosby e seus vocais fora da lei, penso nestes escritores que leio e releio até hoje

.Desde cedo Crosby gostava de música folk, enquanto o mundo se entendiava, Crosby tocava nos circuitos da California, Nova Yorque, como cantor e violonista.

Os temas folclóricos iluminava Crosby , e seus acordes pareciam que tocavam o mundo com um dedo.

 Fez parte de um grupo intinerante chamado Les Baxter’s Balladeers , e seu amigo de rua era um cara chamado Jim McGuinn , que abria os shows de Bob Darin nos cabarés de Los Angeles tocando musicas dos Beatles com um violão de 12 corda.

Era uma obra de “littérateur”, então Crosby que sempre entendeu muito de harmonizações foi chamado para participar das apresentações e arrumar os vocais

Resolveram sair daqueles shows de Bob Darin , devido ao fato de suas janelas musicais ficarem sempre fechadas , ao invés de lhes trazer inspirações , cortavam suas azas.

Convidaram então um músico caipira para fazer parte da banda de nome Chris Hilmann que trouxe junto para o baixo Mike Clarke.

Pronto, aí estava nascendo os Byrds, que antes se chamou Jet Set.

Crosby, no início ficava meio de lado, não aparecia muito, era o homem do vocal por sua voz rara, tanto aguda, como grave /media  afinação perfeita.

Era tipo assim um pomar de vozes, que Crosby derramava por sobre os Byrds, mas sempre na sala de baixo com um muro que cerca o jardim de toda aquela maravilha de vozes tortas e dissonantes.

 

Crosby também começou a se revelar um compositor de letras políticas bem feitas e, começou a ser celebrado fora da banda.

O rapaz que usava capa de veludo nos Byrds , que servia verdadeiros banquetes de vocal ao grupo , e que ninguém dava muita atenção, acabou se transformando numa das figuras principais da banda (Byrds).

 

 

The BIRDS


1964 – Byrds,  assina com a Columbia e, no ano seguinte gravam seu primeiro lp’ - quando Bob Dylan levou a eles em Los Angeles o clássico Mr.Tamborine Man, que Dylan já tinha gravado e só não tinha lançado.

Bob Dylan era amigo do produtor e gostou do ensaio dos Byrds , pronto estava feita a estrada.

 


DYLAN*

 


Mr. Tambourine Man , foi lançado em compacto pelos Byrds, e virou sucesso instantâneo.


A Banda já tinha uma identidade nos vocais (Crosby) diferente e, que deu a canção de Dylan grande sucesso, mas sempre apareciam “buracos” na banda , tudo era muito tumultuado com os componentes saindo e entrando que não se conformavam com a linha comercial traçada.

 

O segundo disco da Banda , o memorável “Turn!Turn!Turn! , foi lançado dez meses depois , foi um dos discos mais vendidos dos Byrds .

 

 

 

O trecho da Biblia tirado para a canção (Eclesiastes 3:1-8), a gravadora considerou muito forte para a época do “flower power de tudo numa nice!”

Os Byrds não gostaram de como a gravadora reagiu, pois  foi a  da banda, que transformou a canção no que seria o inicio do folk rock.

 


No trabalho seguinte, os Byrds continuaram na sua estrada de experiências eletrônicas com o disco 5th. Dimension (temas espaciais), com alterações da estrutura espaço /tempo , foi chamado pela história americana como o “Rubber Soul” dos Yanques (foi proibida nas emissoras americanas por supostamente veincular este trabalho com “baratos afins”.

 A faixa que mais levou a isso foi a canção “8 Miles High”, e que abriu no dizer dos americanos para o “Acid-Rock” da banda Jefferson Airplane e outras da mesma levada.


 JEFFERSOM AIRPLANE

David Crosby, neste trabalho, precisamente na canção “What’s Happening”, fez sua primeira gravação sozinho , tocou uma guitarra que imitava uma cítara e, abriu a passagem para outro caminho que os editores de música chamaram de “raga-rock”, (música oriental misturada com a ocidental). Este disco foi sucesso, chegou aos primeiros lugares da parada americana.

 

A banda começou a viajar para todos os cantos da América; Gene Clarke começou a ter sonhos de fantasmas, humor negro dentro dos aviões, tudo isso, mais o medo de avião , fez que Gene se afastar da banda.

 

Crosby então passou para o segundo lugar na banda, aumentou sua influência e a mesmo tempo seu antagonismo com McGuinn.

 

Seus planos divergiam – Crosby continuava explorando o West Coast Sound, com idéias mais politicas e sociais, McGuinn mandando ver no seu rock-ficção científica .


DAVID CROSBY*


 Crosby então começou a se interessar por grupos mais dentro do que ele estava pensando em termos de música , Jefferson Airplane e Búffalo Springfield , conversava sobre músicas mais com eles do que com a banda Byrds.

 

 BUFFALO SPRINGFIELD

1967 – O Pau Quebrou entre eles, furiosamente , egos e mais egos em conflitos diariamente . As apresentações ao vivo era um horror , uma irresponsabilidade total e desnuda . McGuinn e Hilmann fumavam no palco e olhavam para o relógio, quando Crosby solava com sua garra e emoção fazendo o público vibrar.

 

Chegaram ao ponto final quando gravaram o lp’ “Younger Than Yesterday”, que teve uma vendagem expressiva no ano de 1967.

 

Nesta oportunidade Crosby fez uma canção de nome “Triad” que relatava uma caso a três , McGuinn , recusa e não grava.

 

ROGER MCGUINN & DAVID CROSBY*

 Esta canção depois foi levada por Crosby a banda Jeffersom Airplane.

Outra canção do Crosby que foi então gravada, mas que McGuinn detestou tinha o nome de “Mind Gardens”; Crosby já estava colocando em prática seu estilo totalmente diferente dos Birds e que desenvolveria depois com o Crosby/Stills/Nasch & Young.

.

NASCH * CROSBY * YOUNG * STILLS *

 


David Crosby naquela fase,  acusou McGuinn de ser um jogador comercial para continuar faturando em cima de Dylan , com a canção “My Back Pages” , que foi incluída no lp’.

 

A briga foi total, fechou o clima , bate bocas infernais , certo dia Mc Guinn chegou no seu Porche , junto com Chris Hilmann ,e disse que Crosby era maluco, e que era impossível trabalhar com êle , que Crosby não cantava nada, fazia sons que ninguém entendia, vocais difíceis  de realizar e que os Byrds ficaríam melhor sem David Crosby.

 

Crosby saiu , cansou daquelas perguntas : - O que quer dizer isso ? O que significa aquilo ? O que isso simboliza ? Esta voz será que é ?

 

A CBS entra no jogo e compra o artista solo David Crosby.

 

Nesse meio tempo a banda Búffalo Springfield se dissolve e Crosby começa a se encontrar e tocar com Stephen Stills ex-Búffalo  -  e, se tornam grandes amigos.

 

CROSBY

A  CALIFÓRNIA  CROSBY , temas que  ocupam o pensamento de homens inquietos, o Urso como símbolo , o deserto de Mojave , Los Angeles a capital mundial de comer dentro do carro, cidades que serviram de inspiração para várias histórias , Pasadena , Long Beach , o Oceano Pacífico onde desembocou o sonho de muita gente, onde o índio Tesuque escreveu "quem vence o medo é livre",  onde a Banda Eagles fez a música "Take it Ease", onde tem um Gran Canion de 465 km  de comprimento , onde existe uma floresta de pedra  dos "Cowboys Durões , onde John Fante lançou no deserto seu primeiro livro, onde cantaram 

The Mamas and Papas , a Califórnia Dreaming, onde Steve Maguinn , rodou a 300 por hora no filme "Bullit",onde Jack Kerouac dormiu nas areias do oceano Pacífico , onde Peter Fonda ,Denis Hopper  transitaram com suas motos ao som de "Born To Be Wild" da banda The Byrds, onde existe um " Tesouro Cheio de Partituras ", onde nasceu a idéia da " Route 66 ", (Tulsa) , onde tem uma cidade que tem a forma de uma panela, uma terra descoberta , cultivada e explorada da maneira mais sacrificada possível.
...e assim vai... o vento levando aquela pó todo final de tarde para as ruas de LOS ANGELES A TERRA DE CROSBY*...


 
THE END*


DAVID CROSBY*



 

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 31 de julho de 2024

STILINGUE OCULTO ( IN MEDIA TRAINING* )

 


A ÁRVORE DA VIDA...

AS COISAS MAIS BONITAS DO MUNDO SÃO OS SONHOS...

 

 


 

... é um sistema cabalístico (relativo a ciências ocultas) hierárquico em forma de árvore, que é dividida em dez partes, ou dez frutos que são emanações ( Deus não participou diretamente na criação; fê-lo através de Suas emanações) de um princípio que permanece não manifestado e é incompreensível à inteligência.

 

Destes princípios emanam os SEFHIROTH em sucessão e esta sucessão de emanações forma a Àrvore da Vida.

Representação gráfica da hierarquia entre os membros de uma família em uma escala mundial. Seus antepassados , são nossos antepassados (...) nos quais vamos buscar a profundidade do tempo da nossa árvore genealógica )

 



 

Sefhiroth emanados são

 

1.KETHER – Coroa

2.CHOKMAH – Sabedoría

3.Binah – Entendimento

4.CHESED – Misericórdia

5.GEBURAH – Julgamento

6. TIPARETH – Beleza

7.NETZACH – Vitória

8 HOD – Esplendor

9.Yesod – Fundamento

10. Malkuth – Reino

 

Esses frutos têm sentido ambíguo, podendo eles ser interpretados tanto como estado do todo, do universo, como podem ser lidos como estados de consciência.

 


Ou seja, podem ser lidos tanto microcosmicamente, do ponto de vista do homem, como macrocosmicamente, ou seja, do ponto de vista do universo em geral.

 

Macrocosmicamente, a Árvore deve ser lida de cima para baixo, e microcosmicamente, deve ser lida de baixo para cima.

Macrocosmicamente, a Árvore começa em Kether, que é a centelha divina, a causa primeira de todas as coisas, e desce na árvore tornando-se coisa cada vez mais densa.

Esse é o método cabalista de explicar a criação do mundo, e contrasta com o método científico do mesmo.

 

A última sephirah é Malkuth, a matéria densa, o último estado das coisas. Microcosmicamente, subindo na Árvore, partindo de Malkuth, o homem aproxima seu estado de consciência elevando-se cada vez mais próximo de Kether.

Então, a Árvore da Vida tanto pode ser usada para explicar a criação do Universo, como para hierarquizar o processo evolutivo do homem. Por isso, a Árvore da Vida é usada como referência em várias ordens de magia, para classificar seus graus.

 



A imagem do homem subindo na árvore esta fundada numa antiga crença, segundo o qual a alma emana originalmente de D us, e desce à terra, encarnada num corpo físico.

A sequência das sephiroth na Árvore se dá pelo movimento do Relâmpago Brilhante. Sua sequência é a seguinte:

 

Kether - Coroa

 



Kethe Coroa se situa na posição central superior da árvore. É a coroa. É o potencial puro das manifestações que acontecem nas outras dimensões. Representa a própria essência, atemporal e livre. É a gênese de todas as emanações canalizadas pelas outras Sephiroth.

 

Chokmah - Sabedoria

 



Chokmah se situa no topo da coluna direita, o pilar da misericórida, é conhecido como Abba, o grande Pai. É a sabedoria. Chokmah é a energia pura ainda não materializada. Tem caráter masculino e infinitamente expansivo. É o salto quântico da intuição, que deriva as manifestações artísticas. Analogamente, é o lado direito do cérebro, onde flui a criatividade e o mundo das idéias.

 

Binah - Entendimento

 



Binah se situa no topo da coluna esquerda, o pilar da severidade, é conhecida também como Amma, a grande Mãe. É o entendimento. Binah foi a primeira manifestação da forma sobre a força (Chokmah). Ela fez com que a força infinita de Chokmah se tornasse limitada, e com isso, equilibrando-se reciprocamente com ele. É a lógica que dá definição à inspiração e energia ao movimento. Analogamente, é o lado esquerdo do cérebro, onde funciona a razão, organizando o pensamento em algo concreto.

 

Chesed - Misericórdia

 



Chesed se situa abaixo de Chokmah. É a misericórdia. Representa o desejo de compartilhar incondicionalmente. Representa a vontade de doar tudo de si mesmo e a generosidade sem preconceitos, a extrema compaixão.

 

Geburah - Julgamento

 


Geburah se situa abaixo de Binah. É o julgamento. Representa o desejo de contenção e de questionador de impulsos. Canaliza sua energia por meio de objetivos, com o intuito de superar obstáculos e transformar a própria natureza.

 

 

 

Tipareth - Beleza

 



Tipareth se situa abaixo e entre Chesed e Geburah. É a beleza. Transforma em beleza Chokmah, Binah e Kether. A sabedoria e o entendimento, com a luz do conhecimento. Representa a divisão da árvore em macroposopos e microposopos.

 

Netzach - Vitória

 


 Netzach se situa abaixo de Chesed. É a vitória. Netzach é a energia dos sentimentos. Existe a vontade de reciprocidade, a busca pelo próximo e a superação dos próprios limites, propagando o pensamento eterno. Funciona como o princípio fertilizador do espermatozóide masculino.

 

Hod - Esplendor

 



  Hod se situa abaixo de Geburah. É o esplendor. Hod representa o pensamento concreto. É um canal de aprimoramento interno, de identificação com próximo, sendo uma forma de aceitação do pensamento, de reconhecimento. Funciona como o princípio receptivo do ovócito (ovo cósmico –origem dos seres vivos) feminino.

 

Yesod - Fundamento

 





Yesod se situa abaixo e entre Netzach e Hod. É o fundamento. Yesod representa o Plano Astral. Funciona como um reservatório onde todas as inteligências emanam seus atributos que são misturados, equilibrados e preparados para a revelação material. É compilação das oito emanações.

 

Malkuth - Reino

 



Malkuth se situa na posição central inferior da árvore. É o reino. Representa o mundo físico, onde é revelado o material compilado das oito emanações. É o canal da manifestação, desejando a recepção das sephiroth. É a distância de Kether que provoca esse desejo, criando a sensação de falta.

 

Daath - Conhecimento

 



Daath se situa abaixo e entre Chokmah e Binah. É o conhecimento. Representa uma falsa sephirah porque não é uma emanação independente como as outras dez. Ela depende de Chokmah e Binah. Também é considerada como a imagem de Tipareth. É o abismo, o caos aleatório do pensamento.

 

Características da Árvore

 



Sendo as sephiroth do pilar da severidade muito femininas e as sephiroth do pilar da misericórdia muito masculinas, não existiria estabilidade no universo sem o pilar central, que age como o mediador entre eles. Dessa forma, a junção entre Geburah e Chesed gerou Tiphareth. E a junção entre Hod e Netzach gerou Yesod. Logo, Binah é o oposto de Chokmah, assim como Geburah é o oposto de Chesed, e Hod, o oposto de Netzach. Em verdade, cada linha horizontal da Árvore é emanada pela linha horizontal que lhe é superior, e emana a linha horizontal que lhe inferior.

 

Logo, Kether emana tudo, mas não recebeu emanação de nada, e Malkuth não emana nada, mas recebeu emanação de tudo, sendo essas emanações sempre de cima para baixo. Cada sephirah tem suas correspondências astrológicas, com deuses pagãos, com pedras, plantas e etc.

 

Por exemplo, Geburah é a sephirah da severidade, da justiça, logo, tem correspondência com Marte, planeta relacionado pela a astrologia com a guerra.

 

Sua divindades correspondentes são todos os deuses pagãos relacionados à justiça e à guerra. Já Netzach é da esfera de Vênus, por sua natureza emocional.

 

Epílogo : SIGNIFICADO DE ÁRVORE

 

Num simbolismo que abrange os três níveis do cosmo, a árvore transmite fundamentalmente a ideia de símbolo da vida em perpétua evolução.

As raízes profundas que mergulham no subterrâneo explorando as profundezas de onde buscam o sustento, depois o tronco e os galhos inferiores se entendendo sobre a superfície da terra e finalmente a copa e os galhos superiores alcançando as alturas e recebendo as energias celestes e a luz do sol.

É um emblema que reúne todos os elementos, a água que circula em sua seiva, a terra que se integra através de suas raízes, o ar que lhe nutre as folhagens e finalmente o fogo que pode produzir ao esfregar de seus galhos um contra outro.

Abrange também em seu aspecto um simbolismo de transformação, morte e regeneração.

A verticalidade também faz parte de sua expressão. É considerada símbolo das relações entre a terra e o céu e daí vem o sentido de centro; a Árvore do Mundo como sinônimo do Eixo do Mundo.

 

Encontramos também associação da Árvore da Vida com a manifestação divina nas tradições cristãs quando se fala na Gênese, na primeira aliança, na cruz ou na nova aliança que regenera o homem.

Buda também alcançou sua iluminação debaixo de uma árvore.


Nas lendas de vários povos desde o oriente ao ocidente encontramos também uma representação e um simbolismo de árvores-mãe e árvores-pai, essa ambivalência varia de acordo com a crença local onde, para alguns, a árvore abriga os germes da criação do homem, a seiva da vida e do próprio ser, originando assim lendas e mitos relativos à criação; por outro lado, seu aspecto de verticalidade, o romper do solo e a busca pela ascensão, traduz para outros tantos um simbolismo fálico, másculo, enérgico e viril.

 


Eterno X do Universo 


O  BOM  COMBATE

A  VOLTA  PRA  CASA

&

 GUARDAR  A  FÉ !