sexta-feira, 30 de abril de 2010




BEATLES : O SEGREDO / PARTE II

- George, Paul, Ringo e John antes da foto definitiva –


Já se passaram mais de 46 anos desde que os Beatles surgiram .


Estou agora em posição de resumir alguns dos segredos dos Beatles ,pois guardo desde o ano de 1962 farto material, (discos,revistas,jornais,filmes )...etc , além de tocar em reuniões dançantes (década 60 ) nos clubes da grande Porto Alegre aquelas canções que embalaram a minha adolescência. Fiz um estudo dentro da minha percepção musical que foi acelerada através do tempo por todas as circunstâncias imprevisíveis e diversas, que me foram mostradas nos caminhos tão instigantes da música.
Para quem curtiu os 4 cabeludos de Liverpool, estabeleço agora uma ponte de emoção, acendo agora os holofotes, dos bastidores mágico dos Beatles !

                                                  A Senha é : - YÉAH ! YÉAH ! YÉAH !

- Guitarra solo, guitarra base, baixo e batera –

- 4 cabeludos de Liverpool -




- A VITAL IMPORTÂNCIA DE UM PRODUTOR -

1. Love me do (-) “ Paul escreveu a estrutura principal aos 16 anos “ (John).
 Gravada numa sessão tensa, com equipamento deficiente.
 George Martin insiste em mudar o arranjo e substituir Ringo pelo músico de estúdio Andy White.


2. Please Please me (-) “Minha intenção foi compor algo no estilo de Roy Orbinson”. (John)... George Martin manda acelerar a canção e prevê que sería sua primeira” número” 1 . Acerta .


3. From me to you (-) “Eu a comecei e a terminei com Paul; ela era” blues” demais , mas Martin soube ajustá-la. O “uuuuh” em falsete foi inspirado por “Twist and Shout” dos Isley Brothers.(John)

4. She loves you (-) “ Foi composta a quatro mãos, mas foi Paul quem teve a idéia de dirigi-la a uma terceira pessoa – “Ela o ama e você deveria ficar feliz”. (John) / Eles começam a se impor no estúdio , e os “ yeah, yeah ,yeah “ viram marca registrada , chegando a batizar a música jovem em alguns países . (vide Brasil)

5. I want to hold your hand (-) “Estávamos no porão da casa de Jane Ascher martelando o piano juntos, Paul tocou uma coisa e fomos no embalo .(John)

6. All my loving (-) “Lamento dizer que é de Paul .Digo isso porque é uma canção fantástica,embora minha guitarra também não esteja nada mal nela !” (John). Surge elementos de ambigüidade: McCartney enfrenta a perspectiva de separação de sua garota com um deleite que rompe a previsível melancolia da letra.


7. Can’t buy me Love (-) “Uma canção de Paul , cuja mensagem antimaterialista se opõe diretamente á feroz versão “lenonniana” de “Money”. Richard Lester usa o tema para destacar a ânsia escapista dos Beatles diante das imposições do showbiz.

8. A hard day’s night (-) “Eu estava no carro com Lester quando ele comentou que tinha achado graça de uma coisa que o Ringo havia dito “a noite de um dia duro” e que esse seria o título do filme. Na manhã seguinte eu trouxe a canção; Paul e eu competíamos para ver quem ia compor o lado “A” de cada disco”. (John).


9. And i love her (-) “ John me ajudou nesta” Gostei do título começar no meio de uma frase”(Paul).

Já foram feitas centenas de versões dessa canção. É um belo exemplo dos Beatles “não plugados : guitarras acústicas, teclado e bongô . Fiz também uma versão desta canção. (by necão).

10. Eight days weeck (-) “Baseada em outra das frases de Ringo para exprimir esgotamento. É minha com ajuda de John” (Paul). Começa com som distante, e uma série de truques demonstra a facilidade com que ampliam suas fórmulas expressivas.


11. I feel fine (-) “Escrita por mim no estúdio. Acho que foi a primeira vez que se gravou um zumbido do “feedback” de um amplificador”. (John) / Apesar da desconfiança inicial de Martin a bateria de Ringo é essencial em temas como este.

12. Ticket to ride (-) “É minha , mas Paul insistiu para que Ringo se mostrasse criativo na bateria; com um pouco mais de volume e distorção, poderia ter sido o primeiro heavy metal “.(John)






                                                            FOREVER YOUNG*


                                                                   
13. Yesterday (-) “Esta é de Paul , e eu nunca desejei tê-la escrito” (John).
“Ela me veio num sonho;eu me levantei e comecei a tocá-la no piano que havia ao lado”(Paul).

Ruptura total com a instrumentação rock: a guitarra de Paul e um grande quarteto de cordas com arranjos de Martin.

14. Help (-) “Ao ouvi-la, me vejo como o Elvis dos anos 70: gordo, inseguro e completamente perdido” (John) . Aquilo que nasceu como confissão de inquietação adquire tom de ameaça neurótica  “ajude-me, senão...”

15. You’ve got to hide your love away (-) “ É o meu período Dylan”(John). É interpretada habitualmente como uma mensagem dirigida a Brian Epstein, empresário do grupo que se descobre apaixonado por John( o conflito se resolve depois de passarem um fim de semana juntos).


16. We can work it out (-) “Paul a começou e eu terminei . Estamos retratados nela; ele se sente otimista, e eu , impaciente” (John). Um exemplo de método Beatle de fundir duas partes contrapostas, criando tensão entre as esperanças de Paul de resolver o mal-entendido entre garota e rapaz , e a angústia de John, reforçada por sua harmonia lúgubre.

17. Day tripper (-) “Minha, mas com alguma contribuição de Paul; ela se refere a pessoas parecidas com os hippies de fim-de-semana” (John). Começam as referências ao LSD e francas conotações sexuais, maquiadas na edição.


18. Drive my car (-) “É minha descrição do tipo de mulher muito dominadora e exploradora;
John modificou a letra para deixá-la mais insinuante” (Paul).

19. Norwegian Wood (-)” Paul ajudou na letra , mas é minha canção, fala de minha relação com, uma jornalista, e como eu estava casado tive que deixá-la enigmática”(John). Harrison estréia sua cítara, instrumento que conheceu durante a filmagem de “Help”.


20. Nowhere Man (-) “Passei horas tentando criar uma canção boa e significativa. Já era de madrugada , quando desisti , e eu, já estava completamente chumbado quando de repente “Nowhere Man”, veio à minha cabeça inteira.Foi gravada sem alterações” (John).


 
 
- Beatles no telhado, num dia de semana em Londres -