_ CELL, A GAROTA DE SÃO LÉO* -
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Foi um barato a fase de São Léo do Hallai*Hallai . emoção . altas músicas – pessoas interessantes – muita confusão – brigas e coisas secretas .
Dharma
by/ necão
Na década de “80” Paulinho Velho Tchêrife, alugou um casarão na Rua Grande > São Léo.
Aquele casarão era no mínimo assombrado; lugar que recomeçamos a ensaiar (década/80) > colando os cacos mais uma vez .
Inspirado com todas aquelas matizes , fiz a música “Segurando o Vento”, que na verdade já estava em minha cabeça desde os tempo de pré – adolescente.
Pensava ; (meio/década 60)- Olhava para o céu, que era claro> limpinho, e as estrelas pareciam que estavam muito perto,
ao alcance das mãos.
Quantas estrelas tem esse céu? E a resposta vinha em seguida!
É o mesmo número de peixes que tem no mar !
Muitos..., e muitos anos... depois, passando pela Gran Canyon de Soledade,( 80) aquilo tudo se revelou e descobri a letra da música enterrada naquelas montanhas do Rio Grande do Sul.
Tudo em minha vida aconteceu na rua, no olho da rua !
Conheci minha namorada na rua, hoje minha querida negra..., os primeiros acordes de violão foi na rua, as primeiras caminhadas sem rumo foi na rua, os amigos todos foi na rua, os primeiros discos vinil, eu ouvi na rua.
Corria solto no hipódromo do Cristal a década de oitenta !
Lembro que recebemos de presente de um empresário da cidade de São Léo, Abel Minetto, uma aparelhagem completa para shows e apresentações da banda.
O Hallai*Hallai > conseguiu muitas coisas durante a este longo caminho > Instrumentos> Aparelhagem> estúdios para gravar > hotéis > comida > passagens de avião >
Conta da gravadora no Bradesco > mídias em jornais >contrato com gravadora do centro do país> vinculação em rádios > apresentações em TV.Porto Alegre / São Paulo .etc..etc...etc... e também musicas , nome , personalidade, sonhos, e também consultório Freudiano com ajuda de Lacan.
Tudo de graça !
A idéia Hallai* levou a tudo isso !
De graça !
>A resposta meu amigo, só >"Segurando o Vento ".
Seguindo...
A música “Segurando o Vento” foi o cartão postal para esta iniciativa de tão ilustre figura que apostava na banda; Minneto , grande Minneto, o mecena da banda!
Diante disso tudo, por incrível que possa aparecer, houve uma ruptura de “beleza”( década 80). Numa daquelas noites de outono , entre “tapas e beijos”, houve um esvaziamento oficial da banda.
A bruxa ficou solta, não adiantou chamar os bombeiros, o carpinteiro ,a polícia ; nem o código de processamento penal quis entrar na “briga.”
Mr. Robson, falou em tom menor :- “Deu pra mim, não” tô mais!”
Paulinho Velho Tchêrife sacudiu duas vezes a cabeça ; uma energía
cinza, de um metro e 80, apareceu no casarão assombrado.
Era um tom com mais de 100 anos de idade, vindo das Aldeias de Lomba Grande dos bailes da Feitoria Velha.
...Aquele Casarão parecía uma daquelas Casas Grandes do Filme , e o Vento Levou” honesto, bondoso, bravo e cristão, plantado em pleno centro de São Léo , por antepassados distantes .
Mas aí , quando bateu terça feira, bem no final da tarde, fui pra São Léo
e mais uma vez eu e Paulinho começamos a dedilhar as violas pra fazer a única coisa decente naquele momento: - Tocar , cantar, fazer música !
Depois de alguns momentos de alta criação , retornamos a realidade e uma energía, vinda das paredes se manifestou:- Vocês dois > aqui presentes> tem que continuar, e também por outros motivos, a aparelhagem esta aí, é só ligar e feito, o som brilha !
Naquela noite pra domingo , ascendemos > incensos no “Casarão mal Assombrado”... , quando de repente, aquela mesma energía , apareceu e começou a eliminar todas as bruxas do Casarão, depois sentimos , uma sensação de um derramar de uma caliça de água benta sobre as nossas cabeças!
Paulinho Velho Tchêrife, alguns dias depois do tranco, disse o seguinte : Tem um baterista aí na cidade de São Sebastião que “toca pra caralho”... ! “Necão vamo lá !”
São Sebastião, terra do Gelson e do Tony*
Chegamos na cidade de São Sebastião já era noite , paramos no centro e perguntamos , onde mora o Tony , ele toca com o Gelson Oliveira.
Gelson estava começando, a aparecer nos meios musicais, e alguém que passava ao lado respondeu:- O Gelson mora na rua tal, esta rua é um pouco longe daqui, mas não tem erro . é só seguir a seta !
O Paulinho ficou no bar, perto da Igreja, eu segui rumo a casa do Gelson.
Olhei no relógio , marcava 8 horas da noite, parei numa casa branca, bati palmas, eu acho que foram as primeiras palmas que o Gelson Ouviu.
E, apareceu o Gelson de kimono branco, e disse :- Oi !
Perguntei ao Gelson sobre o Tony, e ele me deu o endereço.
Foi a primeira vez que eu vi o Gelson, aquele Kimono , nunca esqueci..., imagina a cena naquela cidadezinha do interior gaúcho, 8 horas da noite , silêncio total, todos já estavam dormindo, eu procurando por um baterista, me aparece na porta da casa branca o “Gelson a lá francesa”, de kimono branco e diz :OÍ!?!?!?!?
Coisa de cinema, acima do clero, acima de tudo, viva os bastidores !
Continua...
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