sábado, 28 de fevereiro de 2009

O PRIMEIRO LIVRO*

Mário Libano,(pai) quando da entrega
em São Léo (2006)
do Troféu
"Cidadão de São Leopoldo*"

                                                      
‘‘Trabalhadores do Brasil'', assim Getúlio Vargas iniciava Pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, sua mensagem ao povo brasileiro.

Meu pai (tio Mario Líbano) sempre ouvia aqueles discursos inflamados com muita atenção, pois era getulista de bota e espora.

De longe eu ouvia aqueles ruídos do rádio em ondas curtas...me lembro que o rádio lá de casa, tinha um “olho mágico” que quando trocava de estação fazia um som interessante, parecia um som de um “gole d´água” passando pelo gogó.

Meu pai sabia de muitas coisas: criou e vendeu cavalos,observava os passarinhos e sabia o nome de todos,a mesma coisa com os chás, as árvores,sobre facas navalhas,revólveres...comida de panela dava um verdadeiro show de culinária, como preparar um bom churrasco, qual a carne melhor, nas rinhas de galo sabia como preparar e cuidar do rinhedeiro, dando especial atenção ao galo, antes e depois de cada luta, cuidando dos bichos como se fosse um enfermeiro. Os bois no campo conheciam o “velho” assim que ele chegava, o mesmo acontecia com os cavalos... um chimarrão bem cevado , ele fazia com gosto e passava de mão em mão como num ritual. Com as mulheres se dava muito bem, pois dançava muito as danças de galpão e não parava um minuto nos grandes bailes do Rio grande.

De botas de bombachas, cinturões, caipirinhas, de parentes, do viuval, de enterro, de automóveis, lá estava o pai no meio do furacão dando seus “nojinhos”.

Meu pai teve várias profissões, trabalhou em Olaria amassando barro, depois comprou a própria Olaria, teve táxi de praça, depois foi dono do próprio ponto com outros táxis, trabalhou no comércio de carnes, depois foi dono do próprio frigorífico que fornecia carne pra ele. Morou sempre em casa própria enquanto a mãe viveu.,. teve épocas que na garagem tinha dois carros estacionados...enfim, foi patrão e fundador de vários C.t.G(Centro de Tradições Gaúchas)...

Nos últimos cinco (5) anos,ele já tinha completado 85 anos e começava a freqüentar os médicos . Nestas idas e vindas por hospitais a gente conversava muito sobre todos os assuntos para passar o tempo naquelas intermináveis salas de espera...me lembro que num destes papos eu perguntei a ele; - Pai, como é que tu aprendeu tudo isso, estas coisas da vida? Ele respondeu:- na lida da vida, e olhe que eu só tenho o “Primeiro Livro”.

Falava de política, conhecia todos os parentes de primeiro e segundo grau, tocava violão, violino (nos tempos de solteiro) pandeiro, gaita de fole...tudo na marra... aprendendo por si só, entre um vinho bom , boas companhias e altas madrugadas.
Antes do Olivetto falar do primeiro soutien , eu já ouvira algo parecido que a resposta do pai naquele dia me transportou para os anos 60.
O tempo passou, passou, o velho “tio Mário Líbano”, completou 90 anos e se foi, levando todo este manancial de cultura da brenha do fundão dos matos do Rio grande, sem influência alguma de jornal ,de livro , de TV, o dos Estados Unidos ...ora bolas!!!

Hoje fico aqui, pensando neste primeiro livro... este livro no mínimo foi feito da figueira mais antiga do Rio Grande do Sul. Todos os mistérios da vida estavam contidos neste livro... o segredo da coca-cola,o segredo da bomba atômica, o entendimento da bíblia, o segredo de Fátima,como tocar uma viola sertaneja,como conviver com os primos e se dar bem...este primeiro livro era um verdadeiro alcorão de coisas do acaso, de coisas que estão a margem , que vem não sei de onde, de algum lugar mágico, onde mora as coisas mais simples da vida .

“Deixa comigo que eu arredondo o bico!”
(Mário Líbano)

DEPOIMENTO* ( 1 )


                                                   HALL@I*HALL@I

                                                   entrevista *Necão Cast

mr.robson*necão cast* jorge vargas*paulinho velho xerife





sidão*Paulinho*necão (Araújo Vianna*Vivendo a Vida de Lee*1975)
                                                                         
Marco/ Necão ,faz uma introdução ao teu bel-prazer?

R/Necão- O lançamento do livro do Lucio Haeser (Continental- A Rádio Rebelde de Roberto Marinho) depois de tanto tempo, me faz entrar novamente na nave do tempo, e como compositor que sempre fui, penso em muitas coisas, ...hoje ,(janeiro/2009)-...tipo assim- “Ignoramus ,ignoramibus”, ou seja : -Nada sabemos , nem nunca saberemos...penso também Ícaro que voou perto demais do sol e suas asas de cêra derreteram, lançando-o de volta a terra...penso também nos aprendizes de feiticeiros que ousaram se aventurar, além do nível real de seus conhecimentos ...mas, vamos ao começo de tudo...!


 Lucas /Como surgiu o Hallai*Hallai ?

R/Necão- Se fosse o Kerouac que tivesse lançado este nome , na certa teria sido em Lowel, se tivesse sido o Bob, em Nashville,...se fosse o Neil, em Ontário...se fosse o John, em Liverpool...se fosse Moacir Scliar , no BomFim...se fosse o Érico , em Cruz Alta... então, por este raciocínio teria que ser em Porto Alegre...mas não foi..., foi no Rio de Janeiro , na avenida Nossa Senhora de Copacabana,308 bem na frente do Teatro Copacabana , esquina com a Rodolfho Dantas...,ali naquele endereço nasceu a primeira formação do Hallai-Hallai: Necão & Sid

Lucas / Como assim no Rio?

R/Necão- Morávamos no Rio, o mano Sidão e eu, ...iniciamos ali, a pensar num som ,p´ra violões com vocal,... então , começamos a fazer repertório, procurando alguns acordes invocados com o dedão(o mata piolho ) segurando o bordão .

Fanni/ Qual o estilo?

R/Necão- Estilo assim, folck medular...aquela coisa ...Bell’s Rivers Valley(Vale do Rio dos Sinos)...mas,... com um tempero urbano ,...p´ra dois violões de 12 cordas e com vocal...solos e tudo mais .

Marco/ Alguma música que ficou na cabeça de vocês, daquela época?

R/Necão-Central do Brasil (1974), estilo folk tropical com influência , já do Rio...Anabelly (1973) estilo folck inglês... Temporal na América, folk latino americano, que falava de Manágua...tudo se misturava...ainda mais morando no Rio.

Nanda/ Algum fato histórico nesta fase?

R/Necão- Os anos 70 , começou com uma tremenda ressaca dos anos “60”,sob total influência do grande festival de Woodstock e da cultura hippie. A imaginação solvia livre, nada coagulava , a cabeça e os pés estavam mesmo longe da terra, eu me lembro que o country rock de James Taylor e Carole King , falava de coisas do campo, geadas e friends...as melodias e acordes eram uma coisa assim meio privadas...e uma onda toda de ‘‘Opera Tommy”, Laranja Mecânica, ...2001 do Kubric, sem falar nos Beatles, e toda aquela metamorfose dos anos 60, que fervilhavam em nossas cabeças... a frase do John :-“ O sonho acabou “... a ritualística das visões coloridas, o vinil com aqueles grandes encartes ,no Brasil o filme Macunaíma estourava nas telas,o Bob Dylan sempre dizendo...eles pagam centavos e querem canções de dólar...imagina tudo isso rolando...os poetas bradavam aos horizontes –“ Traga-me algo letal/ Algo que não deixe mancha/Mas por favor não me faça sentir aquele vazio de novo”...imagina o que ainda estava por vir... Me lembro, que uma onda estava nascendo no Brasil: - Secos e Molhados, que vinha com toda aquela estética psicodélica e andrógina, muita ansiedade, fantasia com respingos da geração hippie...engraçado que a gente olhava para outros horizontes...ligado em outros acordes...outras palavras...pensava em música sem passar por processos de pasteurização... a terra, o homem... a solidão da estrada... amores perdidos...o toque mundial...os Beatles... os Bird´s...Dylan... a música nativa do nosso estado ,...nossso Rolo de Torá musical era outro e sempre foi assim,vamos nos divertir com nossas próprias musicas e mexer em algumas ideologias, um pouco assim heróis culturais, com valor em si próprio... pelo menos só por uma apresentação num lugar barato.

Lucas/ Vocês tinham contatos no Rio?

R/Necão- Sim , falávamos seguido com o Armando Pitiglianni, sobre música...também com o Paulo Debétio...e Jair Pires...grandes nomes do meio musical ... começamos a desenvolver aquela coisa de pescador, ...ouvindo...colocando no anzol só a melhor isca...devolvendo também ao mar a maior parte da pescaria...quer dizer, procurando a pérola ao longo da estrada, na maior inocência(On the Road).
Fanni/ Você assistiu alguma coisa do sul , nesta época do Rio?

R/Necão- Interessante...(-)...a gente vivia naquela cultuação de valores, próprio de uma idade...e , eu senti a primeira diferença entre as palavras , historias e estórias . Numa daquelas noites quentes do Rio. O Liverpool (banda gaúcha),respeitada por todos nós, (Por Favor Sucesso), ...estava se apresentando no Teatro Tereza Rachel, ali na Galeria em Copacabana...fui assistir, e de cara senti que o Fughetti, não estava presente,...o show seguiu, ...o cantor da banda era outro, ... alguém dali mesmo, ...muita música instrumental..., ...no final me aproximei do Marcos Lessa e perguntei: - Hei bicho,...onde anda o FUGHETTI..(.eu estava um pouco decepcionado com tudo aquilo que tinha sido apresentado e falado no palco...não era nada daquela coisa de Porto Alegre...) -: O Lessa responde-:-O Fughetti está em Londres, fazendo poesia...mal sabia ele que eu , gaúcho de Porto Alegre, estava sabendo de todas as histórias da aldeia, pois estava em permanente contato com meus amigos e familiares, e naquela época o Fughetti estava com sérios problemas com todas aquelas histórias que envolvia o rock and roll, ainda mais com toda aquela censura militarista, que cerceava a tudo e a todos... seria muito mais literário,muito mais rock and roll, muito mais biográfico, se o Marcos Lessa, desse a real...- Comecei ali, a entender a dificuldade de ser, (la difficueté dê ere)...a dificuldade de existir...a dificuldade de estar em outro habitat e ser o mesmo...a resposta do Lessa já vinha com toda aquela influência” mudernosa”....Londres , Caetano Veloso...que na época era o grande barato, aquele ar de inocência sem culpa, quer dizer o Lessa usou aquele maniqueísmo histórico da nossa terra, misturando sonhos e frustrações, que não tinha nada a ver com as histórias de Notting Hill Gate, a casa de Chelsea, onde a bahianidade fez suas estórias, o arquétipo da banda Liverpool, o tabuleiro era outro, não era aquela macumba p´ra turista... , engraçado que isto , nunca saiu de minha cabeça...,os tempos estavam a mudar!!!

Marco-/E aí ?
R/Necão- E aí foi, que na rua México encontrei o Carlinhos Hartlieb, alguns dias depois , que estava na biblioteca Nacional, registrando algumas letras de músicas...papo vai ...papo vem...ele me fala de um projeto que estava para acontecer no Teatro de Arena, que ele iria apresentar e que tinha o nome de “Rodas de Som”...o Carlinhos (saudosa memória) sempre projetou aquela estética vanguardista em Porto Alegre, líder de uma geração e de uma linhagem especial...nos despedimos, e êle me convidou se acaso eu aparecesse em Porto Alegre para visitá-lo , lá no Arena ( viaduto da Borges).

Marco/Tô entendendo, aí surgiu o Hallai-Hallai em Porto Alegre ?
R/Necão- Se não fosse aquele encontro com o Carlinhos nós não tínhamos voltado, o Carlinhos sempre nos mostrou força, ele sempre representou a base, a pregação,a essência..tudo aquilo que eu pensava sobre a necessidade de muita coragem para ser original estava na figura do Carlinhos Hartlieb..., voltamos, e começamos a sentir as primeiras contrações do Hallai-Hallai.

Lucas-/Mas foi um trio que começou no Arena?

R/Necão- Sim, convidei um grande amigo dos tempos da infância, e que já tinha tocado comigo e com o Sidão ,numa banda fundada por nós de nome “Som Mágico”, ,que tocava som autoral ,Beatles, Bird´s, ... faltava uma voz , e um violão para colocar-mos em prática aqueles sonhos dissonantes. Começamos a ensaiar no bairro da Glória com três violas e três vozes invocadas, solo e contra solos, fiz uma canção/folk/progressiva chamada ,”América”,que era a forma perfeita para seguirmos em frente, a cara do Hallai estava nesta música...,três violões, três vozes,solo e contra solos,harmonização , cada violão fazendo acordes diferentes dentro da mesma familia, porém com timbres dentro do quadrado mágico...,finalizamos o repertório com muita ousadia musical, com toda aquela verve do Rio a favor, ... e fomos ao encontro das fatalidades de Porto Alegre, com a segunda formação do Hallai-Hallai ...Necão, Paulinho & Sid.
*
...aguarde , continua nos próximos dias...

...- A HISTÓRIA DE UMA BANDA DE VOCAL , NÃO PODE E NÃO DEVE SER A CONTEMPLAÇÃO ESTÁTICA DO PASSADO, MAS UM IMPULSO, UMA PROMESSA, UM PACTO DE VIDA PARA O FUTURO, QUE A PRÓPRIA HARMONIZACÃO DAS VOZES LEVA EM SI ...

RODAS DE SOM / TEATRO DE ARENA

 Lucas / Me parece que houve nesta apresentação das ‘Rodas de Som”, um novo lance, um novo relâmpago nas mil histórias que contam sobre a música de Porto Alegre?

R/Necão- Pra vocês terem uma idéia, o jornalista Juarez Fonseca , que na época era o crítico de música mais importante do jornal Zero Hora, disse: - “ Se a nova música popular gaúcha tem um primeiro capítulo, ele foi escrito por Carlinhos Hartlieb com a criação das Rodas de Som.
O Juarez Fonseca na década de 70, foi o mais importante cronista de música de Porto Alegre, muita gente lotou teatro, as custas das crônicas do Juarez.

Fanni/ Como foi este primeiro capítulo?

R/Necão- Foi em março de 75, no Teatro de Arena, ali nos degraus do viaduto da Borges, nas sextas feiras, no horário que a lua cheia mostra os dentes:- Meia-Noite.
O Bicho da Seda começou o barulho que acordou Porto Alegre com o som local.

Fanni/ E o Hallai quando se apresentou?

Necão / Pessoal,dei esta introdução pra vocês sentirem a importância desse movimento em Porto Alegre... Carlinhos , abriu uma porta PRA MÚSICA LOCAL QUE NINGUÉM ATÉ ENTÃO TINHA PENSADO .Todo desenvolvimento desta música local que prosseguiu depois das Rodas, teve ali, a semente plantada no asfalto do Teatro da Borges.

Marco/ Lembra dos músicos ?

R/Necão- O pessoal do Bixo (únicos já famosos), Giba Giba, Bebeto Alves, Mutuca, Wesley Cool,Ricardo Frota, Mauro Kwitko, Bizarro,Utopia, Martin Coplas,khaos, estes são os que eu me lembro, mas tinha muita gente, e claro o Carlinhos e o Hallai. Foram 8 edições das Rodas de Som , o próprio Carlinhos encerrou aquele movimento com uma apresentação na última edição que teve a direção dele e o controle sobre o projeto. Todos estavam começando e marcaram pra história aqueles momentos inesquecíveis.

Marco /Este movimento terminou com a saída do Carlinhos?

R/Necão- As mudanças começaram assim que o Hartlieb deixou a direção, com isso as possibilidades de sobrevivência desapareceram, a totalidade dos músicos deixaram também o movimento, que já estava com outras características ,o próprio Teatro que sempre teve um foco político naqueles anos de chumbo partiu para novos caminhos.

Nanda/ A medida que este novo véu descia sobre a música local, qual a visão da banda naquele momento?

R/Necão- Com o Hallai, as coisas continuavam a mil, aquela união entre os músicos que o Carlinhos conseguira, dissipou-se...nós nunca pensamos assim: -Nós somos membros das Rodas de Som , nós temos etiqueta do movimento...nada disso...nós voltamos pra casa, pra cantar, pensar em novos timbres, em vocais tortos,em novas cordas de aço balanceadas,novos acordes,outras letras,comprar discos, os velhos lp’s, fabricar uma guitarra, o Paulinho já estava lixando um pedaço de madeira vinda do Paraná, que poderia dar boa coisa, começávamos a ouvir depois dos ensaios os discos do Yes,...tudo o que sempre fomos , curtindo as nossas próprias emoções que sempre estavam a flor da pele desde os tempos do Rio...., sabe aquela canção do Neil Young, Motion Pictures, ela diz assim:- Mas dizem-me que ainda há pessoas que seguem atrás de um sonho, pois eu tenho o meu !

Os músicos do Hallai-Hallai em todas as fases, sempre tiveram uma indepêndencia de pensamento, que hoje eu tenho certeza que foi o nosso maior trunfo, todos viviam a vida do HALLAI e tudo que tinha relação com a música, não se importando com esta ou aquela panela,e isto foi a força e a coragem que sempre nos levou a começar sempre ...sempre tudo de novo.
...já ouviste aquela música.....que vocal....descobri umas cordas brancas “du caralho”...esta música vai estourar...amanhã tem ensaio na casa do Robson...fiz uma nova canção...que acorde é este... sempre foi assim...

Lucas/ O Rodas, tu definirias como o primeiro “uivo”, tipo assim Ginsberg?

R/Necão- Sem dúvida...toda concepção do moderno da época estava ali, a desvinculação do centro do país , a independência do sistema estabelecida pelas grandes gravadoras, a geração de um espaço no coração de Porto Alegre para se fazer música local, a identidade dos músicos plenamente preservadas pela liberdade que o movimento deu, na apresentação só de música autoral ...a maneira de resolver e administrar a própria espelhologia em 8 edições....enfim o “quantum” que foi disparado e hoje é memória, não tem preço.

Marco/ Só não entendo o porque durou só 8 edições?

R/Necão- Hoje , eu entendo...todos eram jovens demais, o talento, as idéias, a criação estavam a escorrer por entre os dedos, todos queriam mais e não queriam esperar a caducidade do projeto pelas várias vertentes que poderiam resultar em algo mais duradouro, tipo assim uma carreira nacional... o Hartlieb tinha seus projetos de teatro, e queria colocar na estrada e o tempo estava a correr...por isso penso que o Rodas de Som , durou o que tinha de durar,... oito edições que se eternizaram... aquela historia ...há tempo de plantar ...há tempo de colher...há tempo de chorar ...há tempo de sorrir... turn...turn...turn...(Bird’s)

Continua nos próximos dias...

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