terça-feira, 22 de setembro de 2015

CODE (6) ESTILINGUE OCULTO



A ÁRVORE DA VIDA...


... é um sistema cabalístico (relativo a ciências ocultas) hierárquico em forma de árvore, que é dividida em dez partes, ou dez frutos que são emanações ( Deus não participou diretamente na criação; fê-lo através de Suas emanações) de um princípio que permanece não manifestado e é incompreensível à inteligência.

Destes princípios emanam os SEFHIROTH em sucessão e esta sucessão de emanações forma a Àrvore da Vida.
( Representação gráfica da hierarquia entre os membros de uma família em uma escala mundial. Seus antepassados , são nossos antepassados (...) nos quais vamos buscar a profundidade do tempo da nossa árvore genealógica )


Sefhiroth emanados são

1.KETHER – Coroa
      2.CHOKMAH – Sabedoría
    3.Binah – Entendimento
     4.CHESED – Misericórdia
      5.GEBURAH – Julgamento
 6. TIPARETH – Beleza
  7.NETZACH – Vitória
8 HOD – Esplendor
   9.Yesod – Fundamento
10. Malkuth – Reino

 Esses frutos têm sentido ambíguo, podendo eles ser interpretados tanto como estado do todo, do universo, como podem ser lidos como estados de consciência.


Ou seja, podem ser lidos tanto microcosmicamente, do ponto de vista do homem, como macrocosmicamente, ou seja, do ponto de vista do universo em geral.

 Macrocosmicamente, a Árvore deve ser lida de cima para baixo, e microcosmicamente, deve ser lida de baixo para cima.
Macrocosmicamente, a Árvore começa em Kether, que é a centelha divina, a causa primeira de todas as coisas, e desce na árvore tornando-se coisa cada vez mais densa.
Esse é o método cabalista de explicar a criação do mundo, e contrasta com o método científico do mesmo.

A última sephirah é Malkuth, a matéria densa, o último estado das coisas. Microcosmicamente, subindo na Árvore, partindo de Malkuth, o homem aproxima seu estado de consciência elevando-se cada vez mais próximo de Kether.
Então, a Árvore da Vida tanto pode ser usada para explicar a criação do Universo, como para hierarquizar o processo evolutivo do homem. Por isso, a Árvore da Vida é usada como referência em várias ordens de magia, para classificar seus graus.


A imagem do homem subindo na árvore esta fundada numa antiga crença, segundo o qual a alma emana originalmente de D us, e desce à terra, encarnada num corpo físico.
A sequência das sephiroth na Árvore se dá pelo movimento do Relâmpago Brilhante. Sua sequência é a seguinte:

Kether - Coroa



Kethe Coroa se situa na posição central superior da árvore. É a coroa. É o potencial puro das manifestações que acontecem nas outras dimensões. Representa a própria essência, atemporal e livre. É a gênese de todas as emanações canalizadas pelas outras Sephiroth.

Chokmah - Sabedoria


Chokmah se situa no topo da coluna direita, o pilar da misericórida, é conhecido como Abba, o grande Pai. É a sabedoria. Chokmah é a energia pura ainda não materializada. Tem caráter masculino e infinitamente expansivo. É o salto quântico da intuição, que deriva as manifestações artísticas. Analogamente, é o lado direito do cérebro, onde flui a criatividade e o mundo das idéias.

Binah - Entendimento


Binah se situa no topo da coluna esquerda, o pilar da severidade, é conhecida também como Amma, a grande Mãe. É o entendimento. Binah foi a primeira manifestação da forma sobre a força (Chokmah). Ela fez com que a força infinita de Chokmah se tornasse limitada, e com isso, equilibrando-se reciprocamente com ele. É a lógica que dá definição à inspiração e energia ao movimento. Analogamente, é o lado esquerdo do cérebro, onde funciona a razão, organizando o pensamento em algo concreto.

Chesed - Misericórdia


Chesed se situa abaixo de Chokmah. É a misericórdia. Representa o desejo de compartilhar incondicionalmente. Representa a vontade de doar tudo de si mesmo e a generosidade sem preconceitos, a extrema compaixão.

Geburah - Julgamento


Geburah se situa abaixo de Binah. É o julgamento. Representa o desejo de contenção e de questionador de impulsos. Canaliza sua energia por meio de objetivos, com o intuito de superar obstáculos e transformar a própria natureza.



Tipareth - Beleza


Tipareth se situa abaixo e entre Chesed e Geburah. É a beleza. Transforma em beleza Chokmah, Binah e Kether. A sabedoria e o entendimento, com a luz do conhecimento. Representa a divisão da árvore em macroposopos e microposopos.

Netzach - Vitória


Netzach se situa abaixo de Chesed. É a vitória. Netzach é a energia dos sentimentos. Existe a vontade de reciprocidade, a busca pelo próximo e a superação dos próprios limites, propagando o pensamento eterno. Funciona como o princípio fertilizador do espermatozóide masculino.

Hod - Esplendor


Hod se situa abaixo de Geburah. É o esplendor. Hod representa o pensamento concreto. É um canal de aprimoramento interno, de identificação com próximo, sendo uma forma de aceitação do pensamento, de reconhecimento. Funciona como o princípio receptivo do ovócito (ovo cósmico –origem dos seres vivos) feminino.

Yesod - Fundamento


Yesod se situa abaixo e entre Netzach e Hod. É o fundamento. Yesod representa o Plano Astral. Funciona como um reservatório onde todas as inteligências emanam seus atributos que são misturados, equilibrados e preparados para a revelação material. É compilação das oito emanações.

Malkuth - Reino


Malkuth se situa na posição central inferior da árvore. É o reino. Representa o mundo físico, onde é revelado o material compilado das oito emanações. É o canal da manifestação, desejando a recepção das sephiroth. É a distância de Kether que provoca esse desejo, criando a sensação de falta.

Daath - Conhecimento


Daath se situa abaixo e entre Chokmah e Binah. É o conhecimento. Representa uma falsa sephirah porque não é uma emanação independente como as outras dez. Ela depende de Chokmah e Binah. Também é considerada como a imagem de Tipareth. É o abismo, o caos aleatório do pensamento.

Características da Árvore


Sendo as sephiroth do pilar da severidade muito femininas e as sephiroth do pilar da misericórdia muito masculinas, não existiria estabilidade no universo sem o pilar central, que age como o mediador entre eles. Dessa forma, a junção entre Geburah e Chesed gerou Tiphareth. E a junção entre Hod e Netzach gerou Yesod. Logo, Binah é o oposto de Chokmah, assim como Geburah é o oposto de Chesed, e Hod, o oposto de Netzach. Em verdade, cada linha horizontal da Árvore é emanada pela linha horizontal que lhe é superior, e emana a linha horizontal que lhe inferior.

Logo, Kether emana tudo, mas não recebeu emanação de nada, e Malkuth não emana nada, mas recebeu emanação de tudo, sendo essas emanações sempre de cima para baixo. Cada sephirah tem suas correspondências astrológicas, com deuses pagãos, com pedras, plantas e etc.

Por exemplo, Geburah é a sephirah da severidade, da justiça, logo, tem correspondência com Marte, planeta relacionado pela a astrologia com a guerra.

 Sua divindades correspondentes são todos os deuses pagãos relacionados à justiça e à guerra. Já Netzach é da esfera de Vênus, por sua natureza emocional.

Epílogo : SIGNIFICADO DE ÁRVORE

Num simbolismo que abrange os três níveis do cosmo, a árvore transmite fundamentalmente a ideia de símbolo da vida em perpétua evolução.
 As raízes profundas que mergulham no subterrâneo explorando as profundezas de onde buscam o sustento, depois o tronco e os galhos inferiores se entendendo sobre a superfície da terra e finalmente a copa e os galhos superiores alcançando as alturas e recebendo as energias celestes e a luz do sol.
 É um emblema que reúne todos os elementos, a água que circula em sua seiva, a terra que se integra através de suas raízes, o ar que lhe nutre as folhagens e finalmente o fogo que pode produzir ao esfregar de seus galhos um contra outro.
 Abrange também em seu aspecto um simbolismo de transformação, morte e regeneração.
 A verticalidade também faz parte de sua expressão. É considerada símbolo das relações entre a terra e o céu e daí vem o sentido de centro; a Árvore do Mundo como sinônimo do Eixo do Mundo.

Encontramos também associação da Árvore da Vida com a manifestação divina nas tradições cristãs quando se fala na Gênese, na primeira aliança, na cruz ou na nova aliança que regenera o homem.
 Buda também alcançou sua iluminação debaixo de uma árvore. 

Nas lendas de vários povos desde o oriente ao ocidente encontramos também uma representação e um simbolismo de árvores-mãe e árvores-pai, essa ambivalência varia de acordo com a crença local onde, para alguns, a árvore abriga os germes da criação do homem, a seiva da vida e do próprio ser, originando assim lendas e mitos relativos à criação; por outro lado, seu aspecto de verticalidade, o romper do solo e a busca pela ascensão, traduz para outros tantos um simbolismo fálico, másculo, enérgico e viril.
- Eterno X do Universo -Íntima Essencia -

Um comentário:

Anônimo disse...

Cravamos as unhas no chão
Em busca do pão
Lançamos ohos ao céu
Em busca da perfeição.
Vamos ao fundo e ao alto
Para a satisfação de nosso ser
Procuramos nas profundezas
Procuramos nas nuvens
Mas só há alegria
No dia e na magia de estar aqui.
(Delvan)