sábado, 30 de abril de 2011

*Escritos da REVOLUÇÃO PERMANENTE* (1)

                                   NEIL YOUNG /OLD TIGER*
                                        by>necão


 

*Neil Young, quando as coisas vem a baixo por meio de tempestades, como se fôsse das  neves das montanhas*


Eu por mim diria, que Neil sempre foi um fantasma dominante com velocidade independente.


De barro ou pedra , Neil foi arremessado como um projétil, como se fosse o fruto de uma evolução induzido por influências de um organismo contraditório.


Não há como escapar de Neil Young, nem insetos desenvolvidos conseguiríam ; todo caminho mesmo na superfície da chuva aquela nota “G” de quatro polegadas leva um número incalculável de destroços que ficaram  pelo “on the Road” !

A única conexão que existe entre Neil e os 3 de WOODSTOOK é o vocal, crença ortodoxa nos dias de hoje.


Minha idéia é que estes relatos que eu guardei, desde os idos tempos do Capitão América, provavelmente causará X, mas é mais provável que cause Y, mas o mais assustador é que causará  Z.


Tres décadas escaldantes, sem dó , sem piedade, das guitarras que passaram por suas mãos.

O ascender introvertido de Neil, no rasgar de sua adolescência, levando no corpo marcas de uma poliomelite , deixando Neil com uma saúde vacilante, com a sombra escura da epilepsia.


Os primeiros vagões na cidade de  Omemee , no Ontário útil !


As desavenças dos pai de Neil, que o deixou na zanga aos 13 anos.


Todos ficaram vulneráveis e houve um “lost”, e todos eles se perderam, cada um foi  para um  lado.


Estes são escritos da revolução permanente que ficaram no baú de minha  memória e resurgem  dentro de mim como  “riffis” de uma guitarra Gibson totalmente febril e envenenada.


*Tente levar consigo para o mundo real o som de Neil*

NEILyOUNG,OLD TIGER

...continua...


terça-feira, 12 de abril de 2011

HALLAI*HALLAI - *Feedback (01)


Cacique Seatle

CARTA DO CACIQUE AMERICANO AO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA: UMA PROFUNDA REFLEXÃO
*

            Mr. Lee, (Júlio Fürst ) entregou este documento a Hallai Hallai em 1976 .
                            Depois de estudar este documento a Banda fez a música “Enterro da                     Amazônia”(1975),    que não foi ao ar, o movimento acabou!

Em 1854, o Governo dos Estados Unidos tentava convencer o chefe indígena Seatle a vender suas terras. Como resposta, o chefe enviou uma carta ao Presidente Franklin Pierce, que se tornou um documento institucional importante e que merece uma reflexão atenta, pois é uma lição que deve ser cultivada por esta e pelas futuras gerações. Decorridos quase dois séculos da carta do cacique indígena Seatle ao Presidente dos Estados Unidos, seus ensinamentos permanecem atuais e proféticos, para todos aqueles que sabem enxergar no fundo do conteúdo de sua mensagem.

No Brasil, existiam em torno de 4 milhões de indígenas, quando os colonizadores chegaram. Hoje, restam cerca de 300 mil! Embora o indígena tenha contribuído de forma essencial para a miscigenação da raça brasileira, é certo que foram sendo expulsos de suas terras pelos exploradores e eliminados por doenças contraídas através do convívio com os brancos. Atualmente, continuam sofrendo a invasão de suas terras por madeireiros, fazendeiros e garimpeiros, seus principais algozes. É fundamental que seja preservada a riqueza de sua cultura, suas danças, ritos, conhecimentos sobre as plantas e animais e as formas de viver em harmonia com a natureza. Os indígenas possuem uma sabedoria milenar que precisamos aprender a cultivar e a preservar. A história dos indígenas em cada país onde existiam, antes do homem branco, é diferente nas suas particularidades, mas no seu conteúdo são iguais. Nos Estados Unidos ou no Brasil, os problemas enfrentados pelos indígenas foram os mesmos. Daí esse sentimento de solidariedade e cooperação que existe entre os diferentes povos indígenas e essa sabedoria milenar da qual todos nós temos muito que aprender.

CARTA DO CHEFE INDÍGENA SEATLE

“O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro: o animal, a árvore, o Homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro (...). Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o Homem deve tratar os animais desta terra como seus irmãos (...)

O que é o Homem sem os animais? Se os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o Homem. Há uma ligação em tudo.

Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a Terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas, que a Terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à Terra, acontecerá aos filhos da Terra. Se os Homens cospem no solo estão cuspindo em si mesmos.

Isto sabemos: a Terra não pertence ao Homem; o Homem pertence à Terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas, como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O Homem não teceu o tecido da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.

Mesmo o Homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos (e o Homem branco poderá vir a descobrir um dia): nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que o possuem, como desejam possuir nossa terra, mas não é possível. Ela é o Deus do Homem e sua compaixão é igual para o Homem branco e para o Homem vermelho. A terra lhe é preciosa e feri-la é desprezar o seu Criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.

Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos Homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam. Onde está a árvore? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu. É o final da vida e o início da sobrevivência.

Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece um pouco estranha. Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira, cada inseto a zumbir é sagrado na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do Homem vermelho (...).

Essa água brilhante que corre nos rios não é apenas água, mas o sangue de nosssos antepassados ! Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água como é possível comprá-los?  

 Se vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, devem ensinar às crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais. Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.

Sabemos que o Homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa (...). Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto. Eu não sei. Nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do Homem vermelho. Talvez porque o Homem vermelho é um selvagem e não compreenda.

Não há lugar quieto nas cidades do Homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater de asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece apenas insultar os ouvidos. E o que resta da vida de um Homem, se não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.

Sabemos que o Homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa (...). Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto”.

A carta do cacique Seatle é uma lição inesgotável de amor à natureza e à vida, que permanece na consciência de milhões de pessoas em todas as partes do mundo. É o hino de todos aqueles que amam a natureza e tudo o que nela vive.  Hallai*Hallai, Inconsciente Coletivo, Fernando Ribeiro, Mantra,Gilberto Travi & Cálculo 4, Hermes Aquino, Almôndegas, Status 4 + 4 ...,  estavam também lá , quando Mr. Lee nos entregou o documento escrito pelo Cacique Seatle. (1976), nos instantes finais do Vivendo a Vida de Lee.

by necão*paulinho*Jorge & Robson
HALLAI*HALLAI