segunda-feira, 18 de julho de 2011

Feedback (4) - Hallai*Hallai na Cena*

 -A Década de São Léo do Hallai*Hallai*(80) –

-"Cell ,a garota de São Léo" -

                                                                                                                     by/necão

Cheguei no centro de São Sebastião, onde Paulinho Velho Tchêrife estava ; o que na verdade já estava rodeado de vários músicos da cidade que faziam daquele ponto seu “bunker” de encontros .

O “papo” rolava em direção da musica independente que nos anos “80” era o norte que estava engatinhando para uma nova “hora”.
Cheguei bem no ponto em que a conversa rolava em direção ao jabaculê (jabá).

As rádios no começo dos anos “80”(FM’s) , passaram a investir no segmento “independente”, ligada ao rock alternativo nacional emergente.

A redução dos investimentos publicitários  levou as emissoras a vender espaço para a divulgação de produtos fonográficos , esta prática escancarou o “jabá” que
se transformou em “politicamente correto”.

Nos Estados Unidos o “jabá”, conhecido como” payolla”, foi também introduzido
 pelos “american way of life”.

Todos os músicos pensavam que este escancaramento do “jabá” , levaria a uma política mais amena e aberta com relação aos donos das emissoras; os programadores não mais seriam os manda-chuvas entre os artistas e as rádios,
e que tudo sería conversado com os “donos” das emissoras sem falsa moral, mudando definitivamente as regras do jogo.

A  fala  ecoava pela noite de São Sebastião sem este cátedra toda, mas a intenção era a mesma , com outras palavras.

A verdade que depois se revelou com o passar dos anos , é que as gravadoras  compravam os dis-jóqueis, digamos por  $ 3 mil , (década 80) , que era barato .O dono da rádio  quando soube do lance todo, cresceu na parada  e passou  a cobrar  a sua parte, mudou a regra do jogo.

Eu sempre tive facilidades para desenvolver amizades com os executivos destes vários segmentos na comunicação,e sempre soube que as gravadoras que requisitasse o espaço para seus lançamentos, pagavam naquela época a cada emissora de rádio, mensalmente 15 mil reais ,  isto sem falar em viagens , carros , que eram oferecidos aos executivos das rádios, dependendo do veículo os valores cresciam na parada da “bolsa jabá”.

Avisei Paulinho que já tinha o endereço do Tony ,o  tão encantado baterista da
“Noite de São Sebastião” .

Novamente bati palmas no portão , , a porta se abriu e surgiu um
garoto esmirradinho com cabelo escorrido, era o Tony !
                                                                                                                continua...







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