ARTHUR RIMBAUD
by*necCast
Canela fina, olhar de ganso/
Roupas de galinheiro/
Sapatos
de barro/
Entre
cafés , chope & limonada...
Londres,
Bruxelas...o que importa/
Teus
versos não pertenciam a lugar nenhum/
Talvez
uma África depois do jantar/
...ou
quem sabe um tiro de revolver pra despertar...
O
corpo, a alma /
O
sol o mar...
Uma
eternidade servida no prato/
Um
jovem dilacerado/ febre no olhar/
Um
Arthur sendo carregado/
Pelas
tragédias de sempre...
Sem
Pater e Ave Maria/
- CAIO FERNANDO ABREU -
(rasgos)
GOODBAR
by*necCast
Caio, nasceu no Cad /
Bem ali na Salgado
Filho/
Ao lado do futuro, do
Léo Ferlauto/
Da Lenara, que tinha a
Theda Bara/
Vizinha do Saco &
Cuecão, na indepê/
Anos setenta, era
lotado de Deuses pessoais/
E este pessoal era
engolido pelo divertir/
Tudo sempre iluminado
pela mente/
Caio, gostava dessa
coisa Mercúrio em Escorpião/
“Esta noite tudo será mudado.../
Palavras profundas em ritmo de
ferroadas.../
Aos sábados/ Changô me
guia/
Dentro de mim/
Era a beleza Intrincada
Dentro de Caio/
A premonição cada vez mais forte/
Maya café, Leopoldina,
Cine Vogue/
24 de outubro/ o
folclore urbano/
Mary Steigleder/
Paris, Lugar erótico
eterno.../
Verlaine comendo
Rimbaud/
Todos roubando de Deus,
cada momento/
Caio, não queria mais
decorar Antígona/
Mas o cigarro,
já estava pela metade/
Ele tentou nascer de
novo/
E foi embora pra
Sampa...pro Rio...
Clarice Lispector, mistérios,
Fernando Pessoa/
“Abram meu caminho
diante de mim “/
Se Caio voltasse tenho
certeza que ele viria de metrô/
Mas, jamais passaria em Pirituba.
Obs: Caio foi considerado um dos
escritores mais criativos e inovadores surgidos no Brasil nas últimas 3
décadas/século 20*
EMILY DICKINSON
Emily,
Buscou entre tempestades/
Crepúsculos & teias de aranhas/
Uma lanterna mágica/
Para desenterrar seu próprio ouro...
Muitas coisas se entrecruzaram
E, ela deixou o êxtase , o desespero/
A morte e o amor/coexistirem/
Com tôdas
constelações que estavam dentro dela...
O gosto do fruto proibido/
O faz-de-conta ilusório/
O “Hid, lip,
for thee”/
A prisão da tarde pela noite/
E a primeira parte/sendo a última...
Será que Emily, alcançou o destino/
Abdicou de si mesma/
Ou foi chamada para voltar...
FRANZ KAFKA
by*necCast
04/01/21
Cérebro
isolado/aprendizado original
na carne/
Um náufrago em busca de
um barco/
Kafka,
Poderia ter nascido em
Porto Alegre/
Funcionário público/
Amigo de escritores/
Classe média/tímido/
E um livro/cujo título
cultua tudo/
Artista da Fome...
Incapaz de elogiar/
Com aquelas moléculas
do desejo/
Cheio de realidades...
Franz,
Uma onda impulsionada
pelo vento/
Seus amigos
intelectuais a água/
O tempo seu ladrão...
Tudo foi e ficou/
Toda Metamorfose/
O Processo/ e a Carta
Aberta ao Pai...
Kafka,
Um livro aberto/
E uma cadeira vazia...
Id...
Ego...
Super Ego...
Inconsciente...
Mundo Real...
Opção/bem ou mal.
GRACILIANO
RAMOS
(RASGOS)
by*necCast (14/01/2021)
Capitão de seu corpo/
De uma “Geração dos Anos 30” que emerge como a lua de um
cemitério...
Graciliano/
Montanha maior na base/
Um “São Bernardo”em expansão/
Um grito no cárcere contra o atraso
do Estado Novo..
Todos seus escritos arrancavam dos leitores um brado de
revolta/
Letras lado a lado (peer to peer) que mordiam a própria
carne...
Confessional da alma humana/
Ecos na Alemanha/ Cuba & Paris/
Na Rússia, Itália & Estados
Unidos...
Evidente sempre, mesmo na prisão do
Rio/
“Avant la lettre”, escrevendo sobre o regional nordestino/
filiou-se ao “Partidão”...
Infância...
Angústia...
Insônia...
No Quebrângulo, a vaga esperança de
melhores dias/
No Rio de Janeiro/
Apresenta suas histórias de “Vidas Secas”, nordestinos &
retirantes...
João Valério/
Luís da Silva & Paulo Honório...
CHERRYL STRAYED
(Rasgos)
by*necCast
15/05/21
Engolido
Pelo
vicio que nos torna vulneráveis
Ficar
na defesa igual a um linebacker...
Acionar
a Pedra Lascada da Internet
Com
zilhões de pessoas sentadas...
Ou
Ser
um trilheiro
Viabilizando
o próprio nicho ecológico...
Você
me aceita como eu sou?
Me
aceita?...disse Joni Mitchell na Califórnia...
Sim
!!!!!!!
Vou
desenhar com seus pés
Meus mapas..vou ser como seu livro
LIVRE*...
Pulo/
salto/grito
Whoo
– Whooo
Vamos
juntos para o 3º estágio
Subiremos
a Montanha
Para
encontrar a 5º Essência
Vamos
voar para fora do inferno...
Entre
isso & aquilo...
Lembrei
de Churchil...
Nunca...nunca...desista...!
Mesmo
sem pipoca & coca-cola
E
quando estiver com sono
Aprenda
o idioma chinês...
Afinal/
temos que decidir se um pássaro
Na
mão é melhor que dois voando...
Pacific
Crest Trail
A
mudança evolucionária...
A
Torre que mostra que a ilusão
Significa “ O Jogo “ na ilusão da vida...
JACK KEROUAC*
by*necCast
Jack,
A Sílaba Sagrada...
“OMMMMMMMMMM”
THE ROAD!
A direita do êxtase
Alimentada pela esquerda puritana
Do sonho Americano...
Um posto Shell/ vermelho & creme
Quando atravessava um cruzamento
De Nova Yorque...
Um trago num barzinho maluco
Das noites de Chicago
Ou
Um “loop” por San Fran
Enxugando Wisky...
Kerouac,
Abridor de realismo
Abrindo e inspirando amigos
Repartindo “T-Boone”
Em companhias de um vinho sórdido
Sob a luz de neon
De um hotelzinho de má reputação...
Teve um tempo que a coisa toda
Ficou na boa
Quando passou pelo México
Com sua resistência civil em parceria de sua
“punheta espiritual” depois dos papos frenéticos
Com Ginsberg, sobre os editores americanos...
E aquele “bagulho”
Era sempre muito bom
tudo ficava agitado/ fosse onde fosse...
Lowel, “puta merda”...
Que coisa incrível
Muita verruga no pau
Ao lado da apoteose da prosa espontânea
Da voz lânguida do pós-foda...
Como distinguir Cristo
Do Anti-Cristo...para proteger uns...
&
Alienar outros...
Jack,
Fazedor de Anjos
Neal,
Foi um deles sem aquela de babaca
de sindicato
Tipo... “faça você mesmo”...
Kerouac amava Cassidy
Que era um Santo Traficante Jr.
Para si (B) mesmo...
Claro...além de propósitos carnais
Para futuris aquecimentos pré-cama...
Evelyn/
Carolyn/
Vicky/
Ruby Mary...todas uma SÓ…
Que ele lambeu por um Denwer inteiro...
Na verdade Kerouac estabeleceu pra si
A estrada
dos cheiros de hamburguers
&
Cebolas crua com café/ junto com seus
poemas/ sempre com um lugar para ir...
Muitas vezes sentiu ser um fantasma de si mesmo
nos dias de solidão...
KEROUAC,
Foi um pró-americano
Rodava pelo país como uma abelha...
Será que ele seria o avô hoje
dos hippies...
No ritmo do bebop ele disse...
“Fama e Confissão Pública deixam a gente
Em frangalhos...
Os loucos > JACK KEROUAC
Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam.
EÇA DE QUEIRÓS
by*necCast (18/02/2021)
Eça,
nasceu de uma aventura/
quando
rodava os moinhos de vento/
de
Póvoa de Varzim...
Este
sentimento/ este mistério / de seu nascimento/
Fez
nascer e ativar nele/
Mais
respostas que perguntas
&
Vários
propósitos de liberdade cultural...
Quando
cruzou o velho portão da faculdade de Coimbra/
Escutou
uma voz que lhe disse : Lute e Voe !
O
tradicionalismo seculares dos mestres/
Estavam
em rota de colisão com a renovação
espiritual
que vinha da França...
O
radicalismo liberal de Voltaire/
A
dialética de Hegel/ Teorias de Darwin/
Confundiam
a cabeça de todos aqueles jovens/
Que
procuravam como Eça/
Uma
saída moderna para as misérias de Portugal...
Na
verdade,
Eça,
procurava uma razão um alarme/
Para
se libertar daquele sentimentalismo /e deixar de lado todo psiquísmo de seu
nascimento...
De
súbito a literatura,
A
porta de saída/ para implicar com o romantismo/
e
aderir a nova corrente do realismo em Coimbra...
Dois
movimentos / duas correntes/
O
passado romântico versus a causa realista/
O
conflito “Questão de Bom Senso & do Bom Gosto...
Os
jovens Ramalho Ortigão/ Antero de Quental/
Se
degladiavam nas noites quentes/
Da
chamada “Questão Coimbra”/
Eça,
não se definia/ apenas uma admiração expontanea o empurrava na direção dos
modernos/
mas...
Um
interruptor na alma surgia nas madrugadas portugueses/ quando suas leituras da
noite faziam ele coexistir com suas raízes românticas sobretudo os romances de
Victor Hugo...
Eça,
com sua timidez/ mais ficava a ouvir/ que a pronunciar-se...
Com
toda esta batalha intelectual/
Depois
de muito pensar ele revelava seu íntimo/
Visionário
& Sentimental...
Viaja
para Lisboa/ e colabora com suas crônicas
Para
a Gazeta de Portugal/
Eça,
Começa
a meditar e descobre em suas leituras/
A
vida e a morte/ com um olhar estritamente individual regado a fantasia/
Lança
no jornal/ Notas Marginais/
E
diz - : “ Na arte só tem importância os que criam almas/ e não os que criam
costumes”/
De
uma certa forma ele se define contra o movimento realista, ele era muito mais
sentimental e visionário...
Depois
de todos estes rasgos, Eça volta ao Tejo/
Depois
de passar pelo Jornal de Évora/ onde teve batalhas políticas com o mecanismo da
ignorância daquele distrito/
Ao
cair da tarde no café Martinho/ sente um novo espírito/ menos idealista/menos
fantasioso e muito mais amargo...
A
pouca fé religiosa de Eça desmoronava/ e aí por baixo do ateu/ nasce uma alma
mística/ surpersticiosa mesmo...
Seus
pensamentos voavam pela noite/ depois de discussões intelectuais nos bares /
cafés de Lisboa/
E/
Sempre aquelas nascentes subterrâneas em sua
mente/ ideias alucinantes...
Enquanto
Portugal desconhecia/ dentro de uma apatia chinesa lisboeta/ meia ideia/velha
/indecisa em mau uso...
O
“Eu” invisível de Eça, falou...
“Eu
tentei/ Vocês viram/...tentei não foi ?
O
resultado não poderia ser diferente/ sua mensagem literária se
misturou/materialismo realista/ com o socialismo...
Eça,
reagiu energicamente contra o falso/
o
sentimental/ e começou a pintar a realidade tal como ela se apresentava...
No
seu destino extra surge Havana/depois a paisagem francesa/Canadá/ Londres e os
Estados Unidos...
Eça,
acentuou seu desejo literário/ pelo problema do amor ilícito/ que o perseguiu desde a infância/
Começa
então o “Abrir do Salão Oval da Literatura”/
O
Padre Amaro/ Primo Basílio & sua grande obra “Os Maias” / A Capital/ O
Mandarin/ A Relíquia/e seu último livro com cheiro de gaveta / “A Ilustre Casa
de Ramíres”...
Eça,
numa tarde de agosto/em meio ao calor abafado do verão parisiense/deixou este
plano...
“O
Amor é essencialmente perecível/e na hora em que nasce começa a morrer”
(Eça de Queirós)
aguardem mais postagens... (Rasgos)
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