sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Sorriso*



                                                                
.


CINEMA IMPERIAL


         - O SORRISO DA LORENA !

                                               by necCast


Isto aconteceu antes dos Beatles e

 dos Rolling Stones; Lorena não era

 morena nem “lora”, era sobrinha do

 dono do Cinema , e não existia Pedro

 Almodóvar.

 

Nessa época tudo era platônico, as

 ruas eram imensas, os dias eram

 lentos , os picolés não derretiam tão

 rápido, e o cinema era o caminho para

 as estrelas.

 

Dóris Day, Joan Fontaine, Ingrid

 Bergman, Lis Taylor, brigitte , Diana

 Doors , Sara Montiel, Sandra Dee...

 fazia a gente vicejar, naquela época

 que ainda não existia o “tal” do

 amargo regresso”.

 

Dentro de nossas cabeças não existia

 ainda estes diretores “antoniônicos

 babenquíssimos”, e nem a “prima della

 rivoluzione”!

 

Éramos todos livres ao som de Bill

 Halley e seus Cometas !

 

O Volnir , vendia pipocas na frente do

 Cinema Imperial, e era apaixonado

 pela Lorena , menina classe média

 alta, com o” referendum” máximo ,

 pertencia a “Famiglia” donos do

 Cinema.

 

Naquelas tardes quentes da pça.

 Arnaldo Bard, o Volnir viajava,

 falando da Lorena , o amor

 impossível, pois a Lorena tinha

 nascido para casar com o Alain Delon

 , e não com o Volnir.

 

 O Volnir naquela ânsia absoluta,

 fazia pipocas sem parar, e sem querer

 nos dava toda “panelada” quentinha

 gratuitamente sem nos cobrar nada,

 “era tudo de bom”, a gente ouvia ele

 falar da Lorena e ainda comia

 aquelas pipocas inesquecíveis.

 

Me lembro como se fosse agora, fui

 ao cinema naquele fim de semana

 para assistir o filme “Janela

 Indiscreta “com a Grace Kelly , e

 entrei pelo lado esquerdo do cinema,

 pois a Lorena tinha lugar reservado

 no começo das poltronas da sala de

 cinema , que naquele tempo eram de

 madeira.

 

Lá estava a Lorena... Jean Simmons?

 Simone Signoret? Monica Vitti? era

 muito mais que isso, era a sétima arte

 materializada, sentada nas cadeiras

 do cinema.

 

O Volnir tinha razão, naquela cena do

 filme “Os Dez Mandamentos” , quando

 “ O Mar Vermelho” se abre, com

 certeza, ele se abriu para passar a

 LORENA !

 

Mas, o mais interessante de tudo , era

 que toda beleza da Lorena e de

 todos os papos do Volnir se

 compactavam no “Sorriso da Lorena”;


era ali que estava situado toda

 magia

e a beleza da Lorena.

 

Musa ..., pronto..., a Lorena virou a

 primeira confirmada daquela cidade

 coberta pelo pó de cimento que caia

 sem parar nas tardes de verão e que

 os pés dAS laranjEIRAS ficavam

 cobertos por aquele cinza do

 Cimento Votorantim.

 

Mas tudo era festa, pois os nossos

 pulmões estavam cheios de LORENA!

 

Naqueles tempos , o sol não era tão

 forte , quando ele batia nas árvores,

 as sombras ficavam maiores que as

 próprias árvores, então todos nós

 ficávamos em baixo daquelas

 sombras gigantes , falando da

 Lorena , que

naquele instante já não pertencia

 mais ao Volnir , mas a todos nós... o

 Xenofonte, o Gabriel, o Ernani,  o Rico

 (estudou pra Pe.) e eu !

 

Entrar no cinema pelo lado esquerdo,

 se transformou numa coisa “fashion”,

 todos os antenados e modernos

 entravam pelo lado esquerdo ,os

 guris as gurias , as famílias mais

 avançadas entravam pelo lado

 esquerdo... já..., o lado direito se

 transformou numa coisa “desligada

 da tomada”, pois não tinha a “luz” do

 sorriso da Lorena.


mas...

O TEMPO PASSOU COMO UMA FLEXA >

e o tio FRAINER da lorena, inventou 

de fazer outro cinema , e fez!

... e aquele local juvenil do cine 

 imperial , perdeu para sempre o

 sorriso

 da lorena...   



Quando a “Famiglia” , inaugurou outro

 cinema na cidade, (cine Palácio) a

 Lorena lançou uma “bomboniére”, na

 ante sala , com balas de todos os

 gostos. 

A GENTE COMPRAVA MUITA BALA D ORTELÃ*

 

Aquilo foi uma novidade, e a Lorena,

 atendia a todos nós, com seu

 incomparável sorriso,”Sempre aos

 Domingos”!


 

A Lorena deixou de frenquentar o

 antigo cinema, nós todos também

 ,aquele velho cine , ficou escuro, os

filmes caíram de nível, outras

pessoas começaram a freqüentar ,

 nem sabiam da Lorena e de suas

 platônicas histórias, o Volnir ficou

 com seu carrinho de pipoca,

 triste ,mas sonhando com o dia da

 volta da Lorena , que não aconteceu.

 

Entrar pelo lado esquerdo do cinema,

 teve continuidade  no Palácio, antes

 porém todos passavam na

 “bomboniére” para ver a Lorena, e

 comprar as balas de hortelã e dar

 uma olhadinha naquele sorriso

inesquecível ... 

 

Este “lance” do lado esquerdo ficou

 plasmado em mim , e a culpada foi a

 Lorena , sempre votei na esquerda, na

 sala de aula ficava sempre do lado

 esquerdo, caminho sempre pelo lado

 esquerdo, a mão dos acordes é a

 esquerda... nada de ideológico... a

 Lorena era só sorriso...e deixou em

 nós esta “esquerda festiva beleza”,


 que foi feito em nome do amor da

 fantasia, das ilusões, de um tempo

 cinemascope , dos Cavaleiros da

 Távola Redonda, com Robert Taylor /

 Elisabeth Taylor/ Volnir / Eu / Gabriel/

 Chenofonte /Ernani, Rico e e o sorrizo

 da Lorena !

 

A Lorena não pertencia a nenhuma

 “turminha” .


A Lorena se estendia de um horizonte

 a outro .

A Lorena preencheu todas as lacunas

 de uma época breve.


Todos os domingos não era dia de

 Cinema , era dia de Lorena.


A Lorena foi responsável pela criação

 do lado esquerdo.

A Lorena transformou o cinema num

 fashion week.

A Lorena sempre esteve no cinema

 perto da minha casa.

 




Lorena,  quando Marylin Monroe



   Lorena, enquanto Natalie Wood


       Lorena,  de vez em quando Brigitte Bardot



           Lorena,  Diana Dors




Lorena,  foi Grace Kelly





Lorena,  francesa Marie Laforet




LORENA, FOR EVER EVER... SANDRA DEE !




THE END !

sexta-feira, 11 de junho de 2010

NINA*

“NINA"

“Estou a subir por esta escada de mão /

Já tenho a cabeça nas nuvens /

Espero que tudo isto tenha algum sentido /
Mas tenho minhas dúvidas ... (Neil Young)


Foto Neil Young ROCK IN RIO*
ZERO HORA
SEGUNDO CADERNO
Segunda-Feira , 22 de Janeiro de 2001


FOTO ZERO HORA/ 2 ºCADERNO /2001

Nina, em pleno " campo de batalha" ROCK IN RIO/2001


O ROSTO DA PAZ*
TEXTO ZERO HORA 2º CADERNO / 2001

A porto-alegrense Nina Castillos, 28 anos, tentou ser a cara do Rock In Rio 3 – por um Mundo Melhor.No lado direito do rosto, pintou uma pomba com uma bandeira do Canadá no bico , no lado esquerdo a inscrição “Peacew With Neil Young”(Paz com Neil Young).

- Vim assistir ao Neil e aos Engenheiros do Hawaí. Estou louca para ouvir Infinita Highway e Perfeita Sintonia. Nina enfrentou 25 horas de ônibus ,sozinha.

Para estar no penúltimo dia do festival.

Imagina: quando o Neil Young e o Humberto Gessinger vão cantar de novo no mesmo dia? Não podia perder.


Obs: Nina as 18:30 estava em frente do portão que dava acesso ao Rock In Rio, quando o portão abriu todos entraram em “olímpica” corrida, ela conseguiu ficar na primeira fila, frente ao palco em que se apresentou Neil Young ; 180.000 mil pessoas estavam presentes quando Neil abriu sua guitarra junto com o “Crazy Horse”, naquela noite histórica. Dave Matthews Band,Sherryll Crow, também se apresentaram. A parte nacional foi dos Engenheiros, Zé Ramalho, Elba ,e Kid Abelha. Tudo terminou as 6 horas da manhã e o pessoal que colocou ela no ônibus para ir até a Rodoviária do Rio, foi o fã clube dos Engenheirosi, pois ela não sabia pra que lado a coisa ía...; o local foi Jacarepaguá além do Projac, nos confins do RIO...ela colocou sua canga no chão do ônibus lotadíssimo, e dormiu até chegar na rodoviária, quando alguém avisou:
"hei gaúcha, chegamos na Rodoviária"...ela pegou ônibus pra Sampa... depois.., desceu na rodoviária,. Pegou o metrô , desceu na Barra Funda e foi a pé até o bairro de Perdizes,para enfim chegar na casa do mano,quando ela desembarcou em Sampa com a camisa do “Eu fui ao ROCK IN RIO”, todo mundo aplaudia, saudando ela como heroína...valeu! Parabéns todos gritavam...ela estava completamene “ prá lá de Marrakesch”com as tintas da pintura no rosto escorrendo, a roupa totalmente suja,e caminhava bem devagar, pois estava com 39 graus de febre....depois de uma semana voltou para a nossa tão amada Porto Alegre. Viva!!!

Foto da nina


Se não fossem estas latas de leite Pelargon que ela tomou quando criança, não teria agüentado a “guerra civil” de Neil Young.

Esta é a Nina, minha querida mana/
“Uma ambulância só serve para andar depressa /
É fácil enterrarmo-nos no passado /
Ao fazer-mos tudo para que uma coisa boa não acabe” .
(Neil Young)

Ela sempre me cobrou um “papo” sobre ela, já tinha feito uma música pra ela , quando da apresentação do HALLAI no Colégio das Dores..(década de 80).



                          
 Hallai, no Colégio das Dôres(1980 –década)) necão,paulinho,jorge& robson

“Um beijo gaúcho pra você, maninha /
Um beijo alongado bem devagarinho /
Um abraço com o vento /
Um aperto de mansinho /
Uma balada da estrada desse teu maninho /
uh, uh , uh !!!!


Manhãs de sol esperam o teu regresso/
Lábios de verão é teu Porto Alegre ...
E o azul do sul te espera nas co... xi... lhas ..
Beijos.......... (vocal)


( esta música tinha um magistral vocal...na voz solo do Robson que ficou registrada nas paredes do Ginásio da Dores).
Não sei se ela vai gostar disso tudo ela é escritora, poeta,chorona,ciuuuuuumenta ,..”não sei se falo da esquerda “ATÉIA” alimentada pela direita do “em cima do muro”...mas aí eu teria de usar uma dose considerável de ironia e non sense...sei lá !
Quem sabe eu falo dos gatos dela ,como o tema do dia..., agora com mais 2 cachorros e a famosa “Pamonha” cheia de algazarras !
...Quem sabe da mais revolucionária das cenas da Rússia pagã, que na verdade era uma partitura de balé...!


Nina ,no Colégio Bom Conselho, ensaiando uns “passitos” do balé russo.
Quem sabe eu digo pra ela que estou entupido com uma rolha católica de 2000 anos, e tenho que tomar algum laxante... vou indo , tenho que achar um jeito de não decepcionar minha lôra !
Já sei a Revolução Farroupilha : SANGUE , CULHÃO e CHARQUE...ela vai rir muito da minha cara .
Há ...os tribunais , ela gosta desse assunto...mas o que são os tribunais ;...lugares onde o final é escrito primeiro e tudo que vem antes não passa de comédia.


Desde criança ela já era invocada (criança/1970)


Quem sabe escolher entre a merda fria e a merda quente, ... daquelas tarde no bairro Guarujá , em que a gente ficava procurando motivos para viver em Porto Alegre.


Não isso não,...é melhor falar dos professores brasileiros, que gostam de que nossa literatura seja clara, fria , pura e inteiramente morta.


Nina, te falei que não seria fácil ,...mas tem uma que eu descobri que tu vai gostar, o grande Sinclair Lewis no começo de sua carreira de escritor , não conseguia vender suas histórias...então o que ele fez?
Dava elas para Jack London , he he he,...que em troca dava-lhe algum dinheiro. Será que estas revelações só acontecem na América ?

Nina , estou em busca dos 15 minutos de explendor e não consigo,mas vou terminar com aquela frase do Lobo Antunes , vou parecer um intelectual e por fim estarei a tua altura..., perguntaram a ele assim ...
O que é Pátria ?
 Resposta: A Pátria é onde tudo é feito as escondidas, o lugar das traições e da hipocrisia, onde choram os crocodilos...


Nina, John Lennon escreveu um dia , que a mulher é o “negro” do mundo, por mais que busque nos meus pensamentos , não vou encontrar nos itinerários das coisas que eu li , e que vivi, palavras que possam definir tantas aflições e interrogações que aconteceram em tua vida, e que a psicanálise não pode ainda descobrir. Quem sabe o final de “Lost”possa responder pra ti, todas as perguntas de uma vida inteira de muitas margens e poucos horizontes, tudo isso a muito custo .

Será que o mundo avança de marcha ré ?!?!?!?


MAS UMA COISA EU TE GARANTO , SÓ FALTA AGORA A GENTE SER FELIZ ..., SABE AONDE ? EM PORTO ALEGRE !


( não pode faltar aquêle “solinho”)


Tchurururú...rurú...rurururu..tãm tam tam tam tam tam


Tam tãm...


Tchau!!!!!!


YOUNG BLUES
Dedicado a Neil Young
By Nina/1980*

O Rei esteve cantando/
Tudo a seu tempo.

Cantava suas canções/

Que ao longo dos dias ia inventando.

Mas agora , o Rei está mudo/
E já faz algum tempo que não mais /
Conseguimos ouvi-lo.

Mas realmente não importa Baby/
Que hoje em dia ele não consiga mais cantar.

Só quem vê olhos pelas frestas do chão
Pode ver seu rosto e sabe o que ele foi.
Poderá segui-lo, mesmo sabendo que ele segue
Na sua estrada/mas é atraz de si mesmo/
Embora isso não seja visível.
Hoje em dia ele não mais consegue cantar
Mas isso não importa mais Baby/
Pois sabemos que o Rei não será esquecido/
E que há de voltar dele mesmo muito em breve/
E surgirá diante de nós /
Com um sorrizo para o nosso olhar !
Quem quiser seus sonhos seguir
Basta ir atrás da Mãe natureza/
Que está a fugir cada vez mais rápido...

Ou talvez procurar as naves prateadas

Que explodem nos céus, sem que nossos olhos vejam
E quando alcançarmos toda essa magia, Baby !
Vamos captar a sua mensagem.
Grande Nina !!!!!!!!
Klap...klap...klap... bis !!!!!!!


quinta-feira, 3 de junho de 2010

O AÇUCAREIRO / SUGAR BLUES
                                             by necão*

Nas paredes dos anos cinquenta,aquele zumbido da mamangava sobre as flores do maracujá enrolado na parreira. Aqueles tempos entravam na minha casa de um modo indiano, quando falavam que o elefante nascia velho.
No quarto da frente , após o abrir da janela , aquelas hortências azuis , recebiam todas as manhãs, aquele banho de mijo do mais branco urinol de uma família feliz.

Foi no primeiro café da manhã da minha infância ,que eu notei aquela “LÂMPADA DE ALADIM”, sobre a mesa redonda da cozinha.
Era o açucareiro, naquele formato das “MIL E UMA NOITES”, cheios de mistérios,  mas com uma exatidão mais ou menos milimetrada.
Pela manhã e no meio da tarde , depois de passar no armazem do “seu” Vitorino, para comprar aquele saboroso pão doce e o indefectível “um oitavo de manteiga” RAINHA DO SUL, eu encontrava na mesa aquele planeta de açúcar sempre cheio.

O café tá na mesa “anunciava a mama”, e nós saíamos em desabalada corrida para ver quem chegava primeiro naquela mesa farta sob o comando daquele histórico açucareiro.

O café no bule, o leite naquela panela de alumínio grande, e a mesa bem posta, com queijos, salames , pates, e com um pão feito em casa para dar conta daquela fome infantil de toda uma geração.
O açucareiro não parava, voava como um “tapete mágico” de mão em mão ; ora para colocar no café,ora para colocar açucar em cima da manteiga do pão.

Era uma festa branca ; energía pura !

Depois ,(-) aquele pátio, onde não tinhamos nada a perder , só a ganhar.

Bananas com laranjas, ameixas com goiaba, alface com repolho, laranja do céu com maça, peira de pau ao lado da porta dos fundos.

E no final da tarde aquele encher da tália com água do poço numa marcha lenta e preguiçosa.

A noite chegava inteiramente justa, e aprofundava nossas raízes naquele terreno fecundo e sólido.
“Floradas na Serra” era o filme que passava no Imperial, que já anunciava “O Cangaceiro “ do Lima Barreto... mas a “mama” falava muito era no diretor Cecil B. de Mille que nos créditos era mais importante que os astros. ( Os Dez Mandamentos/ O Maior Espetáculo da Terra /Cleópatra / Sansão e Dalila ).

Mas aquele açucareiro sempre alí , ás vezes no armário, e a maior parte do tempo na mesa, sempre cheio.

Aquele formato sempre me impressionou; quando Oscar Niemayer começou a desenhar Brasília, eu me lembro que alguns esboços foram publicados na revista “O Cruzeiro”, quando olhei pra aquilo, enxerguei o nosso açucareiro, aquelas formas arredondadas, aquelas harmonias que glorificam a aventura do espírito criador. Tenho certeza absoluta que a arquitetura de Brasília saiu do nosso açucareiro.

Os anos que antecederam a grande década de sessenta eram assim , levava uma forma de presunção estética, apesar de forte sangue aldeão.
Quem dentre nós não guarda lembranças desse" jazz" todo da vida neste “sugar blues” ardente em busca dos impulsos da imaginação.

O belo “canto da despedida” sempre me perseguiu e o primeiro aceno foi do açucareiro .
EPÍLOGO
 Depois de mais de 20 mudanças, dentro de um tempo de 40 anos, eu comecei numa tarde de agosto de 2009 , a remover os escombros de um resto de família ...e , no barro entre teias de aranha esquecidas ,achei o açucareiro da minha infância, aquele sentido profundo , aquela originalidade que tornava ele diferente de tudo , estava alí, clamando por socorro, clamando pela audiência perdida, daqueles cafés da tarde, em que ele era a Lâmpada de Aladim.

The end
p.s. A mais ou menos 10 anos atrás, o pai não estava bem e ficou alguns dias lá em casa, depois que tudo passou, ele perguntou pra Iara se podia morar com a gente ;
Iara Respondeu:  "Claro seu Mário, vamos mudar pra uma casa grande e tudo vai dar certo... "
Aí o pai respondeu: -" Eu posso levar o AÇUCAREIRO ?"

                                                                                     Foto de : Alice Zab












Billie Holliday - O Sugar Blues!